O ATAQUE

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 Dedos ágeis rasgando minha calcinha, gritos estrondosos, meus olhos sem visão e lágrimas escorrendo quando alguém forçou uma entrada feroz e violenta dentro de mim. Só que não parava por ai. Fui agredida várias vezes enquanto me usavam.

Senti meu corpo ser cortado por algo pontiagudo.
Mãos geladas, seguraram meu rosto, e em um ataque de raiva, jogaram minha cabeça contra o concreto duro. Sequências de tapas foram proferidos, juntos com palavras que não pude entender. Parecia que tinha sido drogada.

A dor que se estendia era lancinante. Já não conseguia ver nada, nem ao menos o vulto de antes, e ao que parece minha audição estava comprometida, porque não conseguia definir vozes, nem tons. 

Meu corpo com o tempo ficou dormente.
Queria correr, fugir ou ao menos gritar, mas sabia que não conseguiria.
Arfei em busca de ar, mas sem sucesso.
Embora meu corpo não conseguisse mais reagir, minha mente ainda resistia. Pelo menos até quando começaram a me sufocar.

Por fim, o que parecia ter durado uma eternidade, acabou.


Tudo ficou em silêncio, então vi alguém se aproximar. 
Acreditei que aquele seria o momento do meu resgate, mas em vez disso, senti um último golpe.
Minhas pálpebras ficaram pesadas, e logo, me entreguei a mais profunda treva.

DOSE DUPLAOnde histórias criam vida. Descubra agora