Killing the Queen

Voltando para Casa

POV EMMA:

A rainha mandou que os guardas me entregassem a recompensa quando eu deixasse o castelo, não me senti bem com tal situação, mas sabia que se era uma despedida ela já cortou diretamente nossa relação naquele beijo. Não queria me ver de novo, na verdade acredito que ela cortou quando devolveu meu coração.

Eu estava a caminho e fiz o cavalo galopar na tentativa de que o vento tirasse ela e aquilo tudo da minha cabeça. De tudo que fiz, beijar a rainha com meu coração no peito foi o maior erro que eu cometi.

O que eu sentia agora...estava doendo, minhas lágrimas começaram a correr continuamente, o vento as secavam mas elas se renovam no exato instante. Tudo que aconteceu estava vindo mais intenso e...verdadeiro; cada olhar e cada toque, cada momento, as palavras daquele diário.

Quando estava sem meu coração, eu sentia minhas emoções, mas ainda assim pareciam vir de outra pessoa mesmo sendo eu, era algo estranho, porém agora era apenas eu. E depois do que li me senti horrível, eu tinha motivos para odiá-la, mas com tais justificativas eu me senti tão injusta e canalha. Eu... Eu queria ir para casa mas não sabia mais o que “casa” significava. Deuses eu deveria tê-la matado naquele dia.

Não demorei como o de costume para chegar à taverna, quando vi que estava me aproximando tratei de ir devagar para que desse tempo dos indícios de choro sumirem. Quando amarrei meu cavalo na frente eu vi que eles me esperavam pois estava fechada, ali eu senti que realmente estava voltando para casa e entrei eufórica, com a respiração curta e as bochechas vermelhas, sorrindo.

— Eu consegui! Finalmente...eu consegui ler o diário depois que a Branca...enfim!

— O que você descobriu?

Bael perguntou após me dar um selinho rápido.

— Não acha que tenho coisas mais importantes agora do que isso? Eu quero saber o que vocês fizeram, me contem vocês.

Falei animada e olhei para Branca logo me aproximando dela.

— Por um segundo eu achei que você fosse morrer de verdade.

Sorri e a abracei, ela me retribuiu.

— Eu também achei...

— Como você está?

Perguntei saindo do abraço e olhando ela.

— Estou aqui, viva, estamos todos agora.

Ela sorriu mais abertamente e apertou minha mão, sentir aquele momento acalmou um pouco meu coração. Eu podia ter certeza de uma coisa, de que estava do lado deles, de que estava em casa.

— E é com essas caras que vocês me recebem?? Agora que os encantados estão completos de novo?

Aquele nome era ridículo, por isso que ficou, via que eles me entravam com expectativa e um certo tipo de seriedade.

— Queremos saber o que tem para nós.

Bael disse e chegou mais perto pegando na minha mão e me puxando para o lado dele.

— Temos tempo, eu quero saber de vocês primeiro.

— Eu conto!

Ruby exclamou e puxou uma cadeira fechando mais a roda, eu me sentei em uma mesa que estava atrás de mim, Bael se escorou do meu lado passando um braço pela minha cintura. Branca e David estavam escorados no balcão, ela agarrada a ele e com a cabeça deitada em seu ombro.

— A Branca falou com a fada azul e conseguiu um pozinho mágico...

— Que eu abri assim que as chamas vieram.