55° Capítulo

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STÉFANI

Enquanto a Mi tomava um banho, eu estava preparando um curativo para todos aqueles hematomas e pensando no que eu fiz. Sei que ele merecia e tudo, mas eu impedi que a execução saísse das mãos dela e fiz por conta própria, não sei o porquê, mas me sinto como se tivesse tirado algo dela, porém me vi na obrigação, era o meu dever fazer aquilo, uma chance de me colocar a frente dela, porotegê-la de alguma forma.

Mirella: No que tanto pensa? - Perguntou me observando não sei por quanto tempo - Parece estar longe.

Stéfani: Não é importante - Falei me virando de frente para ela - Vem, senta aqui, deixa eu dar um jeito nisso aí - Pedi batendo a minha frente na cama - O estrago foi feio - Falei passando o álcool no ferimento presente no lábio inferior dela.

Mirella: Nem tanto assim - Sorriu fazendo careta ao sentir o ardor - Só tô nesse estado, porque eles eram três e eu estava sem nada em mãos.

Stéfani: Tudo bem mestre Lee, eu entendi - Falei também sorrindo - Mas tenta não se mexer, preciso desinfetar isso aqui.

Mirella: Eu tenho uma idéia bem melhor - Disse retirando o algodão e o vidro de álcool das minhas mãos - E tenho certeza que surtirá o mesmo efeito - Sorriu - Ou quem sabe, até mais eficiente - Concluiu me beijando em seguida.

Iniciamos um beijo mais calmo, com aquele sabor de saudades, de quem não se vê a dias. Ela levou as mãos até a minha cintura me puxando para mais perto, enquanto eu deixei meus braços entrelaçados no pescoço dela.

Stéfani: Tenta não sumir desse jeito nunca mais, ok? - Falei ao cortarmos o beijo, para recuperar o ar perdido - Me deixou preocupada.

Mirella: Deixei é? - Zombou e eu me afastei lhe acertando um forte tapa no ombro - Aí desgraça, essa merda tá doendo - Dei de ombros e ela sorriu - Você fica uma maravilha, quando está com raiva.

Stéfani: Não estou com raiva - Falei a encarando e ela sorriu largo - Talvez um pouco... Mas a culpa é sua, que está sempre agindo feito uma idiota, filha da mãe.

Mirella: Que culpa eu tenho, se isso não passa de um dom? - Brincou me puxando para perto.

Stéfani: E ainda por cima, é mais convencida que o próprio convencimento - Falei a deixando confusa, o que foi engraçado - Adoro essa sua cara de paisagem quando não entende merda nenhuma.

Mirella: Depois a idiota sou eu - Disse se deitando e me levando junto a ela, o que não foi uma boa idéia - Aí, merda - Reclamou e eu me afastei vendo ela levar a mão na altura das costelas. Sem pedir qualquer tipo de permissão, apenas levantei sua regata e observei o estrago feito.

Ela estava com toda a região do lado direito completamente roxa e com um leve inchaço. Sai da cama indo até a última gaveta do criado mudo e pegando um gel massageador para aliviar a dor, voltei ao meu lugar e pedi para que ela se deitasse de lado ao retirar a regata para poder me dar um maior a acesso. Massagiei cada mínimo espaço naquela região por longos minutos.

Stéfani: Melhorou um pouco? - Perguntei e ela apenas assentiu, então devolvi o gel para o mesmo lugar o de o peguei e me deitei, ao seu lado, me virando de frente para ela - Desculpa pela demora, não é fácil tentar passar por cima das instruções do seu pai - Pedi sem quebrar nosso olhar.

Mirella: Tá tudo bem - Disse sorrindo, como sempre - Quer falar sobre o que me disse lá? - Já estava demorando para ela tocar no assunto.

Stéfani: Não disse nada demais - Falei e ela cerrou os olhos - Ok, eu disse, mas não é nada que já não estivesse na hora.

Mirella: Dessa vez você foi mais rápida do que eu - Disse e eu sorrir - Então pelas conta, estamos em um placar de dois à um para mim.

Stéfani: Estamos competindo? É isso mesmo que eu entendi? - Fingi demência, o que fez ela sorrir da minha cara - Não tem graça - Falei me segurando para não rir junto - Se não parar de rir, vou te jogar de cama abaixo e se quiser dormir, vai ser no chão ou no sofá da sala.

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora