Capítulo 6 - Lorenzo

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Eu estava tendo sérios problemas para abrir a cela e outros muitos para me manter desperto e em pé.

Eu já tinha feito o que era preciso, com o murro que dei em Ivan disparei uma pequena substância que em contato com sua pele, seria levado a corrente sanguínea e funcionaria como um localizador.

Só Ethan para explicar como a troço funcionava, mas ele deu um anel a todos nós antes da festa e disse que quem tivesse a oportunidade de aplicar na pele de Ivan, Petrova e outros da festa conseguiríamos localizá-los mais facilmente.

O anel deveria apertar na pele ou não obteríamos o resultado, eu tive a oportunidade de usar o meu, somente agora e foi bem na cara do desgraçado. Pelo menos num murro bem dado eu ainda era bom.

Na verdade, eu era bom em muitas coisas, mas abrir fechaduras, definitivamente não era uma delas e me sentir dolorido, tonto e cansado não me ajudava muito.

Estava começando a me desesperar pois meu plano de ação e minha sobrevivência dependia exclusivamente de sair dali, mas se não conseguia manter a concentração tão pouco a consciência, seria bem difícil.

Eu sabia que Francesco viria.

A conduta dele apesar de ser mafioso, era honrosa. Ele jamais permitiria que eu ficasse para trás. Ethan também tinha seus meios de me encontrar, o problema é que tínhamos andado muito e não sabia o quão longe eu estava deles e o quão demorado seria para eles me encontrar. Por isso, tinha que me manter desperto e tentar sair, antes de Ivan se voltar para mim novamente.

Nesse momento, quando ouvi uma voz conhecida, foi que me assustei e fui para a lateral da cela, para tentar ter certeza de quem era.

Para meu horror, minha cabeça não estava me pregando peça. Minha irmã, vinha sendo praticamente arrastada por um dos seguranças de Ivan. Claro, que por se tratar de Luna, falava sem dar trégua e pela cara do segurança ele adoraria fazer com que ela calasse a boca.

Quando Luna me viu na cela, primeiro veio o choque, acho que por me ver todo desfigurado e ensanguentado. Mas depois que a cela foi aberta, ela veio para cima de mim.

Achei que fosse me abraçar, mas começou a me bater e a me falar de um filho, que eu nem sabia que tinha. Assim que ela começou emendar uma fala na outra, parei de tentar falar e só me fiz de assustado, recebendo seus insultos e seus tapas.

O segurança parece ter adorado o fato dela vir pra cima de mim e logo saiu nos deixando a sós. Assim que tivemos certeza de estarmos sozinhos, ela me abraçou e chorou. Depois que se recuperou ela quis falar, mas eu não deixei. Mostrei as escutas e as câmeras frente as celas.

A levei para o fundo da pequena cela e mostrei meus equipamentos no tênis e minha frustação em não conseguir abrir a cela.

Luna observou cada um dos materiais.

Ela já havia sido apresentada a cada um deles. Donna, Mia e até Pietra faziam questão de mostrar a ela como cada coisa funcionava e como ela podia agir em cada situação e minha irmã apesar de parecer avoada, era um gênio disfarçada num corpo de mulher.

Luna pegou a pequena ferramenta que eu tentei usar na fechadura e foi até a frente da cela.

Olhou a posição da câmera e me chamou com os olhos. Entendi e coloquei minha mão próxima a dela por fora como se eu quisesse fazer as pazes. Ficamos assim, mas a fechadura fazia pequenos barulhos e para não chamar a atenção. Comecei uma conversa.

_ Por que está aqui Luna? Sabe que é perigoso?

_ E você? Por que está aqui? Com Ivan? Sério? Está trabalhando para ele agora?

Mulheres Poderosas III - PietraOnde histórias criam vida. Descubra agora