Capítulo 24 - Pietra

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Acordei com uma forte dor de cabeça, minhas últimas lembranças eram de estar nos braços do meu pai chorando, depois nada.

Olhei ao redor, mas a escuridão tomava conta do ambiente.

Ouvia muitos barulhos ao redor, parecia que coisas estavam se quebrando, mas eu não entendia bem o que estava acontecendo.

Os barulhos pareciam mais próximos e agora eu sabia por que tinha acordado.

Os barulhos vindos de fora de onde estava, pareciam barulhos de luta.

Me levantei rápido, precisava sair dali e ver o que estava acontecendo.

Tateei o local no escuro e encontrei um interruptor, pensei melhor e decidi esperar. Acender a luz poderia chamar a atenção para mim e isso eu não queria, então continuei a tatear em busca da fechadura da porta.

Encontrei a porta e forcei para ver se abria, mas nada. Então busquei algo em meu corpo que possibilitasse abrir a fechadura. Estava vestida e com o cabelo solto, porém coberto com uma espécie de touca, infelizmente isso não me ajudaria ali. Sem celular, nem cartão, nem um grampinho de cabelo...merda, onde está a sorte quando se precisa dela.

A luta parecia estar mais próxima ainda, do outro lado da parede e do nada o baque de um corpo estoura parte da estrutura da porta.

Talvez a sorte começasse a sorrir pra mim, finalmente.

Me posicionei ao lado da cama, no vão entre um pequeno armário e a porta do banheiro e fiquei a espera pois a luta se concentrava ali.

Não precisei esperar muito... no minuto seguinte, a porta e um corpo voaram sobre a cama.

_ Porra, filho da puta... – escuto uma voz que não me é estranha, rapidamente o homem da estranha voz pula da cama e parece procurar algo, talvez por mim.

O luar permite uma pequena luz dentro do cômodo que agora percebo tratar-se de uma cabine.

O outro oponente, aproveita o desespero e aparente preocupação do seu alvo e voa para cima dele.

_ Seu puto... – solta enquanto tenta se defender da ofensiva. _ Alpha 1. Aqui é Alpha 2, se tiver na escuta, agora seria um bom momento para aparecer. – Grita, enquanto o oponente o esmaga com seus braços e pernas.

Opaaaahhhhh. Peraíiii.

Eu era Alpha 1, pelo menos em minha última missão e dois era Enrico.

Duas vezes merda, eu apaguei em meio a uma missão???

Saí do canto escuro sem fazer barulho, em seguida estava pulando sobre o homem que estava em cima de Enrico. Apliquei um mata leão nele e ao mesmo tempo que ele tentava se livrar de mim.

Enrico saiu de baixo dele, tirou a faca da bota dando um golpe em seu peito, assim que o soltei ele finalizou o homem cortando seu pescoço.

_ Merda.... Que porra está acontecendo?

_ Te explicarei depois, já que acordou me ajuda. Temos dois descendo para as cabines inferiores e lá ninguém consegue se defender. Cobre a porra do rosto e vem comigo. – disse me jogando a faca que tinha acabado de usar e pegando no caminho sua arma que estava caída no chão.

Estávamos num grande barco e ele parecia uma zona de guerra. Era noite e havia muitos mortos em nosso caminho.

Descemos um pequeno lance de escadas e pegamos dois brutamontes tentando abrir uma porta enquanto Luigi, um dos seguranças pessoais de papai tentava detê-los, sem muito sucesso.

Enrico simplesmente pegou sua arma que já estava com silenciador e atirou na costa de ambos, depois se aproximou e atirou em suas cabeças.

_ Temos mais? – perguntou a Luigi.

Mulheres Poderosas III - PietraOnde histórias criam vida. Descubra agora