XI

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Sentados ao fundo do dormitório, Lewis e Eleonor mantinham uma conversa sigilosa sobre a proximidade de seus amigos em comum.

— Estou falando, querido. Eles combinam mais do que imaginam. Você não acha? — A loira sussurrou, entusiasmada.

— Talvez, em algumas coisas. Mas, o que há de mais nisso? — Ele deu de ombros, enquanto acariciava os braços da companheira que recostava nele.

— O que há de mais? — Ela quase berrou, fazendo Lewis colocar um de seus dedos na frente de seus lábios. — Tudo, Lewis. Tudo! — Ela sussurrou, gesticulando loucamente.

— Querida, não achas que é muito cedo para haver algo entre eles? — Ele riu.

Amava como sua companheira levava as suas coisas de romance a sério. Amava como seus olhos brilhavam enquanto falava sobre amores à primeira vista e paixões fervorosas.

— Claro. Mas, o que há de mal em especular? Há de concordar comigo que têm uma probabilidade de que eles comecem a gostar um do outro. Não acha? — Ela o olhou, como se implorasse para que concordasse com ela.

Ele a observou com atenção e sorriu.

— Sim, querida. Há uma probabilidade. — Ele mexeu nas mechas louras de seu cabelo, fascinado por aquela beleza.

— Não está dizendo isso apenas para me satisfazer. Certo?! — Ela arqueou as sobrancelhas. Sabia o jeito de seu companheiro.

— Certo. — Ele assentiu e ela riu, ainda desconfiada.

— Patife... — Murmurou, o empurrando de leve.

— Mas, me amas assim, deste jeito. — Ele sorriu zombeteiro.

— Sim, amo. — Ela o beijou.

Ouviram passos na escada e levantaram-se. Serena apareceu com um pequeno sorriso e rosto avermelhado pelo esforço feito.

— Querida, como você está? Exausta, né?! — Eleonor veio até a garota que concordou.

— Estou faminta, na verdade. — Ela suspirou, deitando-se na sua rede.

— Acho que ainda há um pouco de carne. Dê para ela comer. Precisa renovar as energias. — Lewis falou para a companheira que assentiu, sorrindo.

— Vou fazer sopa de carne seca para você, querida. Fique descansando enquanto isso. — Ela acenou e saiu do dormitório junto com Lewis.

O pequeno balanço do navio, fez o sono tomar conta de Serena e aos poucos a garota fechou os olhos até não ver mais nada e adormecer.

Acordou, mais tarde, com alguém a chamando.

— Serena, coma alguma coisa. — Eleonor sorriu entregando-lhe uma vasilha de metal.

— Obrigada. — Ela sorriu e, sem demora, mergulhou a colher na sopa e levou vários pedaços de carne até sua boca.

— Está gostoso? — Eleonor perguntou, observando Serena tomar a sopa com certo desespero.

— Sim, está ótima. — Colocou mais uma colher na boca, seguida de outra e outra.

Não tinha percebido o quanto os esforços que Christopher a fez fazer descarregaram todas as energias. Mas, o dia com ele foi agradável e ela não poderia deixar de sorrir ao pensar nisso.

 Mas, o dia com ele foi agradável e ela não poderia deixar de sorrir ao pensar nisso

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