2° TEM. 3° Capítulo

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MIRELLA

Puta de ódio, sai da cama com vontade de mandar o celular com tudo na parede, porém decidi o atender e ver o que queriam comigo para Insistirem tanto. Juro que se não for nada de grande importância, vou arrancar o fígado de quem quer que seja com o filho da puta ainda vivo.

Ligação on

Eu: O que você quer? - Atendi com o humor lá no caralho.

Poquita: Pensei que não fosse mais atender essa merda - Disse divertida e eu respirei fundo - Esqueceu como se faz para aceitar a porra de uma chamada?

Eu: Acabei de jurar arrancar o seu fígado contigo viva, se não fosse me dizer algo importante, Viviane. Então fala logo, porque eu ainda não estou em coma na minha cama - Dei o ultimato e ouvir seu sorriso contido do outro lado da linha.

Poquita: Certo. O problema é que a tal surpresa que planejou para os federais, não saiu como o esperado - Começou sua explicação e minha atenção já era toda sua - Nenhum agente foi ferido, mas tivemos dois dos nossos levados sob custódia.

Eu: Como isso foi acontecer? As ordens era claras, se fosse para ser preso, que não fosse com vida. Por isso a merda do atirador - Falei com a indignação presente em minha voz - Como tudo aconteceu e quem foi aprendido?

Poquita: Ao que parece, a execusão do plano estava indo muito bem, mas quando aconteceu a explosão o nosso cara responsável pela maleta falsa, estava muito perto e acabou sendo atingido na mesma proporção que um dos tiras. Isso facilitou suas algemas. A segunda perda foi justamente o nosso atirador. O primeiro e único disparo que ele conseguiu efetuar, foi frustrado pela mesma policial que estava perto da bomba e quando ele achou que conseguiu uma mira limpa, para uma segunda tentativa, acabou levando um cano na cabeça e sendo rendido - Deixou seu relato no ar, enquanto Meu cérebro parecia não ter um único foco no momento - Mi? Ainda tá aí?

Eu: Tô sim e fica tranquila com tudo, deixa que eu dou um jeito nesse assunto. Não é algo que possa nos abalar - Deixei claro para ela, o que eu acreditava cegamente - Agora vai procurar o que fazer que eu quero poder voltar a dormir.

Poquita: Ainda vai morrer por causa disso e eu vou rir no teu enterro, desgraça.

Sem retrucar o que me foi dito, apenas desliguei o celular o deixando sobre o criado mudo e caindo de bruços sobre a cama. E sem saber o que fazer de verdade, acabei sendo abatida por várias lembranças.

Flashback on

Stéfani: Como podemos seguir com tudo isso, se estamos em lados tão opostos a todo momento?! - Seu grito foi tão alto, que a dor de cabeça que eu sentia no momento só fez aumentar, então fechei os olhos e me concentrei no silêncio momentâneo - Eu estou falando com você Mirella!

Mirella: E acha que eu não sei disso? - Me levantei lhe dando as costas e seguindo até a sacada do quarto - Mas o que quer que eu diga? Que vou esquecer tudo o que tenho? Deixar o que meu pai levou anos para erguer se deteriorar como se não fosse nada? - Me mantendo escorada no corrimão, me virei para poder encara-la de frente - A gente é o casal mais foda em dois ou mais países, não precisamos mudar o rumo de nossas vidas para continuar assim.

Stéfani: É o que quero acreditar, mas o que vou fazer se pedirem para minha divisão entrar na corrida para colocar o "Novo lider" da máfia mais temida em vários países, atrás das grades? - Seu tom de voz foi de alto para quase inaudível - Não quero ter que prender você, não quando fiz de tudo para te deixar fora da prisão.

Mirella: Isso não vai acontecer, até porque não estou agindo de forma que possa chamar a atenção para as novas transações que estão sob minha chefia - Sorrir e ela negou me dando as costas para voltar para dentro do quarto, então a seguir - Qual é Stéfani? A gente jurou que faria dar certo, lembra? A filha do dono da máfia E a filha do comandante da Cia, um casal impecável.

Stéfani: O melhor de todos - Completou me devolvendo sua atenção ao se aproximar de mim e deixar seus braços em volta do meu pescoço - Você está certa, fizermos esse pacto há um ano atrás e chegamos até aqui, então podemos continuar seguindo em frente - Com essa afirmação, apenas a puxei para um maior contato e tomei seus lábios nos meus.

Flashback off

As lembranças sempre me machucam de uma forma que não se é possível explicar. E percebendo que não conseguiria mais dormir, me levantei e fui tomar um banho rápido. Passados vinte minutos sai do banheiro já vestida e secando os cabelos com a toalha. Não sabia o que fazer, mas tinha certeza tudo que estava acontecendo e pela primeira vez em meses não era por causa da bebida. Desci ao andar térreo com as chaves da moto em mãos, pus o capacete e não demorei muito para deixar o prédio e seguir com caminho para a mansão Santoro, onde hoje mamãe reside com a companhia de uma governanta contratada semanas antes da minha decisão final em comprar o meu próprio imóvel. Desde o início contei com o apoio dela, então não seria justo ir definitivamente embora de casa e deixa-la. Está certo que a minha presença ali era como um milagre, mas pelo menos ela tinha o papai ao seu lado, o que não será mais possível por um longo tempo.

Chegando a rua onde estava situada a minha antiga residência, parei uns bons metros de distância, queria seguir a pé, chegar sem ser notada e dessa forma surpreender minha coroa. Já estava fazendo alguns bons meses que não havia, mais isso nunca foi impedimento para saber se ela estava bem ou se precisava de algo. Sei que seria mais fácil ela fazer algo grande por mim, do que eu fazer algo pequeno por ela. Não que eu fosse uma pessoa negligente, mas as circunstâncias nunca me favorecem, então as coisas se tornam um pouco difíceis.

Tocando a campainha, me encostei no batente da porta e esperei ser atendida. Um minuto depois talvez menos, foi o tempo para que a porta fosse aberta e o ser atrás dela abrisse um enorme sorriso ao me prender em um forte e longo abraço e qual foi retribuído a altura, ela merecia tudo de bom, mesmo que eu não fosse capaz de servi-la.

Mirella: Como a senhora está mãe? - Perguntei ao fita-la a distância enquanto fechava a porta atrás de mim.

Márcia: Viva - Foi tudo o que ela disse já se sentando no sofá, então me sentei ao seu lado de modo que pudesse ficar a todo momento a fitando com grande intensidade, sem perder nenhum detalhe de suas feições, sejam elas felizes ou repreendedoras.

Mirella: Eu sei mãe, não viria aqui se fosse o contrário. E também queria pedir desculpas por me ausentar por tanto tempo - Ganhei sua atenção e jurei ter visto um sorriso sacana nascer em seus lábios - Mas a senhora melhor do que qualquer um, sabe como minhas tarefas sugam todo o meu tempo.

Márcia: Claro que sei, mas não é motivo para você ficar meses sem me dar notícias - Sorriu sem muito humor e fitou o nada - Como uma coisa com a magnitude lá em marte acontece a quase um milênio e eu só fico sabendo a pouco mais de duas semanas?

Mirella: Por favor mãe, eu não quero ter que entrar nesse assunto, ao menos não agora - Pedi me jogando para trás e cobrindo o rosto com ambas as mãos - Um dos motivos para ter vindo aqui é porque precisava distrair a merda dos pensamentos e te fazer uma visita, saber como a sra está em todos os sentidos.

Márcia: Estou bem minha querida, com muita saudades, mas bem - Me puxou para fazer de seu colo o meu travesseiro - E em relação ao assunto de extrema importância para mim. Você precisa sim falar sobre ele, se abrir com alguém, antes que acabe explodindo com tudo o que a mente pode produzir e sabemos que seu histórico em relação a essa peça chave, não é dos melhores - Sorriu apontando para minha  cabeça e eu assenti concordando - Então porque esperar tanto? Por não diz tudo o quanto antes?

Mirella: Ainda não estou pronta para algo assim...






Gente como deram para perceber, as meninas estão separadas... Aos poucos vou mostrar como fiz nesse capítulo, qual foi o motivo que elas se separaram, antes delas se separar, elas ainda passaram pouco mais de 1 ano juntas, eu apenas esqueci de dizer que se passou 1 ano!

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora