No dia seguinte acordo cedo para não me atrasar, pois optei por ir de ônibus para economizar. Sem redes sociais para zapear antes de levantar como de costume, vou direto para o banheiro e tomo um banho quente, depois como alguma coisa e me arrumo para sair. Um jeans, uma camisa, um casaco e um tênis. No rosto, uma maquiagem leve e pronto. Saio e pego o ônibus sentido Gangnam.
Chego na delegacia e procuro pelo detetive Ma, que vem me receber pouco depois, de algum lugar da parte interna da delegacia. Ele se apresenta e me conduz até a sala onde darei meu depoimento. Ao abrir a porta, eu o vejo ali.
O Namjoon está sentado numa cadeira de frente para o que possivelmente é o lugar do detetive. Ao lado dele está uma cadeira vazia, que eu já entendi se tratar do meu lugar.
- Eu não te avisei, mas convoquei ele para vir no mesmo horário para confirmar algumas informações. Espero que não tenha nenhum problema.
Respiro fundo e vou para o meu assento, tentado parecer superior. Você se arrepende de ter me conhecido, é? Então agora se arrependa por ter me perdido também!
- Problema nenhum, senhor.
Me sento sem olhar pra ele, mas sinto os olhos dele em mim como lasers. Calmamente entrego o envelope com os exames e o laudo médico ao detetive, que agradece.
- Muito bem. Primeiramente eu queria adiantar para vocês que recebemos algumas informações da sua empresa, Namjoon, e das meninas que capturamos. Infelizmente nenhuma delas é a cabeça do ataque, parecem ser só umas meninas bobas usadas como figurantes. As peças chave do atentado conseguiram fugir no meio do tumulto então eu peço a colaboração de vocês para me contarem tudo o que sabem para nos ajudar a chegar mais perto do nosso objetivo, que é captura-las.
Namjoon e eu nos olhamos pela primeira vez desde que cheguei. O Namjoon tenta alcançar minha mão para segura-la, mas eu as pouso em cima da mesa para impedi-lo, então ele volta atrás.
- Namjoon, você pode me contar desde quando começou a desconfiar que havia algo errado e o que te levou a querer investigar?
- No dia da nossa apresentação, quando fomos entrar no carro para irmos jantar. Eu percebi que tinha alguém observando mas não vi nada, então ignorei naquele momento. Depois, no outro dia, o rapaz que recebeu a Ana no portão veio me falar que pensou ter visto alguém lá. Foi aí que eu pensei que poderia ser alguma coisa séria então comecei a investigar.
- Certo... você está acostumado a esse tipo de coisa?
- Hummm... praticamente desde que estreamos que temos alguns incidentes com fãs. Hoje em dia nem tanto, porque a nossa equipe de segurança é infinitamente mais bem preparada, mas já passamos por algumas situações bem desconfortáveis. Eu passei por algumas coisas bem pesadas.
- Ana, você também percebeu algo estranho, correto?
- Sim, enquanto eu estava a caminho do local combinado e enquanto esperava para entrar na emissora eu senti alguém me observando, mas achei que fosse coisa da minha cabeça.
O Detetive se vira para o Namjoon.
- Há quanto tempo vocês dois se conhecem?
- Cerca de um mês, um mês e meio... - respondo
- Eu a ajudei quando ela passou mal e nos aproximamos.
- Desculpe a pergunta, mas vocês tem algum tipo de relacionamento amoroso?
O Namjoon hesita em responder, então eu tomo as rédeas da situação e nego veementemente. Não que isso vá magoa-lo de alguma forma, mas não custa nada tentar.
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Amor de Todas as Vidas
FanfictionKim Namjoon se apaixona por uma balconista brasileira quando a vê no café. O que ele não sabe é que não vai ser nada fácil ser feliz com ela. Uma história de amor cheia de mistério, suspense, sofrimento e algumas risadas.