Arco VI: Skypiea. Capítulo XXXI:

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O vento cortava a crescente tenção que crescia com fogo nos olhos de ambos, fazendo os cabelos balançarem cada vez mais fortes e com mais velocidade, era quase como se a própria noite estivesse ansiosa para ver aquela batalha. Os segundos corriam como os ponteiros apressados de um relógio velho.

Bellamy ria com o olhar furioso que recebia do garoto de colete vermelho. Tirou sua capa azul com detalhes dourados nos ombros, a fazendo voar pelo vento forte entre os dois. O homem desprezível se abaixou no chão, transformando suas pernas em molas mais uma vez e pegando todo o impulso que podia, saltando para cima e indo até o topo da torre.

Era isso, ambos estavam cara a cara. Bellamy e Luffy encarando um ao outro.

- Não vou devolver! Eu roubei dele porque sou um pirata. E, por também ser um, você não deveria discordar. – Proclamou a Hiena com um sorriso no rosto.

- Mas eu discordo. Eles são meus amigos, e por isso, eu vou pegar de volta. – Luffy estava sério. Olhos presos nos dá hiena e com um semblante que demostrava todo o sentimento daquele momento.

A multidão do bar se reunia mais abaixo, com as bocas abertas e os corações batendo na garganta, havidos pelo cheiro de luta que começava a emanar no ar. Tão forte quanto o cheiro de sangue e tão ácido como o suco de um limão verde.

Bellamy ria pela postura a sua frente. Era corajosa e que julgava petulante.

- Deixe-me perguntar. Você sabe lutar? Sabe como dar um soco? – A pergunta era cética e sarcástica, que era jogada feito uma agulha afiada igual as risadas esganiçadas. – O que um covarde feito você pode fazer contra mim? – O vento soprou mais forte.

- Não há dúvidas. – O bêbado que anunciou o fim da hiena continuava com o papel em mãos, olhando a imagem e o garoto a sua frente, no topo do telhado.

- Ei, por que ainda está com isso? Rasgue de uma vez! – Sarquiss tinha os dentes rangidos vendo o cartaz em mãos. Para ele, era quase como se seus instintos estivessem lhe dizendo que a recompensa estava certa, e que Luffy valia todos os zeros atrás do número um.

- Mas e se o cartaz for verdadeiro? E se ele valer cem milhões de berris? O Bellamy seria... – Continuava o homem ansioso.

- Tolice! – Sarquiss desviou o olhar, o subindo para os dois que se encaravam. – Olha só para aquele garoto. Não importa como você o veja, não consegue enxergar um assassino cruel nele. – Esboçou um sorriso. – Eu estou até duvidando do cartaz de trinta milhões de berris

- Se for ficar parado e com medo de morrer como fez essa tarde, não vai conseguir tomar nada de mim. – Bellamy continuava com as provocações com a esperança de arrancar alguma emoção a mais do que o garoto expressava. – Covarde!

- À tarde foi diferente. – A expressão dura permanecia nos olhos do Chapéu de Palha.

- É mesmo? E qual a diferença? – As risadas continuavam cada vez mais intensas e mais sarcásticas. – Então, dessa vez, vou garantir que você nunca mais venha com atrevimentos.

Suas pernas se transformaram novamente em molas, gerando pressão em toda a estrutura de baixo e fazendo o telhado se romper quando saltou para outro lugar.

- Vou acabar com isso em um instante! – Levando o corpo em direção a outra construção para pegar mais impulso. Jogou novamente seu corpo na direção de Luffy que caía junto ao topo da torre, disparando igual a uma flecha. Luffy desviou, tendo seu apoio quebrado conforme pulava para outra torre, quase escorregando. Já Bellamy, aterrissava ao chão.

- Seu verme! – Tinha um meio sorriso nos lábios, pressionando as pernas e indo na direção do Chapéu de Palha. Seu soco quebrou um pedaço do topo da torre, fazendo Luffy quase cair se não tivesse se segurado a ponta pontiaguda.

The Pirate King's Dark ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora