Ela amava a arte e as cores, os tons mais claras aos mais escuros. Adorava a pintura, pintar para ela era tão relaxante quanto ler um livro em um dia chuvoso. Elisa amava seus pincéis, suas tintas, a forma das cores enquanto o pincel delicadamente passava sobre a tela em branco e aos poucos ia obtendo formas. Era por este motivo que ela queria viver de suas obras, a jovem os fazia com todo amor, carinho e dedicação.Era algo relaxante, inspirador e libertador para ela !
Desde criança ela sempre adorou desenhar e pintar, sua avó costumava comprar seus lápis coloridos, tintas e pincéis para ela. Diferente de Gean que sempre adorou arquitetura, mas ele era um doce, era como um menino puro habitando numa terra podre, cheia de maldade.
Ele era ingênuo e as vezes apareciam pessoas oportunistas em sua vida, o levando fácil demais para o abismo que ele se encontrava hoje.
Uma tristeza a invadiu, ela sentiu uma angústia no peito, massageou o local e olhou para a outra pintura que acabava de terminar.
Um corpo humano, de costas sentado sobre um quarto totalmente escuro, marcas de mãos por todo o corpo , a tristeza evidente ali. Elisa engoliu em seco, sentindo a garganta doer.
Quando segurava seu pincel ela não pensava em nada, simplesmente pintava!
Um som de celular tocando a chamou de volta a realidade, ela olhou para a bolsa encima da cama, inclinou para a frente a abriu e pegou o celular. Seus dedos sujos de tintas de diversas cores sujou o visor do aparelho.
Observou o visor e sorriu, antes de atender ela deixou o pincel de lado e levantou esticando as costas.— Oi Kate. — a voz feminina do outro lado estava animada e acolhedora. — Parece que perdi a hora dessa vez.
— Pintando suponho. Bem, fico feliz que esteja fazendo isso pois o professor Mathias quer algo brilhante para esse fim de semestre e finalmente faltará pouco para estarmos livre dele e de toda Universidade.
— Uma notícia boa. Eu fiz algo... Não sei se estará bom o bastante para o professor, ele é sempre tão exigente!— suspirou.
— Vida de artista não é fácil querida. Se quer viver disso um dia, terá que suar.— ela olhou para os dedos sujos, os calos e machucados.
— Eu sei. Você já terminou sua pintura?
— Falta pouco! Estou te ligando para tomarmos um café juntas, hoje é domingo e são as nove da manhã...— Elisa não escutou mais nada.
Pois ela ficou surpresa o bastante por não ter percebido que passou toda noite ali, em seu pequeno quarto pintando. Duas pinturas estavam sobre a cama , outra na cômoda e a quarta sobre ainda o apoio de madeira. Ela riu de felicidade, a jovem precisava se libertar daquela forma. Kate provavelmente não estava entendendo os risos dela, mas não se importou e continuou empolgada falando sobre o encontro para o café da manhã.
— Vou ligar para Armin. Beijo Isa, te encontro em meia hora. — Elisa se despediu e guardou o celular.
Suspirando de satisfação ela sorriu olhando para toda a bagunça e arte que fizera.
Meia hora depois ela estava no café com olheiras enormes, Kate com suas longas madeixas lilás e olhos castanhos a olhava rindo enquanto falava sobre como tinha sido seu primeiro encontro as cegas. Armin era loiro de olhos negros e óculos, estava rindo empolgado demais com a conversa enquanto comia suas panquecas. Elisa tomou outro gole de café descansando os braços sobre a mesa.
— Você precisa de um namorado novo.— Armin brincou a observando, Kate parou de falar e a olhou maliciosa.
— Onde está seu namorado metido a cantor?— ela zombou, Elisa revirou os olhos.
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A Empregada livro I - Completo
RomansaA empresa de carros luxuosos da família Günther é todo o sucesso e riqueza em Londres onde eles residem por anos, sendo Alemães pelo pai, sangue Russo pela mãe faz jus a beleza das duas raças. Anton Günther é o mais velho, seu tempo é ocupado na emp...