POV REGINA:
Era uma manhã calma, eu acordei tarde e o único som que ouvia era o dos pássaros, eu nunca havia acordado tranquila o suficiente para reparar nisso. Para sentir o sol e o ar da manhã entrando pela janela, para ouvir os sons, sentir o calor junto a brisa e o cheiro...não sabia caracterizar, mas sentia alguma coisa.
No momento em que fechei os olhos para respirar fundo e absorver tudo aquilo antes de sair da janela, subitamente pensei em Emma, um sentimento natural que não veio de propósito e tampouco foi duradouro o suficiente para que eu o negasse. Minha memória afetiva apenas lembrou-me que aquele calor que eu senti com o sol se assemelhava ao que eu sentia quando Swan sorria para mim.
Era uma sensação boa, algo que não lembro de ter sentido mesmo quando estava nos braços de Daniel. Com ele havia sempre um medo, eu queria o manter comigo, o medo de perde-lo sempre me assombrou, creio que meu espírito de alguma forma já sabia que aquilo iria acontecer. Com ela não havia isso, com Emma havia apenas uma sensação de encontro, me sinto feliz por algo que não é maligno e se quer é alguma coisa, é apenas ela.
Eu admito que Swan acelera meu coração de diferentes maneiras, mas eu nunca o sinto bater tão calmo e puro do que quando isso acontece. Duravam poucos instantes, mas o suficiente para que eu sentisse. E quando Emma me acolheu naquele dia esse sentimento se concretizou de uma maneira que eu não pude mais negar ou fugir.
Eu a deixei ir, a deixei ir para não correr o risco de me apaixonar, porque não tenho lugar para isso no meu coração, porque não mereço, porque não conseguiria lidar com a quentura e doçura de Emma Swan de uma maneira leve e moderada. Se eu caísse a queda seria muito violenta, e Emma não poderia me segurar porque ela quem me empurraria.
Por fim abri os olhos assim que soltei todo o ar e me afastei dali, estava pensando em finalmente aparecer e ver como andavam as coisas no reino. Me arrumei dessa vez com uma bota preta e uma calça vermelha assim como o vestido armado e com a saia aberta na frente.
Era exagerado em pedras e no decote, assim como as joias no meu pescoço e em minhas orelhas, tinha uma grande gola de penas pretas bem como as mangas que circulavam meus pulsos e uma parte das mãos. Meus olhos estavam iluminados, mas o batom vermelho era forte, porém não tão vívido. Queria mostrar que a Rainha estava melhor e mais viva do que nunca, apesar de eu estar sentindo um imenso vazio em meu peito.
Em seguida fui chamar os guardas e mandar preparar a carruagem, porém para a minha total surpresa assim que abro as portas o que vejo nos portões do castelo é Swan descendo de seu cavalo da maneira mais desastrada possível, apressada e exigindo que a deixassem entrar antes mesmo de terem negado sua entrada.
Não sabia o que estava acontecendo ou por que ela estava ali, tinha motivos para me preocupar e pensar que algo havia acontecido, que Branca estava viva na mais louca ideia, mas a única coisa que fiz foi não conseguir conter um riso fraco ao ver o jeito de Emma. Em seguida os portões se abriram e eu a encarava com uma falsa decepção.
— Swan... O que a senho...
Não pude terminar de falar, Emma vinha eufórica, avançou até mim puxando minha cintura e me beijou com fervor e pressa. Eu me surpreendi, mas retribui imediatamente fechando os olhos e segurando seu rosto entre minhas mãos.
Swan apertou minha cintura me empurrando porta a dentro, me encostou na primeira parede com uma certa força, ela estava extremamente tensa e necessitada. O ar nos faltou, eu desci minhas mãos para os seus ombros e Emma abriu uma pausa no beijo.
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Killing the Queen
Diversos• 1ª TEMPORADA Um vilarejo inteiro foi queimado até as cinzas, e a partir desta atrocidade o bando da Branca de Neve decide que devem parar a sua Majestade imediatamente. Para isso, Emma Swan será infiltrada no castelo, assim podendo a destruir def...