Arco IV: Aventura Mortal Capítulo XXI:

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- Robin, você tinha dito que o leito principal estava na nossa frente? - Nami virou seu rosto para frente, encarando a montanha. - Quer dizer aquilo!?

- Os outros navios devem estar aguardando nos outros leitos. - Robin se debruçou no corrimão, apontando para o ponto mais alto da montanha. - A largada fica no topo da montanha.

- Espera um pouco. - Nami se voltou para a arqueóloga. - Você está dizendo que nós vamos subir a montanha!?

- Isso mesmo. - Robin concordou com a cabeça. - Igual o que vocês fizeram na Reverse Mountain, não?

- Sim, mas, naquela época, havia uma enorme correnteza [...]

- E aqui também. - Robin respondeu com um sorriso. - Uma vez a cada poucos anos, uma forte corrente reversa acompanhada de muito vento chega à ilha. É isso que vamos usar. - Seu canto de olho capturava uma movimentação feita pelo cozinheiro que se aproximava com as mãos juntas.

- Eu entendi a teoria, mas... - Nami era descrente ainda com o Eternal Pose em mãos.

- Então a largada é misteriosa! - Luffy dizia sorrindo e com o corpo relaxado.

- Nada disso. - Ussop deu um pequeno tapa na barriga do capitão. Soltou um bufar conforme olhava a navegadora. - Ei, você tem certeza disso? Da última vez, nosso navio quase se arrebentou, lembra?

- Está tudo bem! Nós vamos dar um jeito. - Luffy falava com um largo sorriso no rosto.

Um movimento vindo do outro navio grudado ao dos Chapéus de palha chamou a atenção da tripulação. Crocodile tinha passado para o Going Merry, com seu olhar de superioridade e semblante assustador.

- O que você está fazendo no nosso navio, crocodilo de merda? Você tem a sua banheira. - Sanji dizia em um rosnado, junto a Zoro que se preparava para qualquer ação que o homem pudesse tomar.

- Essa corrida aceita apenas um navio por tripulação. O que acham que vai acontecer caso vocês apareçam com um segundo navio? - Permanecia com o olhar de superioridade conforme seu navio desaparecia com a mesma tecnologia usada em Alabasta, mas não passando para o Going Merry devido a uma rachadura no aparelho que juntava os dois navios. - Querem arriscar serem desclassificados? Se estão nessa corrida ridícula, é porque estão desesperados para ter algo. Estou errado?

Os chapéus de palha franziam a testa vendo o homem com o olhar superior.

- Você poderia ficar no seu buraco de crocodilo, não acha? Seria melhor do que ter um homenzinho tão repulsivo como você pisando no nosso navio. - Sanji continuava a falar, provocando o corsário com suas palavras.

- Não é só porque você virou um cãozinho treinado da Mawaha que vamos deixar que você faça o que bem entende por aqui. Você tem a sua casinha de cachorro, então volte para ela e espere seu dono chamar. - Zoro seguiu o cozinheiro, desembainhando sua espada.

- O que disse!? - Crocodile olhava com mais ferocidade para os piratas, com uma voz rouca e arrastada.

- É exatamente o que esse marimo de merda disse. Não precisamos de um cãozinho treinado aqui. Se precisarmos que dê a patinha, pediremos. Mas enquanto isso não acontecer, volte para casinha com o rabinho entre as pernas. - Sanji continuava com os insultos.

- Sanji! Zoro! - Nami falava erguendo uma das mãos, engolindo a seco, sentindo a tensão no ar. - Ei, Luffy! Faça alguma coisa.

- Não acham que estão contando com a sorte? Posso ter um acordo mútuo com o companheiro de vocês, mas isso não quer dizer que eu não tenho liberdade para fazer o que eu bem entender. - Crocodile continuava com o olhar para os chapéus de palha, apoiando sua mão direita sobre o corrimão do navio. Tinha seu olhar para Luffy. - Acredito que você se lembra do que essa mão é capaz de fazer, não é? Quer arriscar?

The Pirate King's Dark ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora