Cap 19.

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Maju🍁

Ret tinha ido pro show com o L7 e tinha um aglomerado de vapor na porta do lado de fora, proibindo a entrada de todo mundo.

Giulia tava desesperado porquê recebeu um telefonema de alguém dizendo que queria comprar, e que tava subindo.

Giu: Ele quer comprar o que, meu Deus!? - Passou a mão na cabeça.

Maju: Droga, animal. - Ela riu.

Giu: Tu já viu o tanto de droga que tem aqui nessa sala!? Como a gente vai saber qual é!? - Olhei em volta e percebi.

Maju: Porra, fudeu! - Falamos vendo se não tinha nome.

O vapor entrou na sala e avisou que o homem estava esperando na porta, perguntando se ele podia entrar.

Giu deu permissão e a gente pegou um pacote ali, orando pra ser o que ele queria.

Raze: Que isso meninas, estão no controle hoje? - Falou entrando na sala e nós sorrimos quando vimos ele.

Giu: Caralho, ainda bem que é você! - Ele riu.

Raze: Pô, me vê um de krokodil. - Nos olhamos.

Maju: Quer o que? - Ele arqueou a sobrancelha.

Raze: Krokodil, gatas.

Nós nos olhamos e assentimos, pegando qualquer coisa e entregando pra ele.

Giu: Pagamento vai ser como?

Raze: Isso é heroína, Giu. - Ele sorriu.

Giu: O que caralhos é krokodil!? - O vapor da entrada riu.

Vn: Se a senhora me permitir. - Giu deu permissão e ele pegou um pacote, entregando pro Raze.

Raze: Valeu irmão. Tá aqui. - Entregou uma maleta pra ele, que assentiu.

Vn deixou a maleta ao nosso lado e riu.

Maju: Avisa que essa noite ás vendas vão ser canceladas, por favor. - Ele assentiu e saiu da sala.

Giu: Caralho, somos péssimas nisso. - Rimos.

O telefone da sala tocou e eu atendi.

Ligação On:

Vp1: Dona?

Maju: Oi?

Vp1: O Carlos tá perguntando se ele pode subir, disse que quer bater um papo sobre o morro.

Maju: O Ret deixaria ele subir?

Vp1: Não.

Maju: Então não deixa.

Ligação Off.

Maju: Quem é Carlos?

Giu: É o dono do Corcovado, por que?

Maju: Tava querendo subir. - Ela encarou.

Giu: Tu não deixou não, né?

Maju: Deixei nada. Ish, o que ele fez?

Giu: Vidigal tem uma treta enorme com ele. Desde que o Ret assumiu a posse, ele cortou os laços com os morros vizinhos, isso gerou umas confusões e tal. Carlos quase tomou o morro do Ret.

Maju: Caralho. Que horas eles voltam?

Giu: Rapaz, umas 3 da manhã se pá. - Olhei no relógio e ainda eram 2.

Maju: Que tédio. O que a gente pode fazer?

Giu: Vamo bolar um? - Encarei. - Mas só a gente vai saber, sacou?

Maju: Vai dar merda, Giu.

Giu: O que é um peido pra quem já tá cagado. - Ri alto.

Ela pegou a latinha e bolou dois, parecia até que já tinha feito isso.

Achar um isqueiro na sala do Ret não foi difícil.

Giu sugou a fumaça com tudo e soltou, jogou a cabeça pra trás e relaxou.

Fiz o mesmo e senti a vibe. Caralho, por isso o Ret usa todo dia.

5, 10, 15, 20 baforadas...

Ficamos assim até altas horas, só lembro de ter apagado na cadeira. Não sei quentas baforadas eu dei.

O vapor ficou conferindo se nada acontecia lá fora e eu e a Giu dormimos ali, porra.

Ret: Acorda, Maju! - Me sacudiu e eu olhei pra ele, que olhava com cara séria.

L7: Não deixamos mais vocês sozinhas, papo reto. - Falou com a Giu nos braços.

Giu: Me leva pra casa.. - Enfiou a cara no peito dele.

L7 saiu da sala e logo uma caralhada de vapor foi atrás, Ret só me encarou.

Ret: Vou nem tretar contigo agora, tô ligado que tu não vai entender porra nenhuma. - Falou me levantando, apagando a luz da sala e saíndo.

Ret me deixou na casa dele e fechou a boca pra reunião, vendas, negócios e qualquer coisa do tipo.

Maju: Eu tô bem, relaxa. - Falei piscando lento.

Ret: Dorme, depois te levo pra casa.

Foi a última coisa que ouvi naquele horário.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora