Capítulo 30.

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Ádria Mitchell

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Ádria Mitchell.

Depois da confusão na cozinha, Jones e eu subimos até seu quarto, e eu o ajudei a pegar suas coisas. O plano era pegar apenas coisas para o nosso fim de semana, mas depois de todo o diálogo doloroso, ele achou melhor pegar uma mala, já que tentaria ficar na casa da mãe pelo menos até os ânimos melhorarem.

Já no carro, eu não conseguia soltar sua mão. Não queria que ele se sentisse um inútil, como o pai havia dado a entender que era. Ele mal conhecia o filho que tinha, e isso me causava uma sensação horrível, porque eu sabia como era.

Meus pais também não me conheciam. Mal sabiam sobre a minha personalidade, sobre o que eu gostava ou deixava de gostar, muito menos sobre quem eu era e como enfrentava as situações da minha vida. Quando entrei na casa gigantesca de Aaron pela primeira vez, sendo tão bem recebida por Melissa, eu jamais imaginaria que ele passava pelo mesmo problema que eu.
Mas, naquele momento, eu sabia que falar sobre o assunto era o pior a se fazer. Não falamos quase nada até chegarmos em casa, e eu estava disposta a fazê-lo parar de pensar naquelas coisas horríveis, usando meu senso de humor duvidável e todos os recursos que eu tinha.

Assim que chegamos, deixei a mochila de Aaron no meu quarto, e analisei tudo para ter certeza que estava tudo em seu lugar: edredom fofo, travesseiros extras, tv já selecionada com os meus filmes favoritos, e o resto perfeitamente organizado. Sorri orgulhosa. Desci novamente, onde ele estava parado em frente a bancada que dividia a cozinha, parecendo um pouco fora do seu ambiente.

- Bom, sua mãe disse que você cozinhava bem - Digo me aproximando com um sorriso - Podemos colocar isso a prova, o que acha?

Ele me analisou.

- O que sugere, senhorita Mitchell? - Ele sabia o que eu estava fazendo.

E posso dizer, que podia senti-lo agradecer mentalmente.

- Me faça alguma das suas especialidades, Jones.

Ele sorriu.

Eu já estava com saudade do seu sorriso.

- Pode deixar.

Fomos até a cozinha, e eu lhe mostrei todos os ingredientes que eu tinha na dispensa, e na geladeira. Com certeza não era o que ele estava acostumado em casa, já que só a geladeira dele ocuparia mais da metade da minha cozinha, mas ele pareceu se animar com a ideia.

Decidiu que faria um molho de queijo e outro de carne, para comer com os nachos que haviam na dispensa, e também ia fazer bolinhos de arroz, que ele gostava de fazer em domingos chuvosos. Me sentei na bancada, e como a imagem na minha cabeça naquele dia em que fomos visitar Melissa, Aaron Jones cozinhando, de avental, era uma imagem apaixonante demais.

Ele me cativava de uma forma tão incrível, que era impossível não chegar a pensar que o destino existia. Afinal, ele aleatoriamente havia decidido sentar na minha mesa, na cafeteria, em um dia aleatório.

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