Cap 2.

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Maju🍁

A tarde seguiu bem tranquila. Banhamos na piscina, comemos, assistimos e até tiramos um cochilo.

O único problema foi na hora dela ir embora.

Por termos banhado na piscina, acabou que a base saiu um pouco e deixou á mostra o hematoma.

Giu: Foi o França, não foi? - Neguei.

Maju: Eu caí, amiga! Já disse!

Giu: Esse cara é um desgraçado, Maju! Se sai dele! - Falou com a mão na cabeça.

Maju: Tá tudo bem, amiga! Relaxa! - Ri falso e ela me encarou.

Giu: Eu vou te tirar disso, tá bom? Te amo gostosa. - Falou me abraçando. - Qualquer coisa me liga.

Maju: Também te amo, gata. - Abracei de volta e ela saiu, subindo na sua moto.

Fechei a porta e fiquei na sala. Já eram 20 horas, França não tinha vindo aqui ainda, e eu não reclamei.

Ouvi um barulho de porta abrindo e por sorte, era meu pai.

Maju: Oi, pai.

Emanuel: Oi amor, tá bem? - Beijou minha cabeça.

Maju: Tô sim. Chegou cedo hoje.

Emanuel: Consegui terminar tudo á tempo, não queria ficar até 22 horas de novo. - Falou se sentando.

Maju: Entendi. Como foi o trabalho?

Emanuel: Cansativo.. Mas bom. E você, fez o que?

Maju: A Giulia veio pra cá, ai passamos a tarde juntas. - Ele assentiu.

Emanuel: França não veio aqui hoje? - Neguei.

Maju: Deve estar ocupado com alguma coisa na boca.

Emanuel: Hum, entendi. Vou deitar, ok? - Assenti.

Maju: Dorme bem. - Ele me beijou e subiu pro quarto.

Fiquei assistindo mais um pouco e subi pro meu quarto também, colocando um pijama e deitando na cama.

Ouvi um barulho de porta abrindo e eu sabia que era ele. Coração chega começou á gelar.

França: Não me esperou na sala por que? - Entrou sério no quarto e trancou a porta.

Maju: Você demorou, então eu subi.. - Falei com a cabeça baixa e ele veio até mim, erguendo ela.

França: Olha pra mim quando eu tiver falando contigo! Quem veio pra cá hoje?

Maju: A Giulia.

França: Só ela!?

Maju: Sim!

França: Mentira! Falaram que viram um homem entrando aqui! - Me deu um tapa forte no rosto, por cima do hematoma que já estava dolorido.

Maju: Era o meu pai, seu doente! - Gritei e ele me encarou.

Logo percebi o meu erro, sentindo cada pancada que estava tomando.

Ele falava alto, mandando eu repetir do que tinha chamado ele.

Fiquei imóvel na cama e ele saiu do quarto, mal conseguia me mexer sem fazer com que nada causasse uma dor insuportável.

Fui levantando da cama aos poucos e entrei no banheiro, me assustando com meu próprio corpo.

Pescoço, braço, rosto, cada canto com um hematoma diferente. Não aguentei, chorei ali mesmo.

Saí do banheiro para ir pra cama e ele estava lá, me esperando.

França: Vem cá meu amor, me perdoa. - Falou me chamando pra cama e eu fui, sem falar nada. - Sabe que eu faço isso pro seu bem. Você é minha, nunca que iria te deixar ir.

Fiquei imóvel lá e ele começou á beijar meu pescoço, deslizando a mão pelo meu corpo todo.

Maju: França, hoje não... - Falei virando a cara.

França: O que amor? - Falou subindo em cima de mim, erguendo a blusa do pijama.

Maju: Eu não quero... - Empurrei ele de cima de mim, que me encarou.

França: Você tá maluca!? Eu chego do trabalho cansado pra porra, querendo passar um tempo com minha namorada e você faz isso!?

Maju: Eu só não tô bem pra isso agora... - Baixei a cabeça.

França: Mas você é inútil mesmo. Depois apanha e fica aí chorando pra suas amigas! - Falou me empurrando e saindo do quarto.

Esse negócio acabou de vez comigo e eu deitei na cama, chorando até dormir. Papo reto, não conseguia entender como ele mudou daquele homem perfeito, pra esse canalha que virou hoje.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora