[Concluido]
🥇Vencedora do concurso mistérios do Egito na categoria romance.
O que fazer quando sua vida muda totalmente de rumo?
Quando Alicia Houstorm precisa mudar de cidade após a separação dos pais sua vida muda por completo.
Cidade nova, cas...
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Eu nem preciso olhar para trás para saber de quem é essa voz, apesar de nunca ter ouvido ela antes, eu sinto, no ribombar do meu coração, no arrepio que percorre meu corpo, que essa voz só pode pertencer a uma pessoa.
— Faço o trabalho com você, eu não tenho dupla e não fiz o trabalho ainda. A essa altura, devo ser o único que ainda não fez.
Eu me viro, e claro que eu tinha razão, o garoto bonito do fundo da sala está ali, na minha frente, esperando a minha resposta. Ele é ainda mais bonito de perto, de alguma forma. Ele é magro, e bem mais alto que eu, apesar de eu não ser baixinha, eu tenho 1,65 e a julgar pela altura dele, deve ter certa de 20 centímetros a mais que eu.
Percebo que estou encarando ele há mais tempo do que deveria, e sinto meu rosto ruborizar. Solto um som constrangido e finalmente respondo.
— Claro, ótimo, obrigada.
Sei que estou vermelha igual um pimentão na hora que me viro novamente, e apresso o passo para sair da sala do professor Daniels. Alguns segundos depois sinto um braço no meu ombro, novamente, eu sei que é ele, mesmo antes de olhar em seus olhos.
— Você não me passou seu número.
Me sinto atordoada por um momento.
— Meu número?
— É, para a gente fazer o trabalho. Precisamos marcar o dia e horário e eu preciso te passar o endereço da minha casa. — ele tira o celular do bolso e me entrega. — Anota seu número aí.
Eu pego seu celular e com os dedos ligeiramente trêmulos digito meu número. Confiro se está certo e entrego de volta para ele.
— Você não colocou seu nome.
— É Alicia.
— Por favor né, eu sei que seu nome é Alicia, eu tô falando que geralmente as pessoas colocam os próprios nomes quando passam o contato. Agora, vamos, eu te levo até a próxima aula.
Ele encaixa minha mão na dele e abre um sorriso para mim. Eu quase tropeço algumas vezes, é meio difícil olhar para a frente, meu coração parece uma bateria de escola de samba dentro do meu peito. Fico repetindo para mim que isso não é nada de mais, que ele deve tratar todas assim, e isso me ajuda a manter os pés no chão e a cabeça no lugar.
— Chegamos. — ele diz quando para em frente a uma porta aberta. — É melhor você entrar.
— Você não vai entrar?
— Não, eu não costumo frequentar essa aula. — ele diz, me dá um beijo na testa e se vira de costas para mim. — Depois eu te mando um oi Alicia.
Não consigo tirar os olhos dele, eu me sinto nas nuvens e, ao mesmo tempo, quero bater na minha própria cara para que eu não caia do pedestal, qual é, eu sou do interior, mas existem homens galinhas lá também, e por mais que eu não seja tão versada no assunto, eu tive minha cota de homens galinhas na minha cidade.