Cap 18.

8.7K 501 32
                                    

Maju🍁

Depois disso, minha vida ficou complicada pra caralho.

Eu andava em casa, tinha vapor atrás. Ia no banheiro, tinha vapor esperando na porta. Ia dormir, tinha vapor na varanda e na porta do quarto.

Porra.

O único bom nisso era que eu sabia que estava protegida naquele tempo.

Emanuel: Tá tudo bem? - Meu pai entrou no meu quarto.

Maju: Tá sim. Só um pouco incomodada, mas bem. - Ele riu falso.

Emanuel: Eu entendo você. Mas isso é necessário, tu tá no risco. - Eu assenti.

Ret me ligou e avisou que queria que eu ficasse na boca com ele hoje, meu pai só sorriu.

Emanuel: Eu te deixo lá. Desço pro trabalho depois. - Assenti.

Tomei um banho rápido e sequei o cabelo, passei perfume e coloquei uma roupinha confortável.

Saímos de casa e eu pude ver pelo retrovisor do carro as motos dos vapores. Meu Deus.

Chegamos na boca e eu me despedi do meu pai, saíndo do carro e entrando.

Ret liberou minha entrada e eu subi, vendo ele com um cigarro na boca, me esperando na porta.

Ret: Oi gasparzinho. - Me deu um tapa na cabeça e eu entrei na sala.

Maju: Oi cabelo de puta. - Ele riu.

Ret: Como tu tá? - Falou se sentando na cadeira.

Maju: Incomodada com esse tanto de vapor atrás de mim, mas bem.

Ret: Eles só vão parar quando o França aparecer, sabe né? - Assenti.

Maju: Tá foda. - Ele riu. - Nem um sinal dele?

Ret: Não. Tá escondido em algum lugar, mas é impossível verificar todas as casas desse morro. As que ele tem mais chance de estar, já foram revistadas.

Maju: Que caralho. - Me sentei no sofá.

Ret: Fica de boa, pô. Não vai demorar pra achar ele. A saída só tá liberada pra trabalhador e vapor da administração.

Maju: Isso tudo por causa desse desgraçado, que ódio! - Falei apoiando a cabeça no travesseiro.

Ret: É foda. - Falou pegando o celular, arqueando a sobrancelha.

Encarei ele e ele chamou o L7, que subiu rápido pra sala.

Ret mostrou o celular pra ele, que arregalou os olhos.

Ret: Cadê a Giulia, L7?

L7: Tá em casa com os vapores.

Ret: Tem certeza?

L7: Tenho, pô. - Falou ligando pra ela, que atendeu rapidamente. Ele mandou ela subir e ela logo veio.

"não adianta colocar essas caralhadas de vapor em cima delas, Ret. Comece á perceber as outras pessoas á sua volta. (14:44)"

Ret: De quem ele tá falando? - Falou sério.

L7: Nanda tá falando com vocês? - Negamos.

Maju: Ela não me manda mensagem tem um tempo.

Giu: Pra mim também. - Encararam.

Ret: Porra, Fernanda! - Falou ligando pra ela, que não atendeu.

Ret ligou pro Cabelinho, que atendeu rápido.

Ligação On:

Ret: Fernanda tá contigo?

Cabelinho: Que? Não, ué.

Ret: Merda! Quando tu viu ela na última vez?

Cabelinho: Deve ter uns três dias, por aí. Ela parou de me responder. Por que?

Ligação Off.

Caralho!

Ligamos pra todo mundo que podia ter visto ela, mas ninguém sabia o paradeiro.

L7: Agora que vocês não vão ter privacidade mesmo. - Falou nos encarando.

Ret passou a mão na cabeça e percebemos a raiva, mas não falamos nada.

Ret: Manda irem na casa da Fernanda. Se ela não tiver lá, avisa que já estamos á procura. - L7 assentiu e saiu da sala.

Giu: Vocês ainda tem show hoje, não é? - Ret assentiu.

Ret: O certo era vocês irem junto, evitar o perigo. Mas a boca vai ficar sem supervisão, e na nossa ausência, o comando do morro tá com vocês. - Nos encarou.

Maju: Com a Giu eu entendo, agora comigo? Por que?

Ret: Tu é a que mais tá convivendo com a gente nesse tempo, sabe pelo menos a base disso. - Assenti quieta e a Giulia me deu um empurrãozinho, rindo.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora