Capitulo 06

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Dois dias depois, Abraam e Ilya entraram na mansão enquanto caminhavam pelos corredores cheirosos e limpos, eles mal pareciam que viviam no lugar já que praticamente nenhum deles passava muito tempo por ali. Sem falar de Boris e Ruslan, às vezes eles nem pareciam existir na família.
Os dois Günther's foram para a sala de jantar, onde na verdade seria servido o almoço. A longa mesa ornamentado com todos talheres de prata e ouro, taças de cristal, ele viu uma ruiva bonita por sinal arrumando uma última taça. Olhando a jovem ela parecia nervosa, para Abraam seria apenas mais uma empregada então ele apenas ignorou.

— Boa tarde, senhores Günther's. — a voz dela foi o que fez Abraam parar estático no centro do enorme cômodo.

Parecia que uma voz celestial cantava em seus ouvidos. Ele ignorou o gaguejar da moça, a entendia pois aquilo era comum para eles, as mulheres sempre ficavam nervosas e ansiosas quando estavam na presença deles!

Bianc levantou o olhar quando saudou os dois que ela mal sabia o nome, pouco tempo trabalhando ali e era a primeira vez que eles iriam almoçar juntos com o senhor Anton, ela sentia a boca seca, os dedos das mãos tremiam e suavam. Era tanta beleza, tanta sensualidade que fez ela sentir algo molhado na calcinha. E nem se quer estavam todos juntos... Ainda!

Ela suspirou quando encarou um deles, ele tinha o cabelo mais cumprido que a fazia lembrar Anton, seu cavanhaque o deixava mais másculo e sexy, seus olhos... a família era conhecida por terem os mesmos olhos, azuis esverdeado tão sedutores e hipnótico que ela sentiu a face queimar. Ele tinha um olhar profundo, a observava de baixo para cima e aquela cena parecia ter congelado.

  Foi o som da bengala de Tarquin entrando na sala que quebrou todo encanto, ela desviou rapidamente o olhar passando as mãos no vestido, claramente nervosa e incomodada com a presença do homem!

— Senhores, que honra tê-los para o almoço. O senhor Anton já irá descer!

— Espero que assim o faça, obrigado Tarquin. — disse o de cabelo cumprido, o outro tinha o cabelo curto, bagunçado sua camisa social estava com os primeiros botões abertos. Bianc viu quando ambos sentaram na cadeira mais próxima.

Tarquin a olhou com um mínimo sorriso malicioso, ela sentiu a garganta seca, talvez um dia falaria sobre os assedios, porém, lamentávelmente os Günther's pareciam ter uma confiança grande no homem, ou, sabiam e não fazia importância para eles. Esse pensamento fez ela se irritar, odiava esses tipos de homens ricos que ignoravam o que acontecia com os empregados. Ela já tinha muitos traumas no passado, para acrescentar mais um.

— O que ainda faz aí parada? Yukii te espera para servir o almoço.— a voz de Tarquin numa calma disfarçada fez ela voltar a realidade.

Bianc abriu a boca para falar, mas Anton já estava sentado na cadeira no centro como um rei, os três conversavam sobre trabalho e não ouviam a conversa dela e Tarquin. A ruiva rapidamente saiu de lá.

Elisa havia esquecido de limpar uma pequena estátua russa de cristal que havia perto da enorme mesa, ela parou na porta quando viu Anton e os dois sobrinhos mais velhos almoçando, um silêncio que as vezes era quebrado por monossílabos. Ela mordeu o lábio, o ambiente era enorme para no mínimo quinze pessoas sentar sobre a mesa, porém, com apenas três deles o ambiente queimava acima de 50 graus, um vulcão de testosterona em erupção. Quanto calor ela sentiu fazendo as costas suarem, apertou uma perna na outra - eles eram os Deuses caminhando sobre Londres, eram tão sensuais e másculos que doía nos olhos.

Viu Bianc caminhar com a bandeja de suco em direção a Ilya, serviu para ele o líquido alaranjado e ele assentiu em agradecimento. Em seguida ela foi em direção a Anton que dispensou, então caminhou até Abraam. De longe podia-se ver suas mãos tremerem, ela se inclinou para ele colocando suco em sua taça.

Ele a observava atento, as mãos dela delicadas que o servia.

— Nervosa?— uma simples pergunta que saiu na voz carregada de sensualidade, erotismo, voz grave e rouca. Bianc pareceu assustar e o olhou , Elisa não a culparia pois até ela mesma havia perdido o fôlego com a voz de Abraam.

O rosto de Bianc tomou uma coloração do mesmo tom de seus cabelos ruivos, o líquido alaranjado encheu a taça, derramou na roupa de Abraam, formando uma mancha enorme em seu terno caro, ele olhou para as pernas úmidas de cenho franzido e claramente irritado.

— Senhor... Me perdoe. — ela colocou a jarra do suco sobre a mesa, pegou um guardanapo para limpar a perna do homem, ele segurou o pulso dela.

Aquela cena parecia filme para Elisa assistir, Bianc parou o movimento no ar. Abraam a olhou irônico, olhos brilhando de divertimento e irritação.

— Tem certeza que vai limpar aqui embaixo?— esse comentário foi cruel, Bianc parecia que iria desmaiar. Queria sumir e nunca mais ver aquele homem.

— Bianc, está dispensada!— Tarquin disse, estava parado no canto da sala com a bengala apoiada no chão, ele bateu no piso chamando a atenção dela que afastou rapidamente fazendo Abraam soltar seu pulso.

— Perdão. Com licença. — ela saiu da sala passando sem olhar para Elisa.

— Você sempre causa esse efeito nas mulheres. — Ilya zombou rindo levemente, mas era seu olhar que chamava atenção, por mais belo e sensual que fosse era carregado de melancólia, uma sombra de fantasmas atormentados que deixava- os olhos azuis esverdeados opacos e sem vida.

— E você não ?— irônico rebateu, Abraam sentia os dedos formigarem, a pele dela era macia e quente.

— Pobre garota. — resmungou Anton.

Elisa achou melhor ignorar tudo que havia ocorrido quando viu o olhar de Tarquin sobre si, ela saiu de lá em direção a qualquer cômodo da enorme mansão.

Anton havia sentindo o cheiro de jasmim enquanto almoçava, talvez ele além de estressado estivesse ficando louco. Entretanto ele sabia que ela estava por perto. Só não fazia ideia que a encontraria em seu quarto uma outra vez, arrumando sua cama com lençóis finos de seda.

A forma que ela balançava os braços com o tecido sobre sua enorme cama ele desejou tê-la ali deitada, observando-a por horas. Balançando a cabeça negativamente Günther simplesmente coçou a garganta para indicar que estava em seu quarto.

Ela olhou por cima do ombro, os grandes olhos verdes mirando-o o que fez ele sentir algo queimar no peito.

Ele teria que tirar aquilo da cabeça, não queria que a jovem mulher pensasse que ele fosse um assediador.




O que acharam???
Vamos ter um novo shipp por aqui?
Abraam e Bianc?😍🤭

Aiakaiai
Esses Günther's ❤️

Vote com amor ❤️
Obrigada por lerem. Perdão alguns erros!

A Empregada livro I - Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora