Não tenho ideia do que aconteceu, mas o cargueiro que tinha parado em frente a nossa praia particular, simplesmente explodiu.
Sorte a nossa, ganharíamos umas baixas do outro lado, sem sacrificar muitos homens.
Eu tinha homens espalhados e preparados em todo o complexo.
Contratei outros extras, assim que fiquei sabendo do golpe, para dar um suporte e os deixei do lado de fora, ao redor do complexo.
Paguei bem e adiantei algum valor, mas estavam todos amarrados a mim por pequenos dispositivos explosivos, eu tinha que me garantir.
Daria um bônus aos sobreviventes e pelo jeito iria pagar metade da minha fortuna, pois segundo Diego, grande parte dos homens de Petrov se perderam no mar ou na explosão.
Entretanto, muitos dos homens que estavam no navio, se aventuraram em nossa praia. Agora porém, o número deles era bem menor e o armamento também.
Dei ordem aos homens que estavam ao redor da praia, para que matassem todos. Um a um, daqueles que se aproximavam, matávamos.
Simples assim. Ninguém deveria sobreviver para contar a história.
Eu já tinha mandado Helena e as crianças do complexo para o bunker. Tivemos que examinar todas elas antes de mandar e muitas crianças tinham chips instalados nelas. Eu ainda não sabia o porquê, mas descobriria.
Amanhecia. Mad. Diego e eu circulávamos em torno do complexo, vendo quais tinham sido os estragos, procurando e desativando os explosivos que haviam sido implantados nas estruturas da muralha.
Os corpos se acumulavam na praia. Para nossa sorte, essa era uma ilha particular.
Embora eu não duvidasse que em breve, alguém da guarda costeira viria querer saber sobre a explosão noturna.
Ethan e sua equipe haviam chegado em segurança.
Obviamente Francesco estava emputecido de raiva. Infelizmente para ele, não havia nada a fazer. Ele ficaria onde estava, pois apesar de ter a força e o comando, não entendia metade das tecnologias que Ethan tinha desenvolvido. Eu tinha que dar o braço a torcer, Francesco havia arrumado o grupo mais estranho e mais leal que poderia.
No início fiquei com o pé atrás, mas depois de checar bem, resolvi dar um voto de confiança e até o momento só tinha coisas boas a acrescentar.
Já Enrico e sua equipe, não conseguimos notícias e meu coração estava apertado.
Primeiro pela minha menina Pietra e por Enrico que era como um filho pra mim e depois pelos outros que já tinha aprendido a ter apreço e a querer bem.
Por mais que nos condicionamos na máfia, desde pequeno a não sentir, algumas pessoas, sentimentos e situações eram inevitáveis.
_ Dom Fernan. Os homens estão esperando as ordens. – disse Mad se aproximando.
_ Todos mortos?
_ Os que conseguiram chegar à praia, sim.
_ E o cargueiro?
_ Mandei uma equipe. Ele tem muitas fissuras no casco, está parcialmente afundado.
_ Alguma chance de salvá-lo? Deve haver coisas interessantes nele.
_ Posso mandar checar. Rebocaremos para praia, tudo bem?
_ Sim. Eu quero alguns profissionais para mudar os softwares e essas merdas todas de tecnologia. Quero que alguém implante o novo sistema que Ethan nos deixou e depois quero que dê um fim aos técnicos, fui claro.
_ Perfeitamente.
_ Mande Diego com uma equipe verificar a possibilidade de reboque. Mande-o com muitos homens, quero que ele volte inteiro.
_ Sim. Senhor. Algo mais Don Fernan?
_ Não. Estarei no escritório. Não esqueça Mad, quero que queime o corpo de Ieda no meio do complexo. Quero que chame todos. Quero que diga a todos que isso é o que acontece com quem nos trai. Aqui somos bons o suficiente para todos, mas traição é paga com a morte. E ai de quem falar com meu pequeno afilhado sobre isso, corto a língua.
_Considere feito senhor.
Mad saiu e foi executar suas tarefas.
A demora em saber de minha filha e de Enrico estava me deixando cada vez mais irritado e agir com raiva me fazia ser imprudente. Eu reclamava de Francesco, mas sabia que ele tinha puxado a mim nesse quesito, a diferença e que o tempo e Helena, me colocaram no prumo.
Me dirigi para a casa e no caminho, encontro minha Helena com um meio sorriso nos lábios, me aguardando no jardim de casa.
_ O que faz aqui Helena, ainda são cinco horas da manhã, você deveria estar no bunker, dormindo.
_ Fernan... eu não dormiria e você sabe. Depois você parece precisar mais de mim aqui, do que as crianças lá embaixo.
Me abraçou e se deixou ficar ali em meus braços.
_ Quer conversar?
_ Agora não.
_ As crianças deram notícias?
Quando ela se referia aos novos filhos como crianças, eu ficava imaginando Francesco e Pietra procurando ovinhos de chocolate em nosso quintal, junto com as outras crianças no complexo. Ou eles no Natal tentando descobrir quem se vestia de Papai Noel...
_ As crianças cresceram Helena, faz tempo. Logo teremos netos correndo por aí atrás de ovinhos, e do papai Noel.
_ Não vejo a hora de ser avó. Mesmo assim, eles serão sempre crianças pra mim. Mas sei que está fugindo do assunto. Deram ou não, notícias?
_ Francesco e os outros chegaram bem. Pietra, ainda não sei.
_ Ela está bem. Se tivesse acontecido algo, eu saberia.
_ Esqueci que você é paranormal.
_ Tolo. Toda mulher tem uma excelente intuição e toda mãe tem sexto sentido. Vem, vou te preparar um café. Sei que assim que possível eles te darão notícias.
_ Assim espero. – Segui minha esposa pra dentro de casa, não havia muito mais que eu pudesse fazer com relação aos meus filhos e no complexo as coisas estavam encaminhadas.
* AS MULHERES SUPER PODEROSAS....
* OS BELOS COADJUVANTES....
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mulheres Poderosas III - Pietra
RomansNão é fácil ser mulher, agora quando além disso você nasce na máfia, as dificuldades aumentam consideravelmente. Mulheres nascidas na máfia são sinônimos de bons casamentos e boas alianças. Elas devem ser respeitadas por todos, mas sempre será apen...