Sete Dias Em Que Eu Fingi Gostar de Você. (Concluído)

Capítulo 53

O sol brilhava no céu, mas não estava fazendo tanto calor. Na verdade, o dia de uma manhã de primavera logo no começo de abril era fresco, com uma brisa leve que envolvia Diego e Camille. Eles estavam no dormitório com as janelas abertas, arrumando algumas coisas, não conseguindo acreditar que tudo havia passado tão rápido desde que voltaram.

O tempo parecia voar. Eles voltaram a passar o dia inteiro juntos, trancados no dormitório ou na sala de arquivos, tentando evitar o máximo multidões para não serem pegos. Eles estudam juntos, comem, conversam, e às vezes até dormem durante a tarde. Tudo havia se ajeitando, e talvez tudo isso tenha contribuído para o tempo passar da maneira que estava passando. Dia 31 de outubro eles voltaram, piscaram e hoje já é abril.

Amanhã de manhã eles irão para Itália, comemorar o aniversário de Camille e de Arthur. Por conta das últimas provas do ano se aproximando, não vão poder ficar longe por muito tempo, então Itália será um passeio de apenas um final de semana.

Somente Diego, Arthur e Camille irão. Davi e Sofia estavam ficando loucos com os treinos do time da escola para o último jogo do ano, e também o último jogo que irão participar. Camille não se importou muito em não passar o seu aniversário com eles dois, e não tinha como fingir que não gostou da ideia de serem apenas ela, Arthur e Diego.

Eles ainda não tinham nem feito as malas, mas prometeram fazer isso ainda hoje. O único problema é que já se passavam das seis da tarde e eles acabam sempre se distraindo com alguma coisa mais importante do que malas de viagem.

Agora estavam dizendo que iriam arrumar daqui a cinco minutos, mas os cinco se tornam dez, depois quinze, vinte, vinte e cinco... e nunca foram.

Eles terminaram encostados na parede do dormitório vazios de Diego, com os lábios unidos por um beijo um pouco rápido e profundo, os deixando sem ar.

De repente, escutaram a porta do quarto sendo aberta. Eles se afastaram na mesma hora, respirando um pouco mais aliviados quando viram que era apenas Arthur, segurando alguns papéis em sua mão.

— Vocês não me ouviram bater na porta?
— Ele pergunta, entrando no quarto. A porta estava destrancada, e ele havia realmente avisado que iria vir aqui em alguns minutos.

Diego e Camille se separam um pouco, tentando recuperar o fôlego e acalmar os batimentos acelerados.

— Eca — ele finge desdém, fechando a porta atrás dele.

Arthur sabe que estão juntos novamente, mas não planejavam que ele visse essa cena.

— O que você ia dizer? — Camille saiu um pouco de perto de Diego, se sentando na beira da cama d ajeitando a alça de sua camiseta.

Arthur pigarreia. Ele juntou os envelopes que estava segurando em um monte de papel, deixando na escrivaninha do quarto. Arthur estava calmo, olhando aqueles envelopes com certo desdém. Pelo jeito que ele os encarava, não parecia ser absolutamente nada importante.

— Chegaram respostas das faculdades — ele soltou de vez, olhando para eles sem expressar nenhuma emoção.

Diego e Camille se olharam um pouco surpresos, tentando entender se ele estava falando sério ou não.

— O quê? — eles praticamente gritaram, correndo para a escrivaninha.

Diego sentiu seu coração acelerar, pegando todos os envelopes que tinham o seu nome e segurando com força.
Ele não conseguia controlar sua ansiedade enquanto olhava para eles.

— Você conta sem expressar nenhuma emoção? — Camille pergunta, pegando as cartas com o seu nome.

— É o que acontece quando se vê um cara aleatório quase tirando a roupa de sua irmã — Arthur dispara, dando um sorriso irônico no final.