III

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A mulher pegou uma calça preta, blusa de linho com cordões transpassados na gola e com babado em volta, um corselete de couro com várias fivelas e uma saia longa de anáguas de um vermelho vinho muito escuro.

— Você pode continuar com suas botas. — Ela disse ao entregar-me as vestimentas.

Quando Serena terminou de vestir-se, saiu de traz do vestuário e ficou de frente para Eleonor.

— Como estou? — Perguntou para a loira que brincava com uma ampulheta.

Ela voltou-se para Serena e um sorriso enorme apareceu em seu rosto.

— Você está linda. Só falta uma coisa. — Foi até o baú e pegou um lenço da cor da saia da nova amiga.

Colocou o lenço em sua cabeça como uma bandana e amarrou por trás. Depois tirou as argolas de ouro que estavam em suas orelhas e colocou nas de Serena.

A garota achou aquilo um exagero.

— Pronto, está perfeita. — Afastou-se ainda com o sorriso. — Olhe. — Guiou ela até o espelho de moldura detalhada que permanecia no fundo da sala.

Serena olhou-se no espelho e precisou concordar que mesmo sendo exagerado, ela estava bonita. Eleonor tinha feito um ótimo trabalho.

— Gostei. — Serena sorriu ajeitando a saia.

— Que bom! — Eleanor sorriu animada. — Podem entrar. — Falou para os homens do lado de fora quando abriu a porta.

Christopher e Lewis entraram novamente no gabinete e Eleonor apontou para Serena com um sorriso orgulhoso para que eles pudessem ver a transformação que tinha feito nela.

Christopher mordeu a parte interna da bochecha para não deixar-se ficar boquiaberto. Mas não deixou de pensar em como a jovem tinha ficado ainda mais bonita com aquelas roupas mais despojadas, típico dos piratas.

— Fez um ótimo trabalho, minha rainha. — Lewis sorriu para ela que deu uma risadinha com o elogio.

Christopher concordou, limpando a garganta.

— Capitão. — Um criado de bordo de cabelo ruivo, barba grande e uma mão de gancho apareceu na porta. — Estamos prontos.

O capitão assentiu e saiu pela porta. Todos os três o seguiram até a proa do navio onde os marujos esperavam.

— Camaradas, finalmente conseguimos descobrir o paradeiro de Magnus Bartholomeu. Ele vai ter o que merece. Dessa vez, o plano vai funcionar e a justiça será feita. — O capitão sorriu confiante e Serena perguntou-se novamente o motivo deles de estarem indo atrás de Magnus.

— AARGH! — Todos os outros gritaram e levantaram suas espadas em êxtase.

— Preparados? — Ele gritou em entusiasmo.

— Sim, capitão! — Falaram em uníssono.

— Então, meus companheiros, levantar âncora! Içar velas! Soltar as amarras! — Deu as ordens aos marujos que começaram a movimentar-se.

Todos ficaram a postos, cumprindo o trabalho que lhes era resignado e vagarosamente a embarcação começou a movimentar-se. Serena viu o capitão subir a popa e o seguiu. Precisava saber mais sobre onde aquela viagem iria levar. Antes, ela estava tão nervosa que nem deu-se o trabalho de perguntar.

— Capitão. — Ela subiu os degraus atrás dele que continuou a andar até o timão.

— Pois não? — Ele respondeu enquanto pegava um mapa grande da mão de Lewis.

Ele colocou em cima de uma mesa atrás do timão e pediu para que Lewis arranjasse pesos para segurar o mapa.

— Para onde estamos indo? — Ela perguntou olhando para o mapa amarelado com desenhos e rotas tracejadas.

A Sereia E O Pirata Onde histórias criam vida. Descubra agora