5° Capítulo

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CONTINUAÇÃO...

Não me levem a mal, é só que esse lugar é onde eu consigo acalmar os meus demônios, então é normal eu gostar daqui e a mina ao meu lado deixou tudo ainda melhor. "Que porra Mano!! Que merda eu tô dizendo?! Nem conheço a Guria e já tô pagando pau para ela?!

Stéfani: Muito - Falou ainda sem me olhar - Até o momento é o que mais me chamou a atenção  - Disse sem ligar muito para o que saia de sua boca, o que me leva a crer que ela é nova na cidade.

Mirella: Sério que não curtiu o Baile? - Perguntei como quem não quer nada, só para ver a reação dela.

Stéfani: Para falar a verdade, foi incrível, totalmente diferente do que me disseram - Disse e fez uma pausa - Peraí? Como você sabe que eu estava no baile? - Perguntou finalmente me olhando e deu um meio sorriso - Você?... Mirella, não é?

Mirella: Isso mesmo - Desviei meu olhar, focando no quebrar das ondas - É a primeira vez que te vejo por aqui - Falei ao acaso, esperando que ela me dissesse algo. Sou especialista nisso nunca pergunto nada diretamente a quem é estranho para mim. Vai saber se não é um X-9 filho da puta infiltrado, pelos vermes da Polícia local? Sendo assim, tô sempre tentando me prevenir.

Stéfani: Sou nova na cidade - Disse simples - Cheguei não faz uma semana ainda.

(...)

Depois de um tempo longo conversando com a mina, ela decidiu ir embora, e eu fiz o mesmo.

Chegando em casa, deixei a minha moto no lugar de sempre e fui tomar um banho. Precisava descansar, já que faz alguns dias que não consigo ter uma boa noite de sono de verdade. Tô sempre caindo na cama por causa da bebida depois de festas agitadas. Saí do banheiro me vestindo pela casa, e olhando as horas ao chegar na cozinha em busca de algo para comer. O relógio estava marcando oito da noite, quando ouvir alguém bater a minha porta. Estranhei, já que todos os filho da mãe desse lugar, não batem a porta de ninguém, simplesmente invadem.

Bragança: Cheguei cedo? - Perguntou sorrindo um pouco tímida assim que abri a porta. Ela estava linda, vestida em um short jeans, não tão curto como o da maioria das mulheres por aqui, uma regata azul bebê, um tênis cano alto branco da adidas e uma maquiagem básica para complimentar

Mirella: chegou na hora certa – Peguei em suas mãos puxando para entrar e trancando a porta atrás da gente, tomando seus lábios com vontade ao extremo logo em seguida.

STÉFANI

Ok, não conheço ninguém nessa merda de lugar, não tenho o que fazer esse resto de noite e também não quero morrer no celular em uma chamada com a maluca da Gabrielle. O que eu vou fazer então? Quer saber, Foda-se, o que pode acontecer, vou ver o que tá rolando de bom naquele morro, quem sabe assim eu não consigo uma forma de ficar por lá? Preciso colocar esse plano em ação logo, não tenho tanto tempo para isso.

(...)

Primeiro preciso encontrar logo esse maldito contato, depois posso seguir com a diversão, se é que vou encontrar algo por aqui hoje. Se bem que até onde eu sei que está sempre rolando um som, então não deve ser difícil de encontrar algo interessante.

?: Ei, você deve ser a Stéfani - Apareceu um carinha até bonito me cumprimentando

Stéfani: Estou te esperando nessa merda a quase uma hora - Falei para ele de braços cruzados extremamente irritada.

??: Uou estressadinha - Ergueu as mãos em rendição e deu um passo para trás - Tive um um probleminha para resolver, e a propósito, eu me chamo Felipe Ribeiro.

Stéfani: Aham, mas o que eu quero mesmo saber é o que você tem para mim - Não gosto de enrolação, então decidi ir direto ao ponto.

Lipe: Bom, a partir de hoje eu sou um primo que você veio visitar e o qual conseguiu te convencer a passar um tempo na cidade te arrastando do hotel de onde você está e te levando para minha casa - Disse simples, me acompanhando enquanto sai andando, não sei bem para onde.

Stéfani: Tudo bem, entendi, mas saiba que se tentar se engraçar para cima de mim - Parei o encarando de frente - Nunca mais vai poder fazer filhos na vida - Comentei voltando a andar com ele ainda na minha cola.

Lipe: Por que você tem que ser tão agressiva assim garota? - Questionou me analisando.

Stéfani: É a maneira que encontrei para que todos me respeitem como eu sou - Fui firme ao dizer e ele assentiu ainda um pouco confuso.

Lipe: Não sei se entendi direito, mas fique sabendo que eu tenho namorada - Como se eu quisesse saber disso - E minha tia mora comigo... Não vou te fazer mal.

Stéfani: E nem conseguiria – Sussurei tão baixo que acho que ele nem me ouviu, e é melhor assim.

(...)

Chegando em casa, tomei um banho daqueles bem demorados, vestir um pijama qualquer e me joguei sobre a cama na intenção de dormir o resto da noite sem problemas ou interrupções. Porém, todos os meus planos vão por água abaixo, quando a porcaria do celular começa a tocar insistentemente me deixando com uma vontade enorme de matar quem quer que seja o filho da puta do outro lado da linha. Levei a mão até o criado mudo ainda de olhos fechados, pegando o aparelho só para encarar uma chamada do meu velho.

                          Ligação on

Eu: Oi pai - Atendi tentando soar o mais animada possível , algo que não estou nem um pouco e ele deve ter notado isso.

Jorge: Que história é essa de que você dispensou o supervisor?! - Gritou tão alto, que afastei o celular da orelha para não captar toda a extensão de meu grito.

Eu: Claro pai, estou muito bem e o trabalho também está indo as mil maravilhas, estou amando a cidade, seus pontos turísticos - Falei soando sarcástica, podendo ouvir o suspiro dele do outro lado da linha - E Eu o dispensei, porque ele não é necessário e também não posso correr risco se vou ter que me infiltrar no morro.

Jorge: Então será você?

Eu: Não por falta de opção, mas sim, serei eu.

Jorge: Ver se tenta não fazer merda Stéfani, esse é um trabalho muito perigoso.

Eu: Vou ficar bem pai... Eu sempre fico.

Jorge: O pior é que eu sei - Disse e eu me segurei para não Rir - E mesmo assim, não entendo como você não pode simplesmente seguir ordens.

Eu: Não é bem assim e o senhor sabe muito bem, não vamos começar com Isso, até porque eu sempre venço mesmo.

(....)

Jorge: Tem certeza que não terá problemas?

Eu: Se aquele babaca que se diz ser o lider da equipe, não vier pagar de machão para cima de mim, garanto que tudo ficará na mais perfeita ordem - Garantir exibindo o meu melhor sorriso para as paredes.

Jorge: Assim espero não ter que te mandar para outra equipe ou até mesmo outra cidade e por consequência outra missão.

Eu: Mas se isso vier acontecer, a culpa não será minha e sim daquele filho da puta.

Jorge: Não importa... Boa sorte com a missão.

Eu: Obrigada, eu acho.

Jorge: Preciso resolver umas pendências aqui, nos falamos depois. Tchau e vê se cuida... Amo você minha filha.

Eu: Sempre... Também te amo pai.

                        Ligação off

Quando converso com meu pai, a gente sempre acaba discutindo, e sempre por causa do mesmo assunto. Então tento ao máximo sair do tema indo em busca de outro. Ao encerrar a chamada, devolvo o celular ao seu posto e voltei a me ajeitar na cama, tentando dormir, mas ainda pensando em como vou fazer para encontrar o Sub-Dono daquele morro.
Isso não importa muito, darei o meu jeito. Eu sempre dou.

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora