Capítulo 37 - Pietra

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A ilha não estava tão longe quanto pensei que estivesse, foram umas doze horas de viagem no modo rápido. Saímos cedinho e chegamos perto das dez da noite. Como fizemos duas longas paradas para descansar e comer, deduzo que ficava entre nove e dez horas de distância.

Entramos camufladas no complexo e quase morremos.

Papai havia mandado atirar em todos que chegassem pela praia e quase levamos um tiro no meio da cara.

Nossa sorte foi Mad nos reconhecer, mesmo assim ele não nos permitiu entrar sem a autorização de Dom Fernan.

_ Pietra. O que faz aqui? E você menina Luna? Deveriam ter continuado onde estavam, essas foram as minhas ordens.

_ Peço desculpas Don Fernan. Achei melhor vir com Pietra, no caso dela precisar de apoio.

_ Fala sério Don Fernan! Como Francesco reagiu quando acordou e descobriu que foi drogado e enfiado sabe se lá onde, sabendo que a casa dele estava sendo atacada?

_ Não muito bem. Mas Donna e Mia, controlam melhor a situação do que Enrico e Luigi pelo jeito. Afinal, como vocês fizeram, para que nosso consigliere desse a vocês as coordenadas de volta.

_ Ele não nos deu Don Fernan. – disse Luna indo em defesa de Enrico.

_ Não deu? Sei. Agora vocês são telepatas.

_ Não.

_ Eu sei que não, mas então me expliquem como vocês souberam um destino, que somente ele deveria saber, sendo que eu fui claro que ele deveria decorar e queimar o caminho.

_ Papai. Para. Talvez ele tenha conversado algo com alguém e nós escutamos. Somos boas nisso, você sabe. E como estão as coisas por aqui?

_ Sim. Sim. Vamos mudar de assunto. Eu me resolvo depois com Enrico.

_ Don Fernan... – Luna tentou preocupada.

_ Esquece Luna. Papai vai castigar a ele e a nós duas também. Mas em defesa dela papai, ela não sabia que eu estava saindo.

_ Você precisa ser forjada menina, ninguém sobrevive a máfia tendo pena dos outros.

_ Ela é boa em ser má papai. Mas tem uma queda por ele.

_ Eu não...

Fiz careta para Luna deixar papai pensar que o lance dela com Enrico, era algo tangível, possível de se tornar real.

_ Se bem que agora, eles meio que deram uma esfriada, ela atirou no número um de Francesco.

_ Ele está bem? Por isso não consegui falar com ele esses dias?

_ Ora, ora... Dom Fernan preocupado como o outro filho... imagine alguém ver isso.

_ Tem sorte de ser minha filha Pietra, agora suma daqui, depois que comerem alguma coisa, conversaremos.

_ Claro Dom Fernan, minhas desculpas... vem Luna.

Saímos do escritório e subimos aos quartos para tomar banho.

Luna ficava com os irmãos, em outra ala do complexo, mas como não tinha ninguém lá e as coisas ainda estavam instáveis no complexo, achamos melhor deixá-la por perto.

Descemos e comemos, atualizando papai de como estava a saúde de Lorenzo e de Enrico.

Papai apesar de não admitir ficou impressionado com Luna por ela ter atirado nele e tomado o controle da situação depois que explodi o cargueiro.

Luna realmente, tornava-se cada dia mais, uma mulher ímpar e admirável.

Papai fez algumas perguntas a ela sobre se especializar e também sobre casamento. Ela foi taxativa em querer aprender e crescer mais na "profissão", como ela dizia, mas que casamento não estava em seus planos ainda, especialmente se o cara resolvesse que mandava nela.

Mulheres Poderosas III - PietraOnde histórias criam vida. Descubra agora