Cap 41.

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Ret🦇

Saí do quarto e fui pra sala, vi a Maju sentada com o Poze, Cabelinho e o Dallas.

Não falei nada e só fui na cozinha, tinha gente pra caralho em casa ainda. Resenha das grandes essa viu.

Peguei uma cerveja no congelador e subi pro quarto, vi logo o Dallas subindo.

Dallas: Aí, mano. - Encarei. - Tá tendo caso com a Maju?

Ret: Não. - Falei seco. - Por que?

Dallas: Ela tá livre então?

Olhei pra ele, que me encarava também.

Ret: Tá sim, pô. - Ri falso negando com a cabeça e ele assentiu, saíndo do quarto.

Coloquei a garrafa de lado e passei a mão no rosto. Caralho.

Os minutos se passaram e eu acendi outro cigarro, vi logo a Maju entrando no quarto.

Maju: Posso conversar contigo? - Me encarou e eu assenti.

Ela se sentou ao meu lado e eu esperei.

Ret: Tô ouvindo, pô.

Maju: Tô preocupada contigo. Você tava normal, foi só se juntar com os meninos que ficou assim.

Ret: Tô normal, Maju, só mente cheia.

Maju: Conversa comigo. - Encostou a cabeça no meu ombro. - Não quero que você fique assim. Era pra estar aproveitando essa resenha.

Ret: Sei lá pô, esse bagulho da aposta tá acabando com minha mente. - Passei a mão no rosto e ela olhou confusa.

Maju: Mas por que?

Ret: Porquê se eu ganhar, vou cair fora. E me apeguei em ti pra fazer isso. Se eu perder, vou ferir meu ego. - Encarei ela.

Maju: Também me apeguei em ti, mas foi a aposta. - Riu falso e olhou pro lado.

Ret: Não quero te comer e cair fora, Maju. Mas também não quero continuar me apegando tanto.

Maju: Quer desistir da aposta?

Respirei fundo e neguei com a cabeça.

Ret: Não é sobre a aposta, porra. - Cocei a cabeça. - Quer saber, deixa quieto.

Maju: Não, poxa. Quero entender o que tá acontecendo.

Ret: Nada. Quando essa aposta acabar, a gente volta ao normal. - Coloquei o cigarro na boca e joguei a fumaça pra cima, ela só assentiu.

Fiquei com aquilo na mente a noite toda e acabei pegando no sono.

Dois dias pro aniversário e estar assim justo com ela e o L7 tá sendo foda.

Acordei já bolado e tomei um banho rápido, me vesti e passei perfume.

Desci pra sala e já tava tudo arrumado. Final de resenha, arrumam aqui antes de eu acordar.

Fiz um café e tomei, colocando a arma na cintura e o celular no bolso, procurando a chave da moto.

18/06.

Achei a chave da moto e saí, indo direto pra boca. Vi um monte de vapor com o olho vermelho só de ontem e eu não falei nada, subindo pra boca.

L7 tava sentado no sofá, com uns papeis na mão e a garrafa de água do lado.

L7: Tá bem? - Assenti. - E essa cara de morto?

Ret: Só fui dormir tarde.

L7: Queimou quantos ontem?

Ret: Três. - Ele me encarou.

L7: Sabe que isso pode dar ruim pra ti, né? Teve alta ontem parceiro.

Ret: Vai dar em nada não. - Ri falso.

L7: Vai morrer um dia antes do aniversário em.

Ret: Repreende maluco.

Ele riu e nós começamos a conversar, rapidamente me distrai.

Conferi os carregamentos e tava tudo certo, vendas ocorrendo normalmente e etc.

L7: Vai sair amanhã?

Ret: Não pretendo, por que?

L7: Comemorar o aniversário né, maluco. Chama a Maju e vai andar pelo morro, sei lá.

Ret: Não tô afim de comemorar esse ano.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora