25° Capítulo

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STÉFANI

4 DIAS DEPOIS...

Quatro dias se passaram desde o ultimato de papai e finalmente vou entrar em uma das equipes de San Diego, ainda não faço idéia de qual, mas não importa. Consegui o contato no dia seguinte a decisão dos meus colegas e como eles estavam precisando de alguém para completar a equipe deles, foi mais do que fácil minha entrada, acho que podemos dizer que acabei dando sorte quanto a isso. Tenho um encontro com ele hoje daqui a uma hora para ser mais exata, o mesmo vai me apresentar ao pessoal que a partir do momento serão minha nova "família", meu novo trabalho, que poderá custar a minha vida, caso descubriram que sou uma agente infiltrada.

(...)

Acho que esse povo anda vendo muitos filmes ou algo assim, se bem que Eles são bem profissionais, não atoa são os mais procurados pelo FBI, CIA, NARCÓTICOS, entre outros. Como o combinado, eu tinha ido ao encontro do meu contato e mal cheguei no local e já fui surpreendida com um saco preto na cabeça, tava até parecendo sequestro, acho que só faltava a van preta com placa clonada para ficar igual. Como não sou nada curiosa, memorizei todo o trajeto contando os minutos, curvas,paradas, esse tipo de coisa. Paramos, acho que meia hora depois, em um lugar bem silencioso. Tive que abrir e fechar os olhos algumas vezes, até me acostumar com a luz do ambiente, estávamos em um galpão um pouco distante do centro, isso explicava o silêncio estabelecido ali.

Stéfani: Tô aqui por que mesmo? - Perguntei ainda olhando ao meu redor.

??: Para que eu saiba se você é ou não apta para tal função - Uma voz um tanto grossa, disse chamando minha atenção, tive que disfarçar meu nervosismo ao me virar e ver o próprio San Diego na minha frente. O Cara parecia ser um pouco mais velho que meu pai, sua voz grave passava confiança e intimidação junto do semblante mais do que sério. E isso não sei o porquê, mas me fez lembrar a Mirella quando a conheci, a mesma pose de arrogante, de quem pode mais. Acho que eu tô definitivamente mais do que ferrada, por que eu fui me oferecer para essa missão mesmo?

Stéfani: Acho que já deixei claro do que sou e posso ser capaz - Falei firme firme, demonstrando meu autocontrole e deixando claro que não aceito ser colocada para baixo - Creio que posso ser muito útil ao seu lado.

Diego: Isso sou eu quem decide - Disse andando não sei para onde, mais percebi que era para que eu o seguisse - Suas funções aqui por enquanto não serão de grande valor, mas prove que é capaz e estará em uma equipe de campo, em breve - Falou me mostrando alguns computadores e documentos, os quais poderiam ser muito úteis para mim em um futuro não muito distante - No momento, só estou precisando de um novo contador, já que o meu teve que ser afastado, se é que está me entendendo - E como não entender que o cara pode ter ido visitar o paraíso mais cedo? Nem que eu fosse idiota - Demonstre capacidade, eficiência e será colocada em uma equipe teste no começo da semana - Foi a última coisa que ele disse antes de sair e me deixar a sós com todos aqueles arquivos, fossem digitais ou não.

Meu tempo ali foi muito bem aproveitado. Lendo e revisando cada conta, contrato, documentos de propriedades, fossem fora ou dentro do país, todos de sua importância, que poderiam facilmente servir de prova em um possível julgamento. Estava tão focada no que estava fazendo, que nem me dei conta quando Ricardo, o meu "Contato" apareceu do nada atrás de mim. Do jeito que eu estava, até parece que faço esse tipo de coisa a anos, o que de fato não é o caso.

Ricardo: Já deu por hoje - Disse desligando todos os eletrônicos E me guiando de volta ao centro do galpão, onde estava quando cheguei aqui - E se continuar assim pode-se considerar dentro da equipe teste - Sorriu para mim - E me desculpe por isso - Pediu colocando o mesmo saco preto de mais cedo, em minha cabeça outra vez.

Acho que é um bom momento para dizer que ele também não faz idéia que sou da polícia né? Então a única coisa que Ricardo sabe, é que eu estava sem ter o que fazer e a procura de um emprego, não importando sua origem e que eu faço de tudo nessa vida, além de muito "leal" aos meus chefes, ao menos com os quais já trabalhei. Dentro das mesmas meia hora de mais cedo, eu estava de volta ao local do encontro e de novo tendo que me acostumar com a claridade que meus nos recebiam.

Ricardo: Está entregue - Falou voltando ao seu carro - Amanhã te mando uma mensagem falando sobre o horário e o local onde me encontrar -  Claro que não seria aqui, seriam muito previsíveis caso fosse, sendo assim apenas assentir saindo logo dali.

Como não tinha vindo por conta própria, até porque não queria me arriscar tanto, eu tive que chamar um táxi, se é que eu queria mesmo ir embora hoje. Mal sair do carro pagando a corrida e já fui agarrada pelo braço, sendo prensada contra a parede e antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa, meus lábios foram tomados em um beijo ácido, cheio de desejo e possessividade.

Mirella: Eiii? - Disse com um sorriso cínico no rosto, quando se afastou devido a falta de ar.

Stéfani: Otária! Quase me matou de susto - Disse lhe acertando um forte tapa no braço bom - Pensei que pudesse ser um bandido qualquer.

Mirella: Então tú sai por aí retribuindo beijos de um bandido qualquer? - Questionou alargando ainda mais o sorriso, se era possível, uma verdadeira idiota.

Stéfani: Vai se ferrar e diz logo o que tá fazendo aqui - Cruzei os braços e apoiei o pé na parede atrás de mim.

Mirella: Não tinha nada de bom programado, então decidi vir te visitar - Voltou a me beijar, dessa vez deslizando sua mão sobre minha pele embaixo da blusa, com a qual eu estava tramada no momento. A cada toque que ela me proporcionava, era uma parte do meu autocontrole que ia para puta que pariu - O que acha da gente entrar ou ir atrás de algo para fazer colada uma na outra - Segurou minha mão e me olhou nos olhos - Tipo essas coisas sem graça de casais normais, nada a ver com a gente, costumam fazer... Pode ser que a gente se divirta.

Stéfani: A Gabi iria surtar se ouvisse dizer isso - Sorrir imaginando todo o drama que seria - Mas pode ser, Eu topo... O que acha de irmos ao parque nacional e depois assistir o filme? - Não tô nem acreditando em mim mesma, já que nunca me vi fazendo esses tipos de programas com alguém, isso é totalmente novo para mim.

Mirella: Isso é estranho e mais do que clichê - Sorriu sincera dessa vez e pegou a minha mão, me puxando até seu carro - Mas eu topo... Um sorvete durante a caminhada no parque? - Assenti pegando as chaves da mão dela, que me olhou com um olhar mortal.

Stéfani: Pode ser, mas sou eu quem vai dirigir, não quero morrer hoje, tenho muito o que fazer nessa vida ainda - Dramatizei e ela simplesmente sorriu entrando no carro logo depois de mim - Como você consegue dirigir com uma mão só, é a pergunta que não quer calar.

Mirella: Tenho os meus truques, é a única coisa que precisa saber... Marrenta atrevida.

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora