Capítulo 5 - Luna

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Eu estava extremamente nervosa, além de ter meu irmão nas garras daquele maldito, ainda teria que encontrá-lo, de novo.

Mas assim que cheguei aos portões da fazenda, me centrei, foquei e me movi.

Eu tinha uma missão e tinha apenas 5 minutos para provocar um grande reboliço. Eles confiavam em mim, não podia decepcioná-los e modéstia a parte, eu era muito boa nisso.

_ Denis, preciso que você finja que é apenas um rapaz que eu paguei para me ajudar, se eles me pegarem e eles vão... diga que o dinheiro que lhe dei não vale a pena e tal, que você não sabia onde estava se metendo e se der... fuja. Talvez eles precisem de reforços.

_Desculpe, mas a ordem é que eu a proteja.

_ Foda-se a ordem. Situações inesperadas pedem medidas desesperadas. Faz o que estou pedindo, eles vão me ter como louca e não vão dar muita bola para você. Você vale mais solto do que preso. Se precisar você nos ajudará na fuga. É isso ou grito dizendo que você está tentando me estuprar.

_ Que isso???? Senhor Enrico, me mataria primeiro e perguntaria depois, por favor.

_ Então, só faz o que estou pedindo. Estou armada e com aquele trocinho no ouvido. Tentarei dar a você todas as coordenadas, de onde quer que eu esteja. Okay?

_ Não acho uma boa...

Não o deixei completar, aproveitei os capangas no portão e comecei meu escândalo. Deus, eu era irritantemente boa nisso.

Primeiro eles me ignoraram, acreditando que eu me cansaria e iria embora. Depois eles me encararam e vieram até nós, no portão.

_ Essa é uma propriedade particular moça, precisa se afastar... agora.

Um dos gorilas uniformizados falou para mim, me olhando de cima abaixo.

_ Não saio daqui enquanto não falar com meu irmão.

_ Não tem ninguém aqui mulher, cai fora mulher.

_ Acha que eu não sei que ele está aí? Eu o segui... tá. Ele sempre faz isso, sempre finge que está em perigo, sendo perseguido, tudo para fugir de mim, de nós. Diga ao Lorenzo que vou quebrar a cara dele de verdade, ele deixou a bebê dele para eu olhar, vê se eu tenho cara de babá.

_ Precisa se afastar do portão mulher, agora.

Pelo visto ele estava irredutível e realmente não me deixaria entrar. Eu teria que improvisar pois o tempo estava passando rápido demais.

Denis estava no canto do portão, encostado e com cara de entediado. Enquanto isso me propus a subir nas grades do portão para pula-lo.

_ Ei... – o gorila se dirigiu a Denis. _ Leva essa louca para a casa, ou não respondo por mim.

_ Cara, o dinheiro que ela me pagou para trazer ela aqui, não paga nem a metade do trabalho que ela já me deu. Só estou aqui ainda porque falta uma parte da grana.

_ Desça já daí vadiazinha. – O capanga disse puxando minhas pernas e me jogando no chão. _Se quer tanto entrar eu a levo para dentro.

Virou para Dennis, mostrou a arma na cintura e perguntou.

_ Vai querer entrar também????

Olhei para Dennis e ele ainda ficou na dúvida, mas o melhor para nós seria ele lá fora, livre.

_ Cara, eu até que preciso da grana, mas foda-se. Estou saindo fora.

Denis virou e saiu.

Vi quando o capanga pegou a arma e senti que a intenção dele era atirar nas costas de Dennis, mas pensei rápido e comecei a falar sem parar. Ele ficou atordoado por um momento e quando olhamos novamente, Dennis simplesmente tinha desaparecido.

Mulheres Poderosas III - PietraOnde histórias criam vida. Descubra agora