Arco VI: Skypiea. Capítulo XXX:

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Os pássaros se agitavam nas arvores, fazendo barulhos conforme os chapéus de palha se ajeitavam do lado de fora da casa. Uns se sentavam sobre a grama enquanto outros encontravam um lugar um pouco mais alto para se acomodarem.

Montblanc tinha as mãos na cintura e um olhar firme em seu rosto.

- O que queria nos dizer, velhote? – Ussop tinha se sentado ao entorno de um pequeno tronco de arvore, seguido de Nami e Luffy.

- Escutem todos: primeiro, eu vou contar tudo o que eu sei sobre a Ilha do Céu. Eu não sei se o que eu vou dizer é verdade ou não, por isso vocês é quem devem decidir se querem acreditar ou não. - Disse Montblanc.

- Certo, eu acredito. – Luffy respondeu com seus olhos focados ao homem a sua frente.

- Ainda não. – Ussop deu um pequeno tapa nos ombros do capitão.

- Algo peculiar acontece nessa parte do oceano. – Apontou para as aguas calmas e azuladas. – Às vezes, mesmo durante o dia, se faz noite em uma parte do oceano.

- Aconteceu! Aconteceu conosco! – Luffy ergueu um pouco a mão junto a seu corpo como se quisesse chamar a atenção. – Não foi?

- Sim! Primeiro anoiteceu e, então, um monte de monstros apareceram! – Continuou Ussop.

- Estão falando dos gigantes? Há uma história sobre o lugar de onde eles veem mas, por hora, vamos deixar isso de lado. – Montblanc cruzou os braços. – O verdadeiro motivo do anoitecer é a sombra de uma nuvem extremamente densa.

- Está falando de uma cumulonimbus? – Nami tinha o olhar sobre o homem. – Mas ficou bem mais escuro do que normalmente ficaria por causa de uma nuvem dessas.

- Que bobagem, velhote. Quando há muitas nuvens no céu, fica apenas nublado! – Seguiu Luffy fazendo um barulho de descrença com a boca.

- É, nublado. – Acompanhou o atirador seguido da rena.

- Calem-se e prestem a atenção! – Gritou Montblanc com a euforia dos quatro. – Cumuloregalis. Esse é o nome dessa nuvem. Forma-se bem alto no céu, não há correntes de ar dentro dela e ela nunca se torna chuva. Quando há uma dessas no céu, nem mesmo o sol consegue atravessar e o dia se faz noite abaixo dela. Também é dito que as cumuloregails nunca se desfazem, flutuando por dezenas de milhares de anos. Como uma nuvem petrificada.

- Isso é impossível. – Nami se levantou. – Nenhuma nuvem se forma sem corrente de ar.

- Você tem o direito de não acreditar. Eu nunca pedi para acreditar em mim. – Montblanc deu de ombros.

- Então é uma nuvem misteriosa. – Luffy franziu a testa.

- Acredito que sim. Não há explicação para sua existência. – Novamente deu de ombros. – Entenderam? Se a Ilha do Céu de fato existir, há apenas um lugar onde ela pode estar!

- Entendi! Vamos subir até a nuvem! – Luffy tinha um sorriso no rosto ao se levantar do chão. – Zoro, acorde!

O caos voltava a se instalar ao entorno dos piratas, com Luffy pulando de um lado ao outro animado, sendo seguido pelo atirador, enquanto o espadachim despertava de seu sono, ainda meio sonolento e sem entender o motivo da animação e muito menos sobre o que estavam falando.

- Quantas vezes eu preciso repetir em como vamos fazer isso!? – Nami gritou ao se levantar e deixar vários socos contra o rosto do atirador e do garoto de chapéu de palha, os fazendo ficarem inchados.

- Agora, é a parte difícil. E, tenho de avisá-los, colocarão suas vidas em risco! – Montblanc virou seu rosto para os mais novos, os olhando sobre os ombros. – A corrente vertical, Knock Up Stream. Se usarem aquela corrente, poderão chegar à Ilha do Céu. Essa é a teoria, entenderam?

The Pirate King's Dark ShadowOnde histórias criam vida. Descubra agora