2° TEM. 30° Capítulo

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MIRELLA


Me sentindo melhor do que nunca, sai da cama antes mesmo do meu despertador se fazer audível. Sentindo uma leveza de outro mundo sobre os ombros, caminhei à Passos calmos até o banheiro onde passei cerca de trinta minutos em um banho relaxante para os meus músculos, o qual deixei já seguindo até o closet, indo atrás de algo para me vestir. E sendo quem sou, não iria nunca mudar o meu estilo, muito menos meu modo de agir e ver as coisas. Dessa forma, analisei Todo o espaço e optei por escolher uma calça jeans escura, quase Preta sem detalhes algum. Peguei também uma camisa social na mesma temática de cor e por último, calcei um tênis baixo, dobrando as mangas da camisa até a altura do antebraço, sequei os cabelos e seguir para cozinha, onde tomei posse de algumas frutas. Sair de casa caminhando pelo corredor do prédio como se estivesse em câmera lenta.

No andar do térreo, deixei o carro do lado, para poder pegar minha moto e por algum motivo vooei em pensamento para o dia em que decidi dar uma de louca e dirigir com o braço quebrado.

Como se isso já não fosse suficiente. Ainda tive que escalar uma janela. Eu era mesmo muito idiota, uma completa idiota por aquela marrenta do caralho, a qual tem me evitado ao máximo, desde a saída da Gabrielle do hospital. Mas isso não é algo que irá durar por muito tempo, já que ela querendo ou não, terá que me procurar para esclarecermos o assunto ao qual me referi aquele dia. É algo que ela não deve a mim, mas sim a si mesma e por esse motivo, peguei caminho direto para o prédio de comando da Cia, uma semana já havia se passado e eu não iria esperar mais nenhum dia sequer.

Voando alto em todos os sentidos da palavra, alcancei meu destino em tempo recorde. Tendo feito todo o percurso com metade do tempo estipulado pelo GPS. Estacionei a moto em frente a uma lanchonete a uma quadra de distância da Agência Central De Inteligência. Não queria trazer muito alarde, sendo assim, iria seguir com a parte final do percurso, andando mesmo. Como já fazia algum tempo desde a última vez em que pus o pé aqui. Acabei caminhando a passos lentos, só para reparar com muito cuidado nas mudanças feitas até o momento e com certeza a reforma feita na fachada do prédio do Governo, foi o que mais me agradou, sem mencionar a abertura de um restaurante em frente ao mesmo, é claro. Porém isso não tem a menor ligação com o que eu vim fazer neste lugar, então me limitei a voltar para o foco principal e caminhei sobre as escadas até alcançar a entrada, a qual era guardada por dois agentes que não causaram o menor problema Apenas fizeram as perguntas já esperadas antes de liberarem a minha passagem usando de uma educação quase extinta por mim, agradeci e seguir.

Roger: Santoro? - Fui abordada por ele e diante de tal surpresa, parece que ninguém nunca espera me ver em um lugar como esse, algo que não está tudo de errado - É você mesmo?

Mirella: É o que estar parecendo não é mesmo? - Ironizei e ele apenas sorriu, não se preocupou em retrucar.

Roger: Bom, eu não fui informado sobre uma prisão que leve o seu nome como a detenta. Então o que te traz aqui? - Sorriu Largo - Duvido que tenha vindo se entregar após confessar todas as suas faltas com a lei geral.

Mirella: Com certeza não - O acompanhei no jogo irônico, também sorrindo Largo - Na verdade queria ter um assunto muito importante e em particular com a sua chefe.

Roger: Fiquei sabendo que ela não quer mais te matar - Disse rindo sem a menor cerimônia, enquanto me guiava pelos corredores do enorme prédio.

Mirella: Não vou nem perguntar como ficou sabendo disso, mas até onde eu sei, ela não queria me matar - Comentei ao subirmos algumas escadas - No mínimo, gostaria de me ver atrás das grades por muitos anos e nem sei bem o porquê - Joguei no ar e o palhaço Sorriu ainda mais.

Roger: Claro - Disse parando em frente a uma porta, depois de caminharmos por um pequeno tempo pelos corredores da parte superior - Não diz para ela que fui eu quem te trouxe aqui - Advertiu, me dando as costas e voltando por onde viemos, apenas neguei já batendo à porta. O cara era mesmo muito gente boa e um ótimo amigo para esses encostos.

Stéfani: Entra - Ouvindo sua voz, fiz o que foi pedido parando ali mesmo, apenas a observando ao fechar novamente a porta. Ela estava bem focada no que fazia, tanto que levou alguns minutos para enfim erguer o olhar - Vai ficar aí sem falar nada até quan... - Começou com a sua bronca, porém se perdendo em meio as palavras finais, ao perceber que se tratava de mim - Que merda você está fazendo aqui?

Mirella: Bom dia para você também, Stéfani. - Ironizei me sentando na cadeira de frente a sua mesa, sem uma fala da parte dela - E bom, Como você parece ter decidido voltar a me dar um gelo e ter me ignorado há uma semana, achei que seria interessante vir te fazer uma visita, em seu horário de trabalho - Abrir o meu melhor sorriso ao vê-la respirar fundo e se jogando para trás, voltando a atenção para mim logo em seguida.

Stéfani: Você perdeu por completo o resto do juízo que possuí - Disse fixando seu olhar no meu - O que de fato está querendo aqui? - Questionou sem muita paciência.

Mirella: Conversar contigo - Falei simples.

Stéfani: Não estou com ânimo para jogos, Mirella. - Foi firme ao dizer, enquanto voltava a digitar algo em seu computador - Então vá direto ao ponto e diga logo o que quer, não posso perder meu tempo com infantilidade.

Mirella: Isso não é um jogo, mas sim o que quero - Deixei claro - Conversar contigo - Repeti voltando a atrair a sua atenção.

Stéfani: Tudo bem! E sobre o que você deseja conversar Srt Santoro? - Esse tratamento tão formal nunca foi algo que me agradasse, porém estamos em sua área de serviço e Cabe a mim respeitá-la.

Mirella: Não Precisa que eu diga, até porque é justamente por causa desse assunto que tem me evitado - Não precisava dizer muito mais, isso já deixava tudo as claras e sendo ela quem é, não me surpreendi com a sua ação.

Stéfani: Eu estou em serviço não posso te atender agora - Disse me ignorando - Se puder me dar licença, preciso terminar esses relatórios ainda hoje.

Mirella: Não saio daqui até você aceitar ter esse assunto comigo - Bati o pé, ao cruzar os braços e ela respirou fundo - Me conhece o suficiente para saber que não estou blefando.

Stéfani: Tudo bem inferno - Disse encerrando seu computador e trincando alguns arquivos em sua gaveta - Vamos para um ambiente mais agradável - Já de pé, passou reto por mim e abriu a porta - Vai ficar aí feito uma estátua?

Mirella: Até que não seria uma má idéia, porém não tenho muita escolha no momento - Falei a realidade dos fatos, me colocando em sua cola e diante de seu silêncio, também preferi não dizer mais nada, apenas seguir pelos corredores e escadas até alcançarmos a saída do prédio. Não teve uma alma viva dentro do lugar, que não manteve seus olhos focados em nós, por meros segundos. Isso porque, o olhar que receberam, valeu muito mais do que qualquer tipo de ameaça. De fato ela é mesmo filha da mirian.

Stéfani: Pois bem, como foi você quem insistiu tanto nisso, me faça o favor de dar início ao assunto - Disse firme, mantendo uma feição muito séria, não exibindo nem mesmo um meio sorriso e Estávamos na praça principal da cidade, a três quadras de distância da agência. O lugar era muito calmo a julgar por sua localização e não estranhei ela ter escolhido justamente ele para este fim - Tá esperando o quê Santoro? Acha que tenho todo o tempo do mundo?

Mirella: Você por favor, poderia deixar essa autoridade, juntamente a formalidade de lado, enquanto estiver comigo? - Questionei ignorando por momento, a sua enorme grosseiria.

Stéfani: Olha Mirella, eu estou atolada até o pescoço com relatórios para serem analisados e preenchidos e mesmo assim, aceitei o seu pedido e vim parar aqui. Então por favor, para de enrolação e vai logo diretamente ao ponto.

Mirella: Muito melhor assim - Comentei abrindo um sorriso de orelha a orelha - Viu só, como não é difícil? - Questionei e ela soltou um longo suspiro se jogando sobre o banco.

Stéfani: Eu mereço...








Ando bem sumida kkkkk? Eu sei disso que estou com dívida com vocês, mas para compensar, que tal uma pequena maratona amanhã? Hoje mais não pq cheguei do trabalho cansada e amanhã vou trabalhar de novo.

A Agente do FBI e a Sub-Dona Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora