2° TEM. 45° Capítulo

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GABRIELLE

Não sendo o suficiente ser obrigada a ter uma das pessoas com quem mais me importo, praticamente seguindo de encontro a morte em meus braços, ainda precisava de mais aquilo. Talvez pudesse ser alvo inesperado pelos meus companheiros de trabalho, mas para aqueles que realmente me conheciam, sabiam o que me atingia naquele momento. Ver a Pocah seguindo o mesmo caminho que a Mirella, me deixou inerte a tudo ao nosso redor, fiquei sem reação alguma. Tinha noção do que precisava ser feito, ouvir o chamado da Stéfani, porém não consegui fazer com que meu corpo me oferecesse, estava presa em uma situação completamente diferente, para mim estava a ponto de prender duas pessoas extremamente importantes na minha vida e não poderia fazer nada para mudar essa realidade. Querendo ou não aceitar, a verdade do momento era essa.

A preocupação com tudo o que acontecia com ambas naquelas sala de cirurgia, era o foco de maior importância, nada fazia mais tanto sentido em frente à essa situação. Vê-las em recuperação e fora de perigo, era prioridade por hora. Possuía a serem tratados, era óbvio isso, mas eu não conseguiria manter a minha atenção em nada, ao menos não enquanto os médicos responsáveis não vierem nos trazer o diagnóstico pós cirurgia. E com certeza essa minha perspectiva não mudaria caso as notícias fossem expostas de forma negativa.

O apoio da Stéfani, seria sempre de grande importância. Ela nunca deixaria de ser a irmã que não tive, minha parceira para tudo no mundo. Desde o início da Amizade, era sempre a gente contra tudo e todos. Vê-lá se pôr ao meu lado como em todas as vezes em que precisei ajuda, jamais deixaria de me passar a melhor das impressões, porém dessa vez era um pouco diferente. Porém dessa vez era um pouco diferente além de cuidar muito bem de mim ainda divide a sua preocupação entre o bem-estar da Mi e da Poh, tudo isso mantendo um auto-controle impecável, deixando à mostra o seu lado mais frio e profissional, o qual foi adotado de forma permanente semanas depois do fim do namoro. Tudo bem, Que possuo minhas marcas e motivos para me sentir quebrada com toda essa situação, mas não é diferente, na verdade posso afirmar Com toda certeza que há em mim, que ela possui cicatrizes muito mais profundas, motivos para se afundar no mais doloroso dos Sentimentos, até porque mal conseguiu reaver uma relação estável com que nunca deixou de amar e estava mais uma vez sendo obrigada a lutar contra a realidade de que talvez e se pudesse ser o fim de tudo. E mesmo assim, ela não se deixava ser derrotada, se mantinha firme, apesar das estatísticas negativas, se apegando a certeza de que as coisas iriam se acertar, acreditando que elas iriam sair dessa. Toda essa determinação, só servia para deixar ainda mais evidente a pessoa incrível que esse porre se tornou, tanto no profissional, quanto no pessoal. A admirava desde as suas enormes conquista em tão pouca idade, até o modo em que se coloca como alicerce das pessoas com quem se importa quando a mesma precisa se apoiar em alguém. Não importa o quanto forte pode ser o golpe, se for para proteger aqueles a quem ela ama, a mesma voltará a se colocar de pé , independente do quanto isso possa lhe custar.

Ambas as cirurgias já duravam mais de duas horas e nada de alguma informação a ser direcionada a gente. Vivi e Márcia já havia chegado a um tempo bem longo. Cerca de 30 minutos depois da ligação da Sté, que ocorreu assim que voltamos para dentro do hospital, enquanto a mesma se encarregou de explicar para a Márcia e sua mãe tudo o que havia acontecido até o momento, eu me joguei nas cadeiras de espera, se mantendo entre a Thabata e do Zyan, o qual ainda não fazia muita ideia de quem era, o que poderia estar fazendo aqui, mas a situação de que ele me era familiar não saía de mim, porém como dito antes, a minha única prioridade se mantinha dividida entre duas salas de cirurgia, as quais eu poderia invadir a qualquer momento caso alguém não desce as caras para nos passar a merda das atualizações que esperávamos.

3 horas de cirurgia era o tempo marcado em nossos relógio e a preocupação não deixava o semblante de ninguém aqui presente. Márcia se mantinha apoiada ao ombro da Viviane, que não tirava os olhos de cima da Sté, que por sua vez, me acolhia em seu colo com o gostoso carinho em meus cabelos, me mantendo a calma de maneira suficiente para que eu não quisesse alguma idiotice resultante de expulsão do hospital. Não precisávamos de mais essa, bastava o que vinha acontecendo até o momento.

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora