Não era nem as seis da tarde e Elisa queria ir embora, infelizmente ela teria que atrasar um pouco já que a mansão estava uma loucura pois chegaria uma convidada de honra ou duas. Ela não escutou bem o que Tarquín falou já que não dava atenção ao assediador. Quando a campainha tocou ela correu para abrir, estava suada e seu cabelo grudava na face.
A porta fora aberta exalando um perfume caro por sinal, e muito feminino e sensual, a elegância da mulher a sua frente fez Elisa se sentir até pequena.
Ela era alta, muito bem esguia, o cabelo negro longo sobre o corpo esbelto e os olhos inconfundíveis. O vestido era longo e colado no corpo de violão da jovem, junto de um salto também preto e sua maquiagem simples realçando os lábios carnudos pelo botox. Ela olhou para o cabelo de Elisa demorando nos fios coloridos da jovem e então abriu um sorriso tão elegante e genuíno que Moore Becker perdeu o fôlego.
— Boa tarde.— fez uma pequena pausa.— Gostei do seu cabelo. — ela corou levemente pelo elogio da jovem. Em seguida escutou passos delicados pelo salto aproximando da escadaria da frente e parando ao lado da bela jovem. A outra mulher era bela e dava para notar sua descendência Russa. Seu olhos eram verdes água e seus cabelos castanhos quase loiro e lisos, usando um vestido azul simples e elegante segurando uma bolsa carteira prateada em mãos. Ela sorriu minimamente para Elisa que seguia parada as olhando.
— Boa tarde, desculpa. Podem entrar.- Elisa passou para o lado.
— É claro que podemos.- disse a outra Russa com um óbvio na fala então sorriu e entrou olhando para os lados.— Como sempre eles não chegaram, não é?
— Oh, não sei, desculpa. Estava atarefada que não me dei conta.- a jovem a frente deu uma risadinha para Elisa.
— Primeira vez que escuto uma mulher falar que não notou meus primos e tio.- ela suspirou olhando de lado Elisa que corou levemente.
— Não é isso.- a outra também riu levemente de forma elegante.
— Desculpa, muito deselegante de minha parte não me apresentar.- ela estendeu a mão.— Sou Yelena Fedorosa Günther. Cunhada de Anton, mãe dos dois deuses da casa que tem por nome Abraam e Boris.- Elisa quase concordou que eram deuses mesmo, mas ela estava ocupada demais limpando a mão em um pano de franela para segurar a mão de Yelena muito bem pintada a unha gel com anéis de rubi no dedo.
— Essa é minha sobrinha e única claro, Cristine.
— A bendita sois nesse Harém de homens, pois sou a única nesse meio de testosterona.— Cristine apertou a mão de Elisa dando um beijo estalado na bochecha dela, não se importando com a cara suada da jovem, a simplicidade era de família apesar de todo dinheiro. Yelena sorriu para a cena e tocou o ombro de Elisa. A olhada que a mulher Russa deu para Moore Becker fez quase ela suspirar fantasiada. Era a mulher da olhada mais linda e elegante que Elisa poderia conhecer.
— Como eles estão sendo deselegantes ocupados demais com o trabalho, gostaria de ir para o quarto. Cristine?
— Eu também estou cansada.
— Claro, acompanho vocês. Jorge irá leva as malas para seus quartos.- Elisa foi na frente subindo os degraus e sentindo as duas atrás dela em silêncio no corredor em direção ao quarto de visitas, ela olhou para trás e viu quando Yelena cheirou as orquídeas, e Cristine olhava o quadro pintado por ela. A jovem tomou um fôlego profundo.
— Bom saber que algo mudou na mansão.- Cristine resmungou.— ao menos aqui não é, pois mudar esses homens é meio difícil. — fez uma careta por fim.
— Aqui está o quarto de vocês.— disse não sabendo o que falar.— este é o seu senhorita Cristine.— indicou com a mão, ambas agradeceram.
— Ei, cabelo bonito.- ela chamou e Elisa parou olhando para trás.- qual seu nome.
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A Empregada livro I - Completo
Roman d'amourA empresa de carros luxuosos da família Günther é todo o sucesso e riqueza em Londres onde eles residem por anos, sendo Alemães pelo pai, sangue Russo pela mãe faz jus a beleza das duas raças. Anton Günther é o mais velho, seu tempo é ocupado na emp...