O fogo subia em meio as casas, tornando o cenário, que um dia era alegre, em um repleto de fuligem, pessoas desesperadas, correndo, tropeçando, crianças chorando, sangue sendo jorrado como uma fonte recém-aberta, inundando o solo, infestando com a impureza.
- Piratas! - Gritou um homem correndo em meio as casas queimadas, tendo suas costas cortadas e perfuradas, caindo ao chão conforme o vinho vermelho escorria.
- Rapazes! Matem-nos! - Gritou o homem que parecia ser líder do bando de piratas, sendo concordado com os urros de emoção.
- Rápido! Fujam para a floresta! Corram, pessoal! - Gritava uma mulher de idade com cabelos amarrados em uma espécie de coque de três pontos, com uma cor que beirava ao rosa desbotado.
O massacre continuava em meio a fuga desesperada, o solo queimava, o céu enegrecia. Soldados nativos lutavam contra piratas, sendo derrotados facilmente. Eram maiores, mais fortes, mais agressivos, encurralando mulheres e crianças.
- Espere! - Dizia um homem de longos cabelos, se colocando a frente de uma bela jovem de cabelos lisos e azulados, desarmando e enfiando a ponta da espada contra o coração do pirata.
O homem lutava com tudo o que tinha. Mesmo perdendo sua espada, sua vontade de proteger os que amava perdurava, não ligando se só tinha uma faquinha presa a cintura ou não. Seu corpo foi afastado por uma espécie de cacetete, quase o pegando em um segundo golpe se não fosse pelo pedaço pegando fogo de madeira que caiu.
O fogo consumia grande parte da vida, junto ao céu que trovejava como se estivesse gritando em pura agonia e desespero.
Mais longe de onde o caos acontecia, a mulher de cabelos azuis carregava o homem que a protegeu até um tempo. O sangue pingava por suas feridas, criando uma trilha de sangue e desespero, sendo seguidos pelos temidos piratas.
O trovão cortava o céu anunciando o início de mais uma luta entre o líder dos piratas e o homem ferido que se protegia com o que tinha em mãos. Seu peito foi cortado pela lamina afiada da espada, o fazendo cair em meio ao chão. A possa de sangue se formava abaixo do corte enquanto o jovem guerreiro tentava se levantar e sua parceira se punha a sua frente na esperança de o proteger, levando um tapa tão forte que a fez cair em meio ao chão.
- Saga! - Gritou a garota conforme tinha a espada apontada para sua garganta enquanto o sangue escorria pelas frestas de um relicário fechado, escorrendo por cima de uma espada antiga que brilhava em um verde fluorescente e vibrante. O relicário se abriu como magica, fazendo o homem tocar a lamina quase como se a ouvisse chamar seu nome.
Saga se ergueu com a espada em mãos, como se estivesse possuído por uma força maior, cortando todos que julgava inimigos, dividindo os corpos em dois como se fossem pedaços de papel. O cansaço e o suor pingavam de seu rosto conforme erguia mais uma vez a espada, a passando no meio do líder dos piratas, o dividindo em dois, manchando o chão do templo com sangue e vísceras. O corte em seu peito se curou em uma fração de segundos junto ao brilho florescente que emanava da espada e a risada que anunciava o nascimento de algo diferente.
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Os chapéus de palha aportaram em uma nova ilha, uma tropical dessa vez, onde o sol brilhava forte no céu, com o cheiro de verão e férias. Precisavam descansar um pouco depois da Corrida Mortal que tiveram, estavam cansados, esgotados de enfrentarem inimigos um atrás do outro e como em um apelo ouvido pelo Logue Pose, uma ilha paradisíaca e tropical foi a próxima parada.
A grande maioria dos chapéus de palha se encontravam fora do navio, admirando a paisagem, a correria das crianças e todo ambiente reconfortante.
- Anda logo, Mawaha! - Nami falava puxando o grisalho pela bochecha que permanecia parado de braços cruzados, dentro da cabine.
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The Pirate King's Dark Shadow
FantasyA Sombra Negra do Rei dos Piratas conta a história de um jovem de cabelos grisalhos e cacheados, misterioso, desmemoriado, viciado em jogos de azar e coisas que despertam sua imensa curiosidade, e com certos problemas de atenção, que anseia pelo doc...