Cap 1.

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Maju🍁

19/05/2016, foi quando tudo começou.

Eu tinha 16 anos, quando conheci um cara. Na minha mente, se envolver com homem mais velho era o máximo, falava isso pra todo mundo.

Mas infelizmente, ele era conhecido pelo sobrenome.

Moro no Vidigal desde que me entendo por gente, sempre fui bem solta. Meu pai passa o dia trabalhando, chega em casa e dorme. Só consigo conversar com ele no final de semana.

Então por esse motivo, eu procurei atenção em outra pessoa.

E achei.

Conheci o França nessa época aí, e tudo era mil maravilhas.

Ele me levava pra sair, me apresentava como mina dele, fazia de tudo pra me ver bem. Mas isso tudo mudou desde a primeira vez.

Saí e deixei o celular em casa, tava descarregado, não tinha porquê levar. Fui pra casa de uma amiga e quando voltei, ele tava dentro da minha sala, furioso.

Só lembro de ter sentido meu rosto arder pra caralho, fazendo eu cair no chão.

" Onde você tava!? Tá doida? Eu te deixei sair!?"

Depois desse dia, nosso relacionamento não foi o mesmo. Mas eu criei uma dependência emocional enorme nele, por isso acabava perdoando sempre.

Então meus dias se resumiam em; Acordar, ir pra escola, voltar, ficar com ele, apanhar por qualquer motivo e dormir.

Era sempre um "Me desculpa amor, eu tava bêbado." ou "Você sabe que eu faço isso pro seu bem." Ou as vezes até com presentes caros.

Eu era tão ingênua.

Bem, acompanhem meu dia á dia agora.

Acordei sozinha na cama, como de costume. Fui pro banheiro e rapidamente me asusstei com meu rosto, que apresentava um hematoma roxo.

Pensei em como esconder isso, já que hoje a Giulia iria vir aqui.

Passei um corretivo e base por cima, sentindo arder pra caralho, mas não tinha o que fazer.

Tomei um banho e conferi novamente. Bem, pra mim não estava visível.

Saí do quarto e troquei de roupa, colocando algo mais solto. Desci pra cozinha e preparei um café rápido.

Ouvi meu celular apitando e o peguei, entrando no chat da Giu.

Ouvi meu celular apitando e o peguei, entrando no chat da Giu

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oi amiga, tô indo, tá? (10:30)

oi amor, ok. (10:32)

frança tá ai?🤢 (10:33)

não kkkkkkkkkk (10:35)

oba, tô indo então. bjs. (10:37)

bjs gata. (10:38)

Vi meu café ferver e fui desligar rapidão

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Vi meu café ferver e fui desligar rapidão.

Tomar café 10 horas da manhã? É claro, não tem coisa melhor.

Em poucos minutos, ouvi alguém bater na porta e pelo desespero, era a Giulia.

Maju: Tem porta em casa não, capeta!? - Gritei.

Abri a porta e ela sorriu.

Giu: Vai se fuder, eu aqui no maior ânimo pra te ver. - Falou entrando em casa.

Eu apenas ri e fui pra cozinha, pegando meu café.

Maju: Eai, como tu tá? Tempinho que a gente não se vê, né?

Giu: É claro, esse seu namorado é um encosto. - Revirou os olhos. - Eu tô bem amiga, e você?

Maju: Tô bem também. - Ri falso e tomei o café.

Nós conversamos pra caramba. Ela me falava dos b.o dela com o L7, eu só sabia rir.

L7 gasta demais, e ela é tiltada. Acaba que eles terminam e voltam no mesmo dia.

Isso sim é um casal que eu admiro, pra caralho.

Giu: Ô amiga, tua piscina tá limpa? - Assenti. - Vamo banhar? Tô com um calor desgraçado.

Maju: Vamo, vamo. - Falei animada.

Nós subimos pro quarto e eu emprestei um biquíni pra ela. Não é difícil dividir roupa com ela, corpos parecidos.

Nós descemos pra área de churrasco e ela se jogou na piscina, reclamando da água gelada.

Giu: Não foi isso que eu pedi.

Maju: Vai, abestada. - Ela me deu dedo e puxou minha perna, fazendo eu cair na piscina. - Porra, garota! - Falei tremendo pela água gelada.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora