Capítulo 25

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O seu fim de semana de contos de fadas havia acabado rápido demais, e agora, ele havia voltado para a realidade da segunda-feira. O primeiro mês de aula já estava no fim, e faltava apenas uma semana para as provas de sua primeira unidade.

Ele se jogou em sua cama quando chegou de suas aulas, pensando no seu fim de semana com Camille, lembrando de como tudo parecia tão bom e fora da realidade. Agora, ao invés de estarem juntos, ele estava sozinho, com seu celular nas mãos enquanto respondia o grupo da escola, lendo as mensagens sobre as datas das avaliações.

Ele queria fugir da realidade por mais um momento, mas não podia. Diego estava irritado e estressado, mas começou a estudar, lendo o máximo de assunto que conseguisse.

No dia seguinte, ele fez o mesmo, e todos os dias de sua semana foram assim.

Cada dia estudava o máximo possível, passava a tarde toda em seu quarto, não notando as horas passarem e ignorando a sensação de cansaço, estudando por mais de seis horas por dia.

Durante a semana de avaliações, ele continuou estudando. Quando terminava de fazer uma prova, revisava um pouco para a próxima, chegando até a virar a noite.

Na quinta-feira, dia da penúltima prova, foi quando se sentiu mais cansado. Ele quase dormiu ao meio da avaliação, e sentiu sua cabeça doer mais que o normal. Ele fingiu estar tudo bem e passou a noite inteira na sala de arquivos com Camille, estudando para o dia seguinte.

Sua dor de cabeça piorava a cada frase que lia, e ele sentia como se fosse apagar a qualquer segundo. Por um momento, pensou em parar de estudar e ir descansar um pouco, mas mudou de ideia quando começou a imaginar a nota baixa que poderia tirar.

Seus olhos começaram a pesar e foram fechando pouco a pouco enquanto ele lia um modelo de redação que acho na internet. Diego tentou manter-se acordado, mas era impossível. Seu corpo não estava mais respondendo corretamente, e acabou adormecendo em cima de seu livro. Seu sono não foi um dos melhores, mas ainda era profundo. Ele não conseguia escutar mais nada, e foi a mesma sensação de ter dormido por tomar algum remédio. Diego não sonhou e não sentiu absolutamente nada, acordando cansado e desnorteado.

Ele se assustou um pouco quando acordou, vendo que já eram oito da noite e que perdeu todo seu tempo dormindo.

Sua cabeça ainda doía, e o cansaço de seu corpo não tinha sumido. Ele parecia estar com febre, mas ignorou. Tudo que queria fazer era poder se deitar e dormir mais um pouco.

— Dormi por duas horas? — ele pergunta para Camille, que estava mexendo no celular ao seu lado.

— Sim — ela responde.

— Por que não me acordou? — ele boceja, se espreguiçando.

Diego tentou se levantar da cadeira, mas desistiu quando sentiu-se fraco, sentindo suas pernas cambaleavam. Ele fingiu que nada aconteceu, ignorando o jeito que tudo girava ao seu redor. Diego fechou seus olhos e esperou a tontura passar, mas parecia piorar. Ele deitou a cabeça na mesa outra vez, tentando focar em Camille, mas sua mente só conseguia pensar em suas notas e no quanto ele estava se sentindo frustrado e culpado por não estar fazendo tudo que podia.

— Você sabe que tudo isso é loucura, não é? — Camille perguntou, olhando em seus olhos perdidos.

Diego ficou em silêncio por alguns segundos, colocando sua mão em sua testa, sentindo a dor aumentar.

— Só não quero tirar uma nota ruim.

Camille deu de ombros, tirando o livro de perto de Diego.

— Falei com Davi e ele disse que você nem está dormindo direito — ela suspira. — O que tá acontecendo? Tipo, de verdade?

Diego ficou em silêncio mais uma vez. Ele não queria que ela se envolvesse em seus problemas outra vez, mesmo que ela esteja verdadeiramente preocupada.

Ele não sabia que Davi tinha visto que ele estava passando suas noites acordado simplesmente porque não conseguia parar de pensar no dia seguinte, como se estivesse sendo perseguido por seus pensamentos.

— Relaxa, de verdade — ele pede.

Camille respirou fundo, mas não tocaram mais no assunto. Eles saíram da sala de arquivos e se despediram com um abraço, indo cada um para seus quartos.

Por mais que Diego ainda quisesse estudar, ele desaba em sua cama assim que chega. Suas pernas ainda estavam bambas, e ele não fazia ideia de como conseguiu andar até seu dormitório sem cair.

Sete Dias Em Que Eu Fingi Gostar de Você. (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora