38° Capítulo

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CONTINUAÇÃO...

Meu pai é demente, só pode viu? Não tem outra explicação, ele tem graves problemas mentais e precisa se tratar. Por qual motivo ele decidiu a prende-la? Não pode ser por causa da arma, porque se ela pensasse e agisse como um ser pensante, essa merda nem estaria aqui. Então qual seria o plano B, caso o A não desse certo?

Mirella: Eu vou matar o seu pai - Disse na sala de interrogatório, estava esperando alguém vir para encher o saco.

Stéfani: Se quiser sair daqui, fala mais baixo ou nem fala nada - Alertei olhando para porta atrás de mim. Ela estava algemada a mesa, típica ação do meu velho - O que quer que eu faça?

Mirella: Fala com minha mãe, conta os motivos que me trouxe aqui - Disse sem quebrar o olhar e deu um sorriso de canto - Ela vai saber o que fazer... Como sempre.

Stéfani: Tudo bem - Concordei já me levantando, quanto mais rápido eu for, mais rápido ainda ela sai daqui - Volto assim que passar as informações - Ela assentiu e eu lhe dei um beijo sem me importar se teria alguém vendo ou não e sai.

Não atravessei a porta e tinham vários olhares sobre mim, como pensei. Entre eles estavam o reprovador de papai, o confuso da Gabi e o debochado de JP. Tentei passar reto por todos eles, mas não foi possível, papai me pegou pelo braço e praticamente me arrastou até sua sala. Me deu vontade de mandar um foda-se e meter bala em cima dele.

Jorge: Que merda você acha que está fazendo?! - Perguntou tão alto que por um momento achei que ele não sabia o que é privacidade e me trouxe aqui por mera burocracia.

Stéfani: Vou tirar ela daqui, lugar o qual a mesma não deveria estar - Respondi firme.

Jorge: Lugar de criminosos Stéfani, é na prisão - Disse baixando o tom de voz - E é para onde vou mandar aquela pirralha insolente.

Stéfani: Não, não vai - Sorrir - Você acha que sou otária? Sei que armou para ela, plantou a arma e usou seu cargo para persoadir os demais funcionários - Falei e ele arqueou as sobrancelhas em confusão - O que seus superiores vão pensar disso pai?

Jorge: Do que está falando?

Stéfani: No momento certo o senhor irá descobrir - Abrir a porta - Agora se me der licença, tenho um assunto importante para resolver.

Sai da sala dele indo até o estacionamento, entrei no meu carro e dei a partida, ela não podia ficar aqui, não depois de tudo e isso seria resolvido o mais breve possível. Fiz o percurso o mais rápido que pude, ignorando várias chamadas durante todo ele, não estava em um momento muito bom, para entrar em qualquer assunto que fosse. Estacionei o carro em frente à casa dos Santoro, vinte minutos depois de deixar a agência, passei pelo portão e toquei a campanhia, torcendo para não ter que olhar na cara do Diego. Meu dia já não estar dos melhores e com certeza, não preciso que ele piore ainda mais. Entrei assim que fui atendida pela empregada da casa, a qual eu acho que é a primeira vez que estou vendo, fui direcionada ao sofá, onde esperei por pouco minutos, pela presença da Márcia.

Márcia: Stéfani, pensei que fossem aparecer apenas a noite? - Perguntou me cumprimentando. - Onde está a desmiolada da minha filha?

Stéfani: Essa é a questão - Falei me mantendo de pé, mesmo ela insistindo para que eu voltasse a sentar - Ela está presa - Soltei de uma vez e pude ver a mulher na minha frente ficar pálida e voltar a cor em segundos - Meu pai armou um flagrante para ela... Porte ilegal de arma - Suspirei - Ela pediu para eu te falar tudo e que você saberia como proceder com a situação.

Márcia: Claro - Disse se levantando, subindo escada a cima e voltando pouco tempo depois, com sua bolsa em mãos e o celular na orelha - Vamos, meu advogado irá nos encontrar na agência.

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora