Arco VI: Skypiea. Capítulo XXIX:

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As risadas continuavam, assim como os copos e vidros jogados na direção dos três. Nada era polpado pela plateia que parecia se acender a cada nova agressão jogada na direção dos quatro, ou a cada novo golpe deixado contra o rosto de Luffy e de Zoro, ou até mesmo batidas com pedaços de madeira ou qualquer outro objeto contra as costas de Mawaha que continuava a proteger a navegadora com os olhos marejados e com o rosto sujo pelas gotas de sangue que caiam pelos cortes abertos em sua cabeça, manchando os fios claros com o tom vermelho.

Os pulmões ardiam pela falta de ar causada pela cena divertida, gritos contentes, palmas e palavras de incentivo vindo da plateia eram direcionadas aqueles que utilizavam da força para impor mais a situação caótica a frente.

- Veja só, ele ainda está de pé! – Dizia um dos piratas sentados em uma cadeira, tinha um sorriso sádico no rosto.

- Limpem o chão com esse verme novato! – Outro assoviava e falava mais alto em meio ao barulho.

- Essa cidade não é lugar para alguém que sonha acordado! – E mais outro ao fundo.

Cadeiras quebradas contra os corpos, junto a garrafas e suas pontas pontiagudas que cortavam as peles, causando ainda mais dor pelo toque do álcool sobre os machucados.

O som da baderna era tão alto que podia ser escutado do lado de fora do bar, atraindo uma pequena multidão. Uma visão nostálgica que lembrava um certo país de areia.

- O que está acontecendo ali? – Perguntou um homem que passava.

- É o bando do Bellamy. Eles estão fazendo um linchamento público. – Falava outro balançando a cabeça para as risadas que saíam pela porta.

- Luffy, Zoro! O que vocês estão fazendo!? Vocês conseguem lutar contra eles! – Nami gritava entre os braços do grisalho que se fechava toda vez que a navegadora tentava se soltar. – Mawaha, você também! Façam alguma coisa!

O sangue escorria pelo rosto, nariz, olhos, boca e qualquer outra parte de seus corpos, sujando a roupa e pingando no chão. Tanto o capitão quanto o espadachim tinham olhares duros, focados em um único ponto conforme mais e mais daquela agressividade atingiam os corpos.

- Lutem! Acabem com eles! Mostrem do que são capazes! Qualquer coisa! – Nami apertou a mão sobre a blusa manchada de sangue, apoiando a cabeça contra o peito, junto a um chapéu de palha que tinha voado e sido pego quando todo o caos começou.

- É inútil senhorita. Eles são espertos. Sabem quando encontram alguém que não podem derrotar. – Sarquiss se encostou no canto do balcão onde não tinha sido quebrado, com as pernas cruzadas, um sorriso no rosto enquanto apreciava a diversão para os olhos. – Não vão lutar contra alguém mais forte do que eles. Vejam como são patéticos.

Mawaha apertou as mãos contra a parede, cortando a madeira e pressionando as unhas contra pele, causando mais feridas.

- Acho que o seu capitão não tem um pingo de dignidade. – Falou um dos homens.

- Acho que a marinha está fazendo caridade. Só assim que um lixo como esse valeria trinta milhões de berris. – Disse outro.

- Por que vocês estão fazendo isso? – Nami franziu a testa com a visão que tinha por cima dos ombros.

- Pacifismo... É, pode ser uma boa opção para vocês. – Bellamy bebeu um pouco da bebida cara que tinha pedido. Um rum com uma qualidade maior e mais refinado que era estragado pelo cheiro de rato que vinha do pirata. – Além de fracos, não tem orgulho algum.

Mawaha apertou ainda mais as unhas contra a carne, pressionando os punhos contra a madeira, rachando e criando pequenas fendas.

- Se recusam a lutar... e ainda tem a cabeça cheia de sonhos. – Limpou o canto da boca que escorria o líquido alcoólico. – São um bando de vermes!

The Pirate King's Dark ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora