Cap 54.

7.9K 465 72
                                    

Retchê🦇

Chegamos no morro e aceleramos pra boca, elas desceram com a gente e entraram na sala com maior cara limpa.

Giu: O dia tá lindo né, clima ensolarado. - Coçou a cabeça e eu sentei na cadeira, L7 na mesa e elas ficaram em pé nos encarando.

Maju: Não temos culpa. Ficaram de caô, nem na nossa cara olharam, aí agora querem tirar satisfação? - Cruzou os braços.

L7: Tão malucas? Isso lá é motivo pra vocês irem ficar com outros caras?

Giu: Ninguém mandou entrar em caô com a gente. - Revirou os olhos.

Ret: Querem que seja assim então? Qualquer caô a gente corre pra comer alguém?

Maju: É diferente. Vocês são famosos, qualquer mina que acharem na rua topam. - Revirou os olhos.

L7: Então baixem esse fogo de vocês. Tretamo mas ficamos na paz, não corremo atrás de ninguém pra descontar carência.

Giu: A gente não terminou? - Ele encarou ela. - Então não tem motivo disso tudo.

L7: Terminamo então, malucona?

Giu: Me diz você. A mente é sua.

L7: Minha mente tá mandando você ir tomar no cu. - Encarei ele.

Giu: Tá doido? - Ela olhou sem reação pra ele.

L7: Que foi? A gente não terminou?

Giu: Não me estressa, L7!

L7: Se resolvam aí, preciso bater um papo com ela. - Falou puxando a Giu pra fora da sala e fechando a porta.

Maju me encarou e eu arqueei a sobrancelha.

Maju: Como é que a gente vai ficar agora? - Se sentou na minha frente.

Ret: Vai continuar com esses teus esquemas? Porquê se tu quiser jogar, a gente joga. - Encarei.

Maju: É outra aposta? - Ri.

Ret: Considere como quiser.

Maju: Vai no caô mesmo?

Ret: Maju. - Levantei. - Não tem como eu apostar isso contigo.

Maju: E por que não? Sabe que vai perder? - Falou cercando sua mão no meu pescoço e eu levantei a cabeça, ficando á poucos centímetros da sua boca.

Ret: Porquê você tá no meu nome, e eu já avisei que qualquer um aqui que sonhar em ficar contigo, vai tomar bala. - Ri e ela me encarou.

Maju: Você não é louco.

Ret: Eu sou, um pouco.

Maju: Não, tá falando serio? - Ela levantou.

Ret: Se quiser ir conferir.

Maju: Você tá ficando igual o França, Ret. - Me encarou. - Negócio de ficar ameaçando matar quem chegar perto de mim.

Ret: Não me compara com ele, você sabe que uma coisa não tem nada á ver com a outra.

Maju: Eu não quero caô contigo, mas se isso continuar, já era pra gente. - Ri.

Ret: Pra gente o que, Maju? Não existe "a gente." - Fiz sinal de aspas. - Tu nunca abre um centímetro se quer de espaço pra fazer isso dar certo.

Maju: Eu tenho medo, Ret!

Ret: Medo de que!?

Maju: De acontecer a mesma coisa que aconteceu antes! - Falou já com a voz trêmula. - No final, todo macho de morro é igual.

Sangue ferveu quando ouvi aquilo mas não surtei, só fui até ela e á abracei.

Ret: Prometo fazer ser diferente. Sei o que tu passou, não vou deixar que se repita.

Maju: Desculpa por tudo, mente ficou cheia. - Falou me abraçando de volta. - Nunca foi só uma aposta.

Ret: Independente de ter sido ou ser só uma aposta, eu vou estar sempre ao seu lado. - Dei um beijo no topo da cabeça dela.

Maju: Eu te amo, desgraçado! - Falou com os olhos cheios de lágrima e eu ri.

Ret: Também te amo, boba. Mas ainda tô puto contigo.

Maju: Tá tudo bem, uma hora tu fica de boa. - Riu falso.

Ret: Ih, me erra ein, sou difícil.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora