Capítulo 15.

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Ádria Mitchell.

- Você está mais chato do que o normal hoje. - Digo franzindo a testa, enquanto observava Austin dirigir.

- Eu estou te levando para escolher coisas novas para decorar o seu quarto. Eu chamaria isso de ser o melhor irmão do mundo.

- Vou pensar se merece mesmo esse cargo.

Ele revirou os olhos.

Era um domingo de manhã, e Austin havia me feito pular da cama para irmos até a grande loja de decorações que havia a alguns minutos de casa, antes que a mesma fechasse.

- Uou! - Murmuramos ao mesmo tempo, assim que paramos a frente da loja.

Assim que entramos, ficamos ainda mais impressionados: ela possuía três andares, e era perfeitamente dividida por dentro. Haviam espaços com tintas e papéis de parede, outros com móveis perfeitamente alinhados, outros com tapetes e cortinas... qualquer um ficaria facilmente perdido.

Meu irmão me encarou com os olhos arregalados, e eu sorri. O puxei para a parte de tintas primeiro, e ficamos longos minutos analisando as centenas de opções, até nos darmos conta que havia sido um equívoco ir até lá sozinhos.

Nenhum dos dois fazia a menor ideia do que estava procurando.

- O que diabos é azul Índigo? - Ele pergunta lendo uma das etiquetas.

- Não faz pergunta difícil - murmuro - Acha que a mamãe me mata se eu comprar apenas tinta preta? - Pergunto analisando a parede de amostras.

- Com certeza sim... Olha isso! - Ele exclama chamando minha atenção - É literalmente azul escuro!

Austin diz incrédulo, segurando a amostra de tinta que possuía o nome estranho que ele havia questionado.

- Austin, para de ficar discutindo com as cores, não temos tempo pra isso.

Ele resmungou e deixou a amostra onde havia pegado. Analisamos mais um milhão de tintas com nomes estranhos, até decidir que as paredes do quarto dele seriam em cinza claro, e as minhas ficariam com um cinza mais voltado para o azul.

Depois, fomos até a parte dos quadros e ele escolheu três diferentes, enquanto eu optei por um papel de parede com estrelas, para a minha parede que ficaria em destaque. Também peguei uma luminária preta, e ele pegou uma azul.

- Pra quem odeia essas coisas, você leva jeito - Ele diz satisfeito, enquanto passávamos no caixa.

- Cores neutras nunca falham - Respondo sorrindo.

Ao chegamos em casa, nossos pais - como era de se esperar - desaprovaram nossas escolhas de cores, dizendo que os ambientes ficariam bem mais apertados, e em seguida disseram que nunca mais faríamos aquilo sozinhos. Austin e eu rimos discretamente enquanto deixavamos novos itens na garagem, já que se não havíamos tido cérebro suficiente para escolher as tintas, também não teríamos para colocá-las nas paredes sozinhos.

- Quero falar sobre uma coisa - Austin murmura enquanto colocavamos a última lata de tinta no chão da garagem.

- Sobre o que?

- Lembra que eu disse que fui pra casa de uma garota depois daquela festa? No dia que você e o Jones foram na livraria.

O encarei com os olhos arregalados, colocando uma das mãos sobre meu peito

- Austin, eu ainda não estou pronta pra ser tia! - Ele revirou os olhos

- Não é isso, sua paspalha - Finjo estar aliviada, e ele continua - Bom, talvez a gente tenha passado muito tempo junto... e talvez, assim, só talvez...

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