Poção do Sono

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POV EMMA:

Eu despertei quando a luz começou incidir o quarto, lembro de ter adormecido nos braços da rainha e acordar apenas agora, como se eu tivesse desmaiado, foi um pouco doido acordar naquela manhã tendo essa sensação.

Logo me veio a cabeça que eu perdi a melhor oportunidade para ler o diário, e com isso me dei conta de que estava sozinha na cama, talvez também estivesse sozinha no quarto. Eu me sentei ainda acordando melhor e esfregando os olhos.

A noite passada começou a passar na minha cabeça repetidamente como uma peça de teatro, de novo e de novo, alguns momentos específicos que repetiam mais vezes como um eco só que em imagem, bem as palavras também; esses me faziam sorrir feito uma idiota e sentir meu corpo arrepiar, com leves tremores algumas vezes. Me sentia diferente, tinha algo diferente dentro de mim. Eu era dela, e gostava da ideia.

No entanto uma luz se ascendeu em minha cabeça, era agora, só podia ser. Eu vou ler. O contratempo porém, era que precisava pegar a chave no outro quarto. Eu ainda estava nua, levantei para procurar minhas roupas e coloquei o vestido de qualquer maneira o mais rápido possível.

— Majestade??

Chamei antes de sair do quarto, como não obtive resposta fui com pressa até a porta. Eu a abri e no mesmo instante como uma flecha meu rosto e em seguida meus olhos bateram direto com os dela. Paralisei na hora, estalei o olhar e minha respiração ao menos pessou tamanho o medo e surpresa que senti.

— Bom dia, Swan.

Ela disse arqueando as sobrancelhas e passando por mim para dentro do quarto, eu soltei o ar e agora começava a tentar regular a respiração.

— B-bom dia...

— Tudo bem com você? Parece nervosa.

Ela me me olhou e eu virei para ela sem a encarar diretamente.

— Eu me assustei... – Me aproximei agora mais “normal.” — Fui procurar pela rainha, acordei e não estava na cama.

— Estava com o meu pai, ele piorou esta manhã.

— Isso quer dizer mais um dia no cofre...

— Para mim, sim. Para a senhorita, não faço ideia. Agora se me dá licença eu vou...

— Ah! Sim, claro. Até mais tarde majestade...

Sorri fraco com uma referência e dei as costas saindo do quarto, assim que coloquei os pés para fora, as portas bateram atrás de mim com a magia dela. Eu estava tentando entender o que diabos acabou de acontecer aqui.

O que me restava agora era um banho gelado e...e eu não sei ainda, talvez ir para o porão e jogar aquela caixa na parede até abrir.

Me arrumei e esperei ter certeza que Regina já estava no cofre, olhei para ver se não tinha movimento, dessa vez eu não fui crente de que abriria a porta, tentei para ver se estava aberta, e claro, não estava. Respirei fundo e fui tentar abrir a caixa porque era o que podia fazer.

Desci aquelas escadas e peguei a caixa na mão, olhei para ela pensando o que será que poderia ter ali, ela era um pouco pesada. Coloquei em cima da mesa e procurei as aberturas, tinha uma chave também, e por que não? Tentei abrir com a da gaveta. Falho. Bufei e guardei a chave na minha roupa de novo. Encarei a caixa, pensei; ou eu realmente jogava na parede, ou tentava quebrar a fechadura, que era um cadeado, ou...eu podia tentar achar a chave. O que me pareceu uma ideia melhor, mas para isso...tinha aquela escada. Eu não iria subir aquilo sozinha. Fechei os olhos por algum tempo. É, eu iria.
Quando cheguei no primeiro degrau olhei para cima e engoli seco, respirei fundo e fui com as pernas tremendo o caminho inteiro, quando cheguei na porta a tentei abrir normalmente, mas ela me repeliu. Trancada com magia. Eu não precisei chamar para a rainha abri-la pouco tempo depois e me olhar feio.

Killing the Queen Onde histórias criam vida. Descubra agora