Cap 35.

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Maju 🍁

Chamei a Naiara rapidão quando vi ele desmaiar. Porra, me desesperei.

Ela entrou na sala e logo outros médicos foram atrás, com vários equipamentos.

Meu coração disparou ao ver aquela situação e pediram pra eu sair, pois iam fazer uma cirurgia.

Só assenti calada e saí, me sentando na cadeira e ficando lá esperando o horário.

Já eram 19 horas, cheguei no postinho por volta das 9, acontece que não tô conseguindo pensar em mais nada, a não ser ele.

A vida dele.

L7 entrou no postinho e me encarou.

L7: Vai pra casa, Maju. Amanhã você vem aqui. - Neguei com a cabeça. - Não tô pedindo. Em nome de sub dono, vai pra casa e descansa.

Maju: Quero esperar ele acordar. - Passei a mão no rosto.

L7: Você pelo menos se alimentou direito hoje? - Neguei com a cabeça. - Vai pra casa, come e descansa. Te aviso qualquer coisa.

Assenti e levantei, sentindo a pressão cair e me apoiei na parede. Ele me encarou mas eu logo segui andando, descendo pra casa.

Meu pai já tinha recebido alta e assim que me viu, arregalou os olhos.

Emanuel: Sua situação tá pessima, Maju. O que aconteceu? - Falou me abraçando.

Maju: Ret foi baleado, fiquei no postinho hoje. - Falei indo pra cozinha e procurando algo pra comer.

Emanuel: Vai tomar um banho primeiro, eu faço o jantar.

Maju: Obrigada. - Ri falso e subi pro quarto.

Peguei uma calça moletom confortável e uma blusinha solta, levei pro banheiro e tomei meu banho.

Senti a água caindo no corpo e foi um alívio desgraçado, namoral. Terminei o banho e me vesti rapidão, desci e vi o prato na mesa.

Emanuel: Pode me explicar melhor agora? - Me sentei e ele encarou.

Maju: Localizaram o França aqui em casa. Ret quis colocar um fim nisso e avançou, mas foi baleado. - Resumi e coloquei o garfo no prato, me recusando á comer.

Emanuel: Se alimenta, Maju. Não quero você internada também.

Maju: Tô sem fome, papai. Obrigada. - Levantei e dei um beijo nele, pegando a bolsa e saíndo de casa.

Cheguei no postinho e vi o L7 e a Giulia conversando com a Naiara, eles ouviam atentamente.

L7: Maju. - Encarei. - Acharam a bala presa no corpo do Ret. Ele tá de repouso agora depois da cirurgia. Não prefere vir amanhã?

Maju: Não. Vou esperar ele acordar. - Falei me sentando na cadeira e o L7 assentiu calado.

L7: Eu preciso ir, boca tá sem monitoramento. Se cuida, viu? Não fica aqui até tarde.

Giu: Qualquer coisa manda mensagem, te amo gostosa. - Me abraçou e eu ri falso.

Eles saíram e eu encostei a cabeça na parede, pensando nisso tudo.

Caralho, se eu não tivesse me metido na vida dele, ele com certeza não estaria assim agora.

Mesmo sabendo dos riscos, ele foi querer me vingar. Não acredito que isso tudo desmoronou de uma hora pra outra.

As horas iam se passando lentamente e eu via meu olho grudando de sono, mas acordava novamente e jogava água na cara.

Naiara: Maju? - Se sentou ao meu lado e eu encarei. - Você tá bem?

Maju: Tô, tô sim. Ele acordou?

Naiara: Você tá pálida. - Falou se levantando e pegando uns biscoitos da recepção. - Come.

Maju: Tô sem fome, valeu. - Ri falso. - Ele acordou?

Naiara: Acordou, mas tá meio mongo ainda. Não quer deixar pra ver ele amanhã?

Maju: Não. - Levantei e ela assentiu.

Naiara: Eu sei que isso tá sendo difícil pra ti, mas não esquece de cuidar de si mesma. Se continuar sem se alimentar e focando em uma coisa só, daqui uns dias quem tá internada é você. - Falou séria e eu baixei a cabeça.

Maju: Vou procurar me cuidar também. Me leva até ele, por favor. - Ela assentiu e me direcionou pra sala em que ele estava.

Entrei lá e o sorriso foi espontâneo, ele já fazendo careta pra comida.

Ret: Oi, gata. - Mandou beijo pelo ar e eu ri.

Maju: Caralho, que susto que você me deu de novo. - Falei me sentando ao lado dele.

Ret: Pai segue intacto como sempre. - Riu. - Mas como você tá?

Maju: Tô bem, e você? Tá sentindo o que tanto?

Ret: Só o corpo dolorido, mas nada muito grave. Tu tá palida em mané, caralho.

Maju: Normal, normal. - Ele arqueou a sobrancelha.

Ret: Deixa eu sonhar que tu não comeu, viu? Eu saio desse hospital e te encho de comida. - Falou sério e eu ri. - Tô sem caô, rum.

Maju: Eu sei, eu sei.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora