2° TEM. 1° Capítulo

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MIRELLA

O trabalho de hoje não poderia obter falhas. Preciso dele para deixar algumas coisas em ordem e não posso me da ao luxo de erros básicos ou uma aparição da Cia ou do FBI. Ao que parece, eles decidiram se juntar para conseguirem enfim por suas algemas em mim, o que não vai acontecer tão cedo. Sendo quem sou e como meu poder aumentou nesses últimos ano, tenho um infiltrado em ambas corporações. Eles até estavam na minha cola, mais como eu já sabia disso, mudei o local do encontro de última hora com uma distância mais do que consideravel do anterior, apesar de ter deixado um pequeno presente para eles quando chegassem.

Mirella: Ei, vamos logo, não tenho a noite toda para isso - Avisei já subindo em minha moto enquanto a equipe montada entrava no carro que vinha logo atrás de mim.

Desde que assumir o posto de papai, nunca fiquei atrás do meu pessoal, sempre segui na frente, mostrando que estou ali para bater de frente com qualquer maldita situação, sem importar qual seja ela. Um verdadeiro líder não se esconde atrás de seus soldados, ele age em conjunto, seguindo sempre a frente junto com a equipe montada. Papai sabia disso e eu sigo seu exemplo desde sempre, fortalecendo seu antigo império ainda mais com o passar de cada dia. Se suas ações além de bem sucedidas, eram imediatamente lucrativas. As minhas com toda a certeza não ficam atrás, na verdade estão muito a frente, principalmente no quesito dos lucros. Sem dúvidas ele teria orgulho do que tenho feito pelo negócio.

O foco de hoje seria receber um novo carregamento de armas e arrecadar algumas informações pedidas por mim. Nada fora do normal, com a diferença de que dessa vez só estou presente na transição, porque o fornecedor da vez exigiu isso ou não entregaria a informação que pedi. Sendo assim, aqui estou eu a frente do meu pessoal com uma .380 na cintura e uma MP-40 pendurada no pescoço. Estou adiantada 10 minutos do horário exigido, como sempre gostei de manter, não admito atrasos. Não levou cinco minutos do tempo que ainda restava e o meu fornecedor chegou, ao menos deveria ter sido ele. Encarei o cara a minha frente e o analisei de cima a baixo, não o conhecia, mas alguém iria rodar se a intenção era me fazer de otária e eu não me importo com quem vai ser. Dei um passo a frente ficando mais próxima e dois dos meus funcionários se pôs ao meu lado, entre eles, Viviane Queiroz, mais conhecida como Pocah, a qual se tornou meu braço direito a pouco mais de seis meses. Ela era quem carregava o pagamento em notas contadas e marcadas.

Mirella: Não nego, estar surpresa - Olhei um pouco mais adiante e vi quatro homens, tão bem armados quanto eu, se colocarem a um único passo atrás do cara - Onde aquele filho da puta se meteu que não pôde ter a decência de me dar um único toque? Por acaso não sabem qual a utilidade da merda de um celular? É isso mesmo que eu estou entendendo?

??: Eu realmente não sei quem é você, até porque o meu irmão não teve tempo de explicar antes de ser preso. Ele apenas me passou o serviço sob ordens muito bem elaborada - Assentir mesmo não levando muito a sério essa história mal contada, apesar de saber o quão inútil aquele idiota pode ser.

Mirella: Tudo bem, o que aconteceu não importa muito e com certeza não é da minha conta, então vamos ao que interessa - Soltando um longo suspiro, levei ambas as mãos até os bolsos da minha jaqueta e mantive meu olhar nele - Trouxe tudo o que foi combinado?

??: Está tudo aqui - Elevou uma das mãos e dois dos caras se colocaram ao Seu lado, deixando um baú de porte médio entre a gente, o qual foi aberto revelando as armas encomendadas. Sobre ela estava a lista com os nomes que pedi, a qual ele pegou e sorriu largo - As armas você pode levar pelo preço combinado, mas Esta lista não sai daqui se o antigo valor não for dobrado - A entregou para um dos otários ao seu lado - É uma das ordens dele.

Mirella: O nosso acordo não foi esse.

??: É o que tem para hoje, se ainda quiser as armas. Do contrário, não será nenhum problema voltar com elas - Desafiou e foi a minha vez de sorrir largo, ele não devia ter feito isso.

Mirella: Você não sabe mesmo quem eu sou, não é? - Antes de qualquer ação, eu precisava de uma pequena confirmação, um incentivo ainda maior.

??: E com certeza não quero saber - Essa grosseria não deveria ser usada com alguém como eu, então me limitei a assintir - A única coisa que me importa aqui, é saber se vai aceitar o novo acordo.

Mirella: Tudo ok para mim - Tomei a maleta das mãos da Pocah e mostrei o valor completo, antes de fechar novamente, com ajuda do irmão Elton, pegou as armas e as levou para o nosso carro enquanto erguer a maleta na direção do otário que segurou, mas não acertei - Já que não se importa em saber quem eu sou, deveria ao menos ter perguntado como funciona minhas transações.

??: Do que está falando? Solta logo essa porcaria - Em resposta a sua pergunta, apenas tomei minha .380 nas mãos e disparei contra seu abdômen,vendo o cair no chão. Foram questão de segundos para que seus funcionários apontassem suas armas em minha direção, porém, assim como meu pai, eu estava sempre com muito mais armas e homens a minha disposição - O que estão esperando para atirar nessa filha da puta! - Sua ordem saiu engasgada devido a dor que deveria estar sentindo. Então apenas rir de sua inútil ação.

Mirella: Olha a sua volta babaca, se eles ameaçarem a puxar o gatilho, estão mortos - Me abaixei a sua altura, enquanto deixava a maleta sob a posse da Pocah novamente - Antes de aceitar qualquer merda de trabalho, procure sempre saber de onde ele vem e com quem terá que negociar - Segurando em seu cabelo para erguer sua cabeça próxima ao meu rosto e deixar minha arma passeando pelo seu rosto, comentei - Com a Dona de quase todo o estado, não se brinca seu otário. Aquele puto do seu irmão devia está ciente disso.

??: Você está blefan... - Antes do mesmo completar a frase, o som do disparo se fez presente mais uma vez. Limpando minha mão, me coloquei de pé levando a arma de volta a cintura enquanto pegava a lista com o otário, que entre todos ali, ainda mantinha sua arma erguida.

Mirella: Eu nunca blefo - Soltei a resposta enquanto observava seu corpo estirado a minha frente - Avisa para o filho da puta do chefe de vocês, que ele é um homem morto, só por ter pensado em me passar a merda. Não há prisão no mundo que vá salvar aquilo que ele chama de vida.

Dito isso, montei em minha moto já seguindo para casa. A galera já conhecia o procedimento, tinham suas ordens. Então eu não tinha que me preocupar com isso, não a essa hora da noite. O que estava precisando, era de um bom banho e cair na cama logo em seguida. Deixando a moto na garagem, passei pela porta principal indo até a cozinha, onde peguei a garrafa de Whisky no armário e caminhei até meu quarto me servindo pelo caminho. Depois de três doses Acima da Média, deixei tanto a garrafa quanto o copo sobre o criado-mudo e me prendi no banheiro. Me despi e liguei o chuveiro soltando um longo e cansado suspiro, ao sentir o contato da água contra a minha pele. Era algo do qual eu estava precisando para tentar relaxar Depois de toda essa merda. O cara é mesmo um imbecil, se achou que iria conseguir algo além do que foi acertado, ao menos não de mim. Sair do banheiro apenas de calcinha box e top enquanto terminava de secar meus cabelos e em seguida me joguei sobre a cama, com uma única intenção. Conseguir dormir durante o restante da noite, O que não iria acontecer já que a mente foi tomada por lembranças de atos passados...










Acho que não vai ser tão ruim assim né? Kkkkkkkkkk

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora