Cap 34.

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Ret🦇

Fiquei naquela cama por mó tempo, pô.

Cabeça doendo, barriga nem se fala. Foi um tiro, mas parece que foi 10.

O pior era as comida que me davam. Bagulho é mo gororoba, serinho.

Naiara: Come, Filipe! - Bufou.

Ret: Vou comer isso aí não, tá maluca?

Naiara: Vai morrer de fome!?

Ret: Não pô, rum. Coisa ruim do cão.

Naiara: Vou ter que chamar tua namoradinha aqui mesmo, porra!?

Ret: Namoradinha o que, maluca?

Naiara: Come isso! - Falou me entregando um prato de sopa.

Ret: Vai me dar um cigarro depois disso? - Negou. - Então vou comer é o caralho.

Naiara: Eu vou ejetar comida na sua veia!

Ret: Ai maluco, tô com dor. - Falei sério e ela me encarou.

Naiara: Onde? - Apontei pra minha barriga e vi o sangue na cama.

Ela arregalou os olhos e colocou a sopa de lado, apertando um botão e rapidamente vários enfermeiros chegaram.

Tiraram o pano de cima e eu pude ver o sangue na cama e escorrendo na perna. Caralho.

Ret: Pera caralho, tá doendo! - Encarei o macho que tava passando um bagulho.

Naiara: Cala a boca, Filipe! - Falou pegando um bagulho branco e passando um pano na minha barriga, enfaixando.

Ret: Tô perdendo o shape com esse bagulho, tô nem curtindo não. - Revirei os olhos e ela me olhou.

Naiara: Incrível, você tem o patati patata enfiado no cu né?

Ret: Tenho, pô. - Ri e ela terminou de enfaixar, me dando um remédio.

Naiara: Come isso quietinho e eu deixo a Maju vir hoje.

Ret: Ela já vai vim, bocó.

Naiara: Só vem se você comer.

Ret: Vem cá, tô com cara de criança de 5 anos nesse bagulho? - Ela riu.

Naiara: Você que sabe. - Falou saíndo da sala.

Coloquei a sopa de lado e cruzei os braços, olhando pro teto e ficando lá. Porra, que tediante.

Peguei aquela sopa no ódio e comecei á tomar. Bagulho ruim, só tinha gosto de remédio.

Terminei e apertei o botãozinho lá, Naiara veio até mim e sorriu.

Naiara: Muito bem, garotinho. - Falou tirando o prato. - Preciso falar contigo.

Ret: Tô ouvindo.

Naiara: Tu perdeu sangue pra caralho, tá ligado nisso, né? - Assenti. - Pois é. Quando tu sair daqui, precisa passar no mínimo 3 dias sem fumar e nem beber.

Ret: Ih caralho, por que?

Naiara: Porque sim garoto, rum. - Riu. - Se tu continuar melhorando, pega alta rapidão.

Ret: Preciso sair daqui sem demora, papo reto. L7 tem os bagulho pra resolver e ele tá ocupado com os assunto da boca.

Naiara: Entendo, mas não posso te dar alta sem você apresentar pelo menos 50% de melhoria. - Assenti. - Maju vai entrar jajá, vê se não assusta a menina com essa cara de defunto. - Debochou e eu dei dedo pra ela.

Naiara é foda, cresceu comigo. Mina é maneira pô. Das minhas.

Estiquei a mão pra pegar o celular e vi ela entrando na sala.

Maju: Viciado. - Falou pegando o celular e me entregando.

Ret: Oi minha gata, como tu tá?

Maju: Tô bem, e você? Melhor? - Se sentou ao meu lado.

Ret: Tô bem, tô bem. Eai, como tá lá fora?

Maju: L7 já mandou uns 5 cliente ir tomar no cu hoje. - Ri.

Ret: Ish, por que?

Maju: Porquê ele tá tiltado e os clientes querem comprar contigo. Fora os boatos que tão saindo, ele que tá aturando tudo.

Ret: Tô ligado. E você, tá bem? - Assentiu. - Comeu hoje?

Maju: Comi, e tu? - Assenti calado sentindo meu corpo estranhar.

Ret: Ei pô, chama a Naiara aí. - Falei sentindo o corpo todo dar câimbra e o olho pesar.

Falta de ar bateu e ela percebeu o desespero.

Maju: Ret!? - Me encarou e arregalou os olhos, indo chamar a Naiara correndo.

Apaguei rapidão e só ouvi a porta abrindo.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora