Cap 50.

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Retchê🦇

Passei o dia todo na boca, noite chegou e eu tava exausto. Nem cigarro tava adiantando mais.

Vapor entrou na sala avisando que a Maju tava querendo subir e eu só arqueei a sobrancelha, cedendo permissão.

Em poucos segundos ela entrou e eu encarei, fazendo ela vir até mim.

Maju: Quero falar contigo. - Suspirou.

Ret: Eu tô ouvindo.

Maju: Desculpa. Por ter te tratado mal ontem e tal, mente cheia também.

Ret: Tá bom. - Falei acendendo um cigarro.

Maju: Tá bom o que?

Ret: Tá bom, ué. Te desculpo por ter sido otária comigo ontem. Mais alguma coisa?

Maju: Como é que a gente fica então?

Ret: Igual nós éramos antes dessa aposta. Afinal, só nos aproximamos por causa dela. - Debochei e ela me encarou.

Maju: Eu tô falando sério, Ret.

Ret: Eu também pô. Deixei de ver fã meu pra conversar contigo, fui tratado mal pra porra. Vou enfiar a consideração no cu também. - Encarei ela.

Maju: Eu tava mal, Ret. Na minha cabeça, tu ia ganhar a aposta e vazar, era o combinado.

Ret: E eu tô fazendo isso pô. - Suspirei. - Mais alguma coisa, Maju?

Maju: Não. - Falou saíndo da sala.

Passei a mão no rosto e joguei a fumaça do cigarro pra cima, tentando me acalmar.

Fui cuzão também, conversar a gente conversa depois.

L7🚂

Cheguei em casa e vi a Giu no sofá me encarando. Não falei nada e só subi pro quarto, indo tomar um banho.

Terminei rapidão e saí com a toalha enrolada na cintura.

Giu: Vamo conversar.

L7: Tu sabe fazer isso? - Falei procurando um short na gaveta.

Giu: Tô falando sério, L7.

L7: Tô ouvindo aí. - Falei ainda sem olhar.

Giu: Tu sabe que eu surto por qualquer coisa. Ter visto a guria em cima de tu me deixou puta, mais ainda por você não ter feito nada.

L7: Era fã, Giulia. Ela não tava dando em cima de mim, tava só falando do quão difícil foi conseguir entrar na resenha pra me ver.

Giu: Eu não sabia. - Respirou fundo.

L7: Briga sem saber o bagulho certo, isso cansa a mente pô.

Giu: Eu sei. Só não quero te perder.

L7: Já perdeu. Não é a primeira vez que tu vem de ciúme possessivo pra cima de mim, e eu sempre que tenho que aturar esses bagulho calado, aí de mim se revidar.

Giu: No meu lugar você teria feito o mesmo! - Bufou.

L7: Quando eu vi aquele cara te colocando contra a parede eu fiz o que contigo, Giulia? - Me encarou.

Giu: Veio conversar. - Baixou a cabeça.

L7: Então pronto. Não compara minhas atitudes com as tuas, não tem nada á ver.

Giu: Por favor, L7. - Falou apoiando a cabeça no meu peito e eu respirei fundo.

L7: Meu coração é teu, tu sabe. Mas a mente é minha, e só minha. - Falei tirando ela com cuidado do meu peito e vestindo o short. - No momento em que eu me acalmar e você aprender a conversar, podemos nos resolver.

Saí do quarto e peguei uma blusa na sala, arma na cintura e o celular na mão.

Subi na moto rapidão e acelerei pra boca, entrando na sala e vendo o Ret jogado na cadeira.

L7: Que isso, parceiro?

Ret: Mente cheia, coração vazio. - Fez sinal de aspas, se referindo á musica.

L7: Somos dois então. - Me sentei ao seu lado e joguei a cabeça pra trás.

Ret: Dia em que eu virar gay, quero ver passar por esses perreco.

L7: Hum, que papo é esse? - Rimos.

20 comentários p próximo cap (sai mais tarde)

Sempre ao seu lado. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora