Arco I: Segunda Chance Capítulo III:

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A noite permanecia calma e com uma brisa quente e agradável conforme Mawaha e Zoro voltavam para Merry, com algumas provocações, tapas na cabeça e risadas dos dois. Pela primeira vez a grisalha pode sentir o calor da felicidade percorrer por suas veias. Podia ser só Zoro e Luffy, ou só o espadachim as vezes, mas aqueles pequenos momentos ficavam gravados em sua mente como uma relíquia preciosa.

Mawaha parou no meio do caminho, observando Merry e a luz que batia entre seus cascos pela lua, o fazendo sorrir diferente do normal.

- Que sorriso é esse? – Zoro falou se virando para a morena que continuava com aquela expressão em seu rosto. Serena e um pouco calmante. O espadachim se aproximou, abaixando o rosto. – Até que ela é bonitinha. Combina com você.

- O que? – Mawaha foi pega de surpresa, não estava prestando a atenção no de cabelos verdes pois seus pensamentos estavam longe, bem distantes da orla, que acabou se assustando com a aproximação de Zoro a fazendo recuar com a cabeça. – Porra, Zoro! Não faz isso.

- E agora a culpa é minha por você estar no mundo da lua? – Falou indignado, dando um tapa entre os cabelos grisalhos. – Se não quer se assustar, fique com os pés no chão, sua velha.

- Velha!? – Mawaha puxou as bochechas do espadachim como se fossem feitas de borracha igual as de Luffy. – E você que tem esse cabelo de alface!? Se eu jogar agua, será que vai crescer alguma coisa ai!?

- Como é que é!? – Zoro afundou sua mão na cabeça, puxando seus dedos que se enrolavam nos cabelos, puxando os fios grisalhos.

- Você está puxando o meu cabelo, espadachim disléxico! – Mawaha continuou a puxar as bochechas em meio a reclamações de dor. – Você vai acabar arrancando-os assim!

- Não é culpa minha, meus dedos ficaram presos nos seus cachos! Puta que pariu, isso daqui parece uma armadilha encaracolada! – Zoro reclamava parando de puxar os dedos e de se mover, não ligando muito para os puxões nas bochechas. O espadachim segurou Mawaha com a outra mão. – Espera, vou ver se eu consigo desembaraçar o seu cabelo, então vê se para de ficar se mexendo de um lado para o outro ou só vai piorar.

Mawaha obedeceu ao pedido do espadachim, ficando parado e sentindo a mão em seu braço ser levada ate os fios. Zoro começou a puxar alguns mais finos e soltar seus dedos aos poucos, mas ainda sim alguns puxões acabavam acontecendo acidentalmente.

Como estava com a cabeça baixa, Mawaha pode notar o corpo musculoso e um pouco definido do homem a sua frente. Já tinha o visto antes algumas vezes, mas não parou para ver realmente como ele era. Roronoa era um pouco bronzeado pelo mar, principalmente nos braços e gola da camisa, dando um pequeno destoar do seu peito, mas não algo que fosse ser fácil de ser reparado. Seus braços eram grossos e fortes provavelmente pelos treinos que fazia já que era o espadachim da tripulação, além de contar com uma grande cicatriz que cruzava de um lado até o outro lado.

- Qual a história dessa cicatriz, Zoro? – Mawaha tocou a cicatriz com a ponta dos dedos gelados, causando arrepios.

- Seus dedos estão gelados. Para de tocar meu peito, sua mulherzinha tarada. – Zoro recuou com o toque repentino, puxando os fios e ouvindo Mawaha o xingar. – Foi mal.

- Idiota.... – Mawaha continuou a trilhar seus dedos pelo caminho da cicatriz, pressionando com pouca força a pele avantajada até o outro lado. – Parece que foi bem fundo o corte. - Continuou erguendo seus olhos para o de cabelos verdes que continuava concentrado. – E pelo lugar onde ele foi, você poderia ter morrido.

- E como você sabe disso? – Zoro soltou os outros dedos que faltavam e ajeitou os fios bagunçados na cabeça, não tendo muito resultado e rindo com os fios arrepiados. – Seu cabelo é rebelde demais.

The Pirate King's Dark ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora