Cap 20.

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Ret🦇

Maju acordou e olhou em volta, eu tava deitado na cama e encarei ela.

Maju: Onde é que eu tô?  - Esfregou os olhos.

Ret: Na minha casa, boba. - Falei negando com a cabeça. - Lembra não? Derreteu um cigarro de maconha quase todo.

Maju: Caralho. - Falou enfiando a cabeça no travesseiro.

Ret: Ainda tá chapada? - Me deu dedo e eu ri.

Maju: Tô estranha, sei lá.

Ret: Namoral, não deixamos mais vocês sozinhas na boca. Cês perderam 300mil. - Encarei.

Maju: Caralho, como assim?

Ret: Início de semana, primeiro dia sempre tem cliente pra caralho. Ai vocês foram lá e cancelaram as vendas, mais de 300mil pro ralo.

Maju: Ninguém ensinou a gente sobre coisa de droga, rapaz. - Negou com a cabeça e se sentou na cama.

Ret: Vocês entregaram heroína pro cara que pediu krokodil, cara. - Ri e ela revirou os olhos. - Teus vapores foram descansar um pouco, tu não pode ficar longe até eles voltarem.

Maju: Rum, eu tenho casa, tá?

Ret: Te decide, ou fica lá na boca comigo, ou morre em casa.

Maju: Que morrer o que, doido? Me deixa lá, aprendi á atirar. - Ele riu.

Ret: Maju, me liga qualquer coisa. Se tiver ouvido um barulho estranho, se sentiu incômodo, tudo!

Maju: Relaxa, vou ficar trancada em casa. - Ri e concordei.

Nós subimos na moto e descemos rapidamente pra casa dela, questão de segundos.

Ret: Tem certeza que não quer ficar comigo lá na boca? Não tô confiando em tu aqui sozinha.

Maju: Tô bem, garoto! Acho que meu pai tá em casa. - Falou olhando no celular. - Ih, tá não. Mas relaxa.

Ret: Entra em casa, vou entrar contigo e conferir se não tem ninguém lá. - Ela assentiu.

Nós entramos em casa e olhamos em cada lugar, cada possível esconderijo, não achamos ninguém.

Maju: Tá vendo? Eu vou ficar tranquila, relaxa. - Falou me dando um tapinha no braço.

Ret: Não quer ficar com a Giulia? Os vapores dela tão ativos. - Ela encarou e riu.

Maju: Não precisa, gatinho. Rum, vou ficar bem. - Assenti.

Deixei o número de vários vapores e meti o pé, subindo pra boca.

O aperto no coração foi enorme, de 20 e 20 minutos eu mandava alguém lá verificar.

Porra, tenho medo dele fazer qualquer coisa com ela, mulher nenhuma merece passar por isso.

L7 entrou na sala e se sentou, jogando a cabeça pra trás.

Ret: O que tá rolando?

L7: Giulia. Tá puta lá em casa e a gente ainda brigou por causa de ontem.

Ret: Te admiro por aguentar os surtos dela, eu já teria mandado ela ir se fuder.

L7: Eu mandei. - Arregalei os olhos. - Ela terminou comigo pela sei lá, quarta vez esse mês?

Ret: Caralho, tu mandou ela se fuder?

L7: Mandei pô, fiquei no ódio. Ela passa o dia reclamando de qualquer coisa. De vapor, de eu ir pra show, de eu voltar tarde de algum lugar, tudo.

Ret: Isso daí são hormônios da gravidez. - Ele riu.

L7: Então ela tá grávida desde que nois começou á namorar. No sério, isso me estressou. Eu faço de tudo pra agradar ela, compro o que ela quer, ouço as birras e ela parece que só coloca mais lenha na fogueira.

Ret: Começa á tratar do mesmo jeito. - Encarei. - Ela vai ver como é bom.

L7: Não tenho coragem. Giu é surtada e vai se magoar rápido, não dúvido de qualquer dia desses ela terminar de vez comigo.

Ret: Tu namora sozinho? - Negou. - Então senta e conversa, acaba com esse bagulho. Toda semana é uma briga diferente e se tu parar pra perceber, é sempre surto dela.

L7: Não sei irmão, receio de estragar tudo. Prefiro aguentar quieto.

Ret: Uma hora você vai se cansar de aguentar isso, Lennon. E quando essa hora chegar, você vai cansar da situação e dela. Me escuta.

L7: Experiência com a Anna? - Riu falso.

Ret: Não, só pensei alto. - Neguei com a cabeça.

20 comentários p próximo cap.

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora