O que você faria se uma garota quieta te chamasse atenção em uma livraria? Ou, o que faria se o garoto intrometido viesse a ser alguém que lhe faria se sentir segura mesmo em momentos assustadores?
E quem diria que a garota aspirante a escritora ser...
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Aaron Jones.
Acordei sentindo Ádria se aconchegando a mim, enquanto o quarto cheirava a café fresco. Aquilo era definitivamente a minha nova definição de paz.
Sorri sozinho ou pensar na primeira vez que a havia visto. Por mais que ela me deixasse intrigado, jamais seria capaz de imaginar que aquela garota tímida - e nada simpática - na livraria ocuparia meu coração inteiro daquela forma.
Eu era outra pessoa desde que ela havia entrado na minha vida. Eu não sabia o que era amar alguém de verdade. Não sabia que romances clichês, melosos e dramáticos poderiam existir fora das páginas dos livros que eu lia. Céus, eu nunca conseguiria admitir que lia romances antes dela entrar na minha vida. E além disso: eu jamais teria tido coragem de abrir os olhos para um futuro além do Lacrosse, se não fosse por ela.
A puxei para perto, abraçando seu corpo por debaixo da camiseta que ela usava - que era a minha, da noite anterior. Todas as sensações, os sussurros, os gemidos, as promessas... me arrebataram de uma vez. Levantei seu rosto devagar, e ela sorriu, me dando um beijo lento que já fazia meu corpo responder.
Ela era como êxtase.
Mais viciante do que qualquer cigarro, bebida ou droga da qual eu já ouvia ouvido falar. Nada me tirava mais do chão do que ela. Não me importava mais nem um pouco de parecer um bobo apaixonado.
A puxei para o meu colo e segurei seu pescoço com uma das mãos, enquanto a puxava para mais perto com a outra. Ela apertou meus ombros assim que tirei a camiseta que ela usava e desci os beijos lentos pelo seu tórax.
Ver o rosto de Ádria vermelho, suado, com os olhos transbordando prazer me encarando... era como encarar a obra de arte mais aclamada e concorrida do Louvre. Nunca havia ficado tão excitado apenas pela forma que alguém me olhava, e ela fazia isso de uma forma tão natural que era quase como se ela fosse um demônio, e eu alguém que tinha acabado de vender a alma. E se de fato ela fosse, transar com ela era o ato profano mais devoto que eu podia imaginar, e não me importaria de ir para o inferno por isso.
Enquanto ela sentava sobre mim, tentei eternizar aquela imagem na minha cabeça. Nunca havia feito desenhos eróticos, mas sabia que aquela imagem merecia ser eternizada.
Gozamos juntos dessa vez, e eu fiz questão de olhar no fundo dos seus olhos quando isso aconteceu... ali, só ali, eu percebi que estava de fato vivo. Que todos os meus órgãos existam, e que todos desejavam ela. Me tirei de dentro dela para que o líquido quente escorresse pela sua coxa, e foi quase impossível manter a sanidade naquele momento.
- Já pensou na capa que vai fazer? - Ela me perguntou alguns minutos depois, enquanto estava deitada no meu peito, normalizando a respiração.
- Capa? Capa do que?
- Do meu folheto, ou livro, ou mini livro que eu vou publicar porque você me inscreveu.
Encarei o teto do quarto, localizando as estrelinhas brilhantes que havia visto da última vez que estive lá.
