Cap 26.

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Maju🍁

Olhei pra trás e foi o meu maior arrependimento.

Ret sujo de sangue, uma poça no chão, o corpo todo baleado, não vou esquecer nunca.

Giu: Olhou de besta. Ninguém mandou virar. - Falou com o celular na mão.

Ret: Vai ficar comigo agora, ouviu?

Maju: E os vapores?

Ret: Não tô podendo confiar nem neles. - Encarou e eu não falei nada.

Vimos o Vini chegar com várias coisas e ele pegou o celular do Vn, vendo tudo necessário.

Vini: Vai demorar um pouco pra isso. Preciso do endereço ip, dos dados, dos.. - Ret interrompeu.

Ret: Ainda hoje tu termina? - Ele assentiu. - Então ponto. Tá liberado.

Vini apenas assentiu e saiu da sala. Ret pegou seu celular e tirou uma foto com o corpo do Vn, mandando levarem pra queimar.

Limparam o sangue do chão e o Ret tirou a camisa, colocando no ombro e se sentando na cadeira.

L7: Se você achar ele, vai fazer o que?

Ret: Vou atrás no sigilo. Só quem tá sabendo é nois aqui e o Vini. Não quero nenhum vapor sabendo, ouviu? - L7 assentiu.

L7: Caralho, O Vn mano. A gente deixou ele com as meninas no dia do show.

Giu: Ele foi mó legal com nois, até vendeu.

Ret: Se pá foi subornado pelo França não tem muito tempo. - Falou acendendo um cigarro.

L7: Tá ligado que só hoje, é o teu terceiro cigarro, né? - Ret assentiu.

Ret: Se eu dormi por 2 horas foi muito. Aliviar o estresse e o sono.

L7: Também não dormi, irmão.

Ret: Mas você dormiu ontem, eu não. - Ele assentiu.

Giu: Um dia esse pulmão teu vai te prejudicar. Escuta o que eu tô dizendo.

Ret: Tô ciente.

Eles ficaram no papo e o Ret não falava nada, só digitava no celular pra alguém.

L7: Podemos ir já?

Ret: Podem. Vou procurar alguém pra assumir a boca amanhã, tá? Pode pegar folga tranquilo. - L7 assentiu e fez um toque com ele.

Me despedi da Giu e eles saíram da sala. Deitei no sofá de volta e o Ret veio até mim.

Ret: Afasta, quero dormir.

Maju: Sujo de sangue desse jeito? Vai é porra. - Ele riu.

Ret: É só a calça que tá com uns pingos, e já secou. - Falou deitando no sofá, me puxando pra perto.

Encostei a cabeça no peito dele e ficamos conversando, até ele pegar no sono.

Ele respirava fortemente e eu percebia o cansaço. Porra, muleke é de aço viu.

Levantei pra tomar água mas nas gavetas só tinha maconha, isqueiro e dinheiro. Pô, era só uma água.

Ret: Que foi? - Falou passando a mão no rosto.

Maju: Teu sono é muito leve, caralho.

Ret: Atento á tudo. Tá procurando o que?

Maju: Água.

Ele ligou o radinho e mandou trazerem água gelada pra sala dele, em poucos minutos trouxeram.

Agradeci e tomei um copo, sentindo meus rins até se alegrarem.

Ret: Quer ir lá pra casa? Esse sofá não é nada confortável. - Assenti e ele levantou.

Os olhos vermelhos e a voz de sono. Desgraçado fica feio nem chapado de sono.

Ret trancou a sala dele e convocou o vapor da entrada, mandando fecharem a boca pra qualquer coisa.

Ele assentiu e nós descemos pra casa dele, o que não demorou muito. Chegamos lá e subimos, de cara ele se jogou na cama e pegou o controle, ligando o ar condicionado.

Ret: Vem, pô. - Abriu os braços e eu tirei a sandália, deitando em cima dele.

Minha vista começou á pesar e eu acabei dormindo ali.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora