Capítulo 35

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Diego passou o restante da tarde com Camille, em seu dormitório. Eles assistiram um filme na Netflix, que serviu de plano de fundo para a conversa dos dois, que acabou assim que o celular de Diego começou a descarregar.

Para seu azar, seu carregador tinha ficado em Nova Iorque, em cima de sua cama.

— Usa o meu — Camille sugere, olhando para ele. — Tá em meu quarto, pega lá.

Ele bocejou, mexendo nas mechas loiras do cabelo de Camille. Ela estava deitada em seu ombro, com tanto sono quanto ele.

Ele se levantou da cama, sentindo vontade de voltar na mesma hora, quase ignorando o fato de estar sem bateria, mas conseguiu sair do quarto e ir até o dormitório de Camille, pegando o carregador na mão de Sofia.

Diego voltou para o quarto na mesma hora, pronto para começar a falar sobre algo aleatório e se jogar na cama mais uma vez. Ao invés disso, teve que fazer silêncio, esperando Camille terminar uma ligação.

— Agora? — ela perguntou. — Arthur, não pode ser depois? Tá, cara. Já tô indo.

Ela jogou o celular na cama, se sentando e prendendo seu cabelo, passando as mãos pelo próprio rosto.

— Eu já falei que odeio ser princesa? — ela murmura, calçando seu sapato e levantando da cama.

Diego encarou sua namorada mal-humorada reclamar da realeza sem parar, utilizando todos os xingamentos do mundo para se referir a isso.

— O que aconteceu dessa vez? — ele perguntou, rindo um pouco.

— Arthur disse que chegou coisa para mim. Provavelmente são mais regras.

— Boa sorte.

— Eu vou precisar.

Ela lhe deu um selinho antes de ir embora, voltando para o seu dormitório contra sua vontade, ainda xingando a realeza.

Por sua sorte, não iria ficar sozinho pelo resto da noite. Davi chegou no dormitório assim que Camille saiu, chegando até a se esbarrar com ela no corredor.

— Eu tô concorrendo a capitão do time — ele anuncia assim que entra, sem nem olhar para seu rosto.

Davi apenas se senta na beira de sua cama, olhando em choque para parede, como se isso fosse algo horrível.

— Mas Miguel não é o capitão?

— Ele tá no último ano. Vai sair do internato daqui a alguns meses.

— Vai ser legal ser capitão.

— Legal? — Davi ri um pouco, se jogando na cama de barriga para cima, encarando o teto. — Não consigo ser capitão.

— Você vai ser ótimo, eu tenho certeza.

— Ha-ha-ha.

Davi passou o resto da noite resmungando sobre ser capitão, sem parar por um minuto. Diego colocou seus fones de ouvido e se deitou em sua cama, se cobrindo com seu lençol e decidindo fazer a melhor coisa que sabia: dormir.

Antes de finalmente fechar seus olhos, ele se virou para Davi, que estava deitado na mesma posição de antes, encarando o teto como se tivesse desistido de viver.

— É só isso que tá te incomodando? — ele perguntou, não conseguindo enxergar o seu rosto na escuridão do quarto.

Por um momento, Davi ficou paralisado, finalmente ficando em silêncio. Ele se virou na cama, olhando para Diego.

— Sim — ele suspirou, puxando um pouco de seu lençol. — Boa noite, Diego.

Ele também suspira. Era óbvio que tinha acontecido mais alguma coisa, mas Davi era o tipo que não adiantava insistir. Ele não iria contar enquanto não estivesse incomodando o suficiente.

Sete Dias Em Que Eu Fingi Gostar de Você. (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora