Arco II: Alabasta Capítulo IX:

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[Katorea, base de operações do Exército Rebelde]

A noite na cidade de Katorea parecia mais tensa do que de costume, com rebeldes trazendo carroças cheias de armamentos, puxadas por camelos. Era possível sentir a tensão no ar, aquela sensação de que a qualquer momento, algo de ruim iria acontecer.

O homem que guiava a carroça, parou, puxou as rédeas e desceu.

- Onde está o líder? - Perguntou.

- Lá dentro. - Outro respondeu, fazendo o primeiro franzir a testa.

O homem engoliu a seco e andou até a tenda localizada bem ao centro. Abrindo um pouco a cortina e vendo o líder deitado entre alguns sacos. Tinha um olhar longe.

"- Até mais, Vivizinha. - Falava Toto acenando para a vivi, subindo na carroça. - Não nos veremos por um bom tempo. Assim que a cidade tomar forma, venha nos visitar.

- Sim, tio Toto. - Vivi falava com uma voz alegre.

- Nós vamos construir uma cidade incrível e fazer o país prosperar! - Koza falava com empolgação, vendo Vivi acenar em um adeus momentâneo. - Até mais, Vivi. Eu tenho certeza de que você se tornará uma grande princesa!

- Sim! - Concordava Nefertari, acenando com mais vontade para o amigo que se afastava no horizonte."

Koza continuava a olhar para cima, vendo as ripas de madeira e o toldo sobre a cabeça. Estava pensativo e um pouco nostálgico em respeito a aquele tempo mais simples. Mal podia acreditar em como as coisas tomaram aquele rumo tão sombrio.

- Koza. - Chamou um dos soldados, tirando o homem de seu transe. - Fizemos contato com nossas forças nas cidades.

Koza se levantou.

- É hora de agirmos. - Falou o líder.

- Sim...- Relutou o soldado. - Mas o problema é que não temos armamentos suficiente.

- Mesmo assim, não temos escolha a não ser continuar. Esse país...nós devemos proteger. - Koza tinha um olhar serio em seu rosto. Apertando sua mandíbula e tendo uma veia quase saltando em sua testa. - Diga para nossos homens se prepararem. Iremos começar a agir assim que o sol nascer.

Aquele parecia ser o momento decisivo, tanto para os Rebeldes, como para Crocodile. Ambos colocavam suas cartas na mesa e esperavam que a com maior valor vencesse.

Agora já não se tratava mais de quem tinha a razão ou poder, e sim em qual lado estaria disposto a sacrificar mais pessoas para conseguir seus objetivos, afinal, a guerra já tinha dado início a muito tempo, mas a vitória ainda estava longe de ser alcançada e de um rei ou rainha ser coroado.

O sol começou a se colocar no céu, limpando as pesadas nuvens escuras e os ventos gelados do deserto. Trazendo o tom rosado, que aos poucos começava a tomar forma e banhar o Exército Rebelde com o calor insuportável de Alabasta.

Conforme o dia se alongava, mais e mais armamentos eram trazidos para o acampamento. Sendo pilhados conforme o portão era fechado e vigiado.

Olhando de longe, todos pareciam bem calmos e tranquilos, como se fosse mais um dia normal, entretanto, se você olhasse mais perto dos rostos, era possível ver uma gota de suor frio escorrer pelo canto.

- Por favor, Koza! - Gritava uma criança com uma mochila cheia de armas brancas. - Me deixe entrar no Exército Rebelde!

- Não. - Koza falava com uma expressão séria em seu rosto.

The Pirate King's Dark ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora