23° Capítulo

284 30 12
                                    

STÉFANI

Gabi: Você acha que eles vão topar te colocar como ninfinossoltrado? - Perguntou acho que pela milésima vez, já estava quase explodindo com ela.

Stéfani: Pela última vez Gabi - Suspirei enquanto terminava meus relatórios, estava quase batendo o meu horário e eu queria muito ir para casa - Qual escolha eles tem? Nenhum deles tem coragem para isso e o JP vai aceitar só por achar que eu posso morrer nessa missão - Rir e ela revirou os olhos - O cara realmente não gosta nem um pouco de mim.

Gabi: Otária - Me deu um tapa na cabeça e saiu me acompanhando até a garagem - Não vai levar os relatórios para o seu pai?

Stéfani: Faço isso em um outro dia - Falei destravando meu carro - A única coisa que eu quero a partir de agora é a minha cama e talvez um bom filme acompanhado de uma boa pizza.

Gabi: Eu sei que você e o Chefe vivem em pé de guerra, mas tá na cara que aconteceu alguma coisa séria entre vocês - Soltou assim que entrei no veículo e o liguei - Tem certeza de que não quer me contar o que é?

Stéfani: Eu estou bem Gabi, qualquer coisa anormal eu te ligo ok?  - Assentiu piscando para mim e voltando para o prédio, Talvez para encerrar seus trabalhos e não ter que aparecer aqui tão cedo amanhã.

Negando com a cabeça Seja lá o que for, dei a partida e seguir para casa. Em todo momento pensando no que meu velho falou para mim, da forma como ele falou. Não acredito até agora que ele teve tamanha Audácia para me dizer aquilo e ainda me jogar uma grande pulga atrás da orelha, mas que ele se foda com todos os seus planos, não me importo com nada disso. Chegando em casa, Estacionei meu carro na garagem e entrei subindo direto para o meu quarto. Estava tão desligada que quase cair para trás ao abrir a porta e ver aquela criatura dos infernos deitada na minha cama. Como ela entrou aqui e aqueles segurança de merda Não fizeram nada?

Depois de ter certeza que ela estava dormindo, deixei os documentos que deveria ter sido entregue a meu velho, dentro de uma gaveta fechada a chaves e fui tomar um banho. Já no banheiro, me despi e liguei o chuveiro deixando que a água quente se chocasse contra minha pele me fazendo alívio de imediato, retirando toda atenção e cansaço que tive durante todo o dia. Passei mais de meia hora debaixo da água pensando no que fazer quando sair do banheiro, já que estou evitando ela desde ontem, por não saber o que fazer com as informações que recebir. Aí do nada chego e encontro ela dormindo na minha cama, como se isso fosse algo do nosso dia a dia, algo comum entre a gente. Saí do banheiro vestida com um short jeans claro, acompanhado de um topper também claro, descalça e com a toalha enrolada no cabelo, tirando o excesso de água do mesmo.

Como ela ainda não havia acordado, eu me sentei na poltrona do lado da porta logo depois de trancar a mesma, não iria correr o risco do Senhor Jorge entrar sem avisar e me encher o raio da paciência mais do que o do costume, por ela está aqui. Não nego, eu estava Exausta, mas não iria conseguir dormir com ela bem ali na minha frente, sem antes tirar toda essa história de sub a tempo. E dependendo do que for esclarecido, é bem capaz de eu a jogar pela janela do meu quarto, sem sentir remorso algum depois, isso se ela tiver me usado como bode expiatório, se ela souber que eu sou policial, mas acho que não, as regras da facção daquele morro são bem claras, se ela soubesse, provavelmente nunca tivesse se envolvido comigo e sim já teria me executado em praça pública, como um de seus exemplos.

Depois de quase duas horas sentada no mesmo lugar sem tirar por um minuto se fosse os olhos dela, finalmente ela estava acordando. Se sentou na cama em posição de índio e esfregou os olhos com as costas da mão esquerda, tentando afastar o resquício de sono que ainda estava sobre si, então me lançou o seu melhor sorriso, como se não tivesse nada demais acontecendo nos últimos dias.

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora