Capítulo 08

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Elisa pintava uma paisagem que lhe veio em mente, ela adorava pintar árvores verdes, pássaros voando e uma calmaria. Aquilo era como uma terapia e poderia estar ainda mais perfeito se não tivesse sendo incomodada pelo barulho vindo do quarto do irmão, talvez na intenção de abafar os gemidos e cama rangendo com a música muito alta, pensar em Gean transando com Yuri  era bizarro e ela queria vomitar.

Suspirando longamente ela escutou batidas na porta, colocou o pincel sobre a banquinha e pensou se deveria simplesmente ignorar ou abrir a porta, a batida insistiu em seguida a voz familiar.

— Elisa, pode abrir a porta ? — ela sorriu, era Dalila sua amiga de longas datas. Costumavam estudar juntas e tudo mais!

— Um minuto. — ela tirou o avental sujo de tinta, limpou as mãos e caminhou em direção a porta. Ao abri-la se deparou com um par de olhos âmbar, cabelos loiros que refletia no sol um tom dourado e brilhoso, ela era um pouco mais alta e magra que Elisa, facilmente poderia ser uma modelo. Porém a paixão da loira estava em outra área. O sorrisso nos lábios carnudos fora enorme e  Elisa lhe sorriu de volta. — Graças a Deus é você! Diz que veio me salvar? Gean está com Yuri no quarto a algum tempo e acho que não estou afim de passar a noite ouvindo... Alguma coisa. — a loira riu.

— Vamos sair, precisamos distrair um pouco. Sabe, adorei essa nova cor... Cores de cabelo. — Elisa assentiu. — Esse novo namorado do seu irmão é... Não sei como explicar.

— Melhor nem tenta. Eles estão juntos a poucos meses e esse tipo parece que mora aqui. — revirou os olhos.— Entra, apenas vou trocar de roupa.— Dalila entrou no quarto da amiga e observou as pinturas.

— Eu amo suas pinturas, queria ter esse talento...— não tinha nenhuma inveja ali, nunca teria, apenas admiração e felicidade pela amiga de longa data.— Você precisa mesmo sair um pouco. Tem uma boate aqui perto.

— Que não tenha nenhum babaca.

— Sempre tem amiga, a diferença é que essa boate é das boas. Só gente fina, raramente tem algum idiota. — Elisa vestiu um vestido colado e salto alto e retocou a maquiagem que já usava. — Você está linda. — a loira arrumou seu vestido curto diante do espelho ao lado de Elisa.

— Não sei onde você consegue encontrar esses lugares.— Remsungou, Dalila riu.

— Contatos. Alguns clientes sempre indicam algum lugar legal.

— Vamos então.

Elisa nunca foi de beber, raramente aquilo ocorria mas por algum razão ela tinha necessidade ou ansiedade para tal coisa. Por um momento esqueceu que no dia seguinte iria trabalhar. E terminava seu segundo drink azul que não saberia ao certo o que tinham mas era muito forte. A música era boa, elas estavam na área vip, as pessoas dançavam uma multidão de sexo e bebida. Dalila parecia mais animada, talvez já estivesse bêbada e Elisa riu a olhando.

— Eu adoro essa música. Quero dançar e esquecer meus problemas.— Dalila gritou para que Elisa escutasse, a loira moveu a cabeça no ritmo da música. — Jacky era um bosta.

— Um brinde ao bosta. — elas brindaram e riram tomando um longo gole de bebida.

— Com licença.— disse uma garçonete, servindo mais bebidas, elas olharam confusas.

— Desculpa, mas não pedimos nada. Por hora. — Dalila disse. A garçonete sorriu.

— É por conta da casa... Pela de cabelo exótico. — elas seguiram o olhar da garçonete para o homem que estava ao longe as observando, ele deu um meio sorriso sensual que fez Elisa ruborizar.

— Obrigadaaaa.— cantarolou Dalila erguendo o copo numa saudação para ele. O mesmo retribuiu o gesto com um copo de Whisky na mão, ele bebericou olhando profundamente para Elisa, ela sentia-se despida por ele, lentamente.

A Empregada livro I - Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora